As faixas de protesto exibidas pelas torcidas organizadas na porta do estádio do Morumbi no último sábado (“Cadê os reforços?”, “6 anos seguidos de humilhação”, “Queremos jogadores” e “2018 seremos campeões???”), aumentaram a pressão sobre a diretoria e os homens do futebol do São Paulo.

 Nas mídias sociais, os nomes mais citados são o do atacante Calleri, que atuou pelo clube brasileiro em 2016, e Paulo Henrique Ganso (2012 e 2016).

Mas há um problema: os objetos de desejo dos são-paulinos estão longe de serem contratados. Calleri não quer retornar ao futebol brasileiro. E Ganso custa caro, muito caro, algo em torno de 10 milhões de euros (R$ 39,1 milhões), quantia proibitiva.

O argentino Calleri atua hoje no time do Las Palmas, penúltimo colocado do Campeonato Espanhol. Neste final de semana, ele foi decisivo na vitória do time da Ilhas Canárias sobre o Valencia por 2 a 1. Marcou um tento e deu uma assistência. Voltou a jogar bem e ainda quer permanecer na Europa.

Continua valendo a afirmação do pai do jogador, Guille Calleri, de que o filho só voltará a jogar no Brasil se for pelo São Paulo. Mas ele não quer deixar o futebol europeu ainda.

A diretoria de futebol está atrás de reforços pontuais. O técnico Dorival Junior já pediu um ou dois atacantes de fundo e de velocidade. Precisa de jogadores com estas característica para criar o contra ataque veloz. O executivo de futebol Raí e seu braço direito, Ricardo Rocha, trabalham também com a necessidade de um meia atacante que faça a transição da defesa para o ataque com qualidade.

Não são boleiros fáceis de serem encontrados. A situação do mercado exige criatividade e muita pesquisa.

A sensação de que as uniformizadas tricolores perderam a paciência depois da primeira rodada do Campeonato Paulista preocupa. Por enquanto, o treinador e os atletas estão sendo poupados.

Internamente, Dorival Júnior ganha elogios pelo trabalho tático que vem montando. Mas faltam jogadores mais experientes que qualifiquem o time.

Os homens do futebol tricolor sabem disso. Estão atrás. Com a pressão da torcida que não quer saber se Calleri realmente sonha em voltar ou se o Sevilla estaria disposto a baixar o preço de Ganso.

ESPN – Luciano Borges