Amigos tricolores

A inspiração para escrever esses artigos vem de diversas fontes: Sites, Blogs, Facebook, grupos de WhatsApp, bate papo com outros torcedores (nem sempre só tricolores). Em muitos casos, acabo escrevendo em um dia 3 ou 4 artigos, que acabam sendo postados um mês depois que eu escrevi, por isso, as vezes, alguns erros ocorrem. Na correria do dia a dia, acabo esquecendo de atualizar, mas para 2018 ficarei mais atento a isso.

Esse artigo, por exemplo, surgiu no dia em que o São Paulo oficializou a venda de Lucas Pratto ao River Plate. Eu não acho que Pratto era o centroavante ideal para o São Paulo, eu como a maioria dos torcedores preferia o Calleri de volta a chegada de Pratto em 2017, mas ele ao menos, deu o sangue pelo tricolor e isso conta, porém, não foi efetivo, uma vez que ele foi contrato para “fazer gols e não para dar carrinhos” frase do próprio Pratto usou em 2017. Esperava mais dele, apenas isso!

Minha esperança por dias melhores está abalada!

Me motivava ver um quarteto com Hernanes, Cueva, Pratto e Diego Souza, ao menos, na noite do réveillon as chances desse quarteto iniciar o campeonato eram reais. Poucos dias depois, Hernanes e Pratto se foram. Agora é esperar mais um ano do São Paulo, mas dessa vez, que seja ao menos disputando títulos, para isso, precisaremos de um Cueva e Diego Souza inspirados em campo. Jucilei e Petros é quase certeza de entrega e qualidade – dificilmente jogam mal – Arboleda, Sidão, Rodrigo Caio e Eder Militão darão a segurança na defesa que deram no fim de 2017, aposto nisso! Pois é, tenho mais esperanças hoje do que no inicio do ano passado, vejo um time mais formado do que no ano passado quando Rogério precisou montar um time e perdeu peças importantes ao longo do campeonato.

 

Brenner. Talento indiscutível.

O currículo do atacante diz tudo,, olha a quantidade de títulos, onde foi o melhor jogador e gols o “moleque” fez. Campão da Copa Ouro Sub-17 (2016), Taça BH Sub-17 (2016), Salvador Cup Sub-16 (2016), Aspire Tri-Series Sub-19 (2016) e do Campeonato Paulista Sub-17 (2016). Melhor jogador da Copa Santiago Sub-18 (2017). Artilheiro da Copa Nike Sub-15 (2015, sete gols) e Artilheiro da Copa Santiago Sub-18 (2017, oito gols). E ele só tem 18 anos (completados no ultimo dia 16/01)

O que me deixa com dúvida é Brenner, pois o seu talento é enorme, mas a sua idade não. Em 2018, Brenner fará 18 anos, um menino, que não pode receber a missão e responsabilidade de fazer os gols do São Paulo. Se estivéssemos na fase de 1992/93 onde ganhávamos tudo, ok, mas colocar o garoto como titular, responsável por fazer os gols, em um time que está precisando de um título, pode queimar o garoto.

Eder Militão tem personalidade. Que Brenner se inspire no amigo

Venho defendendo que Eder Militão mostrou uma personalidade muito grande. Entrou na lateral, que não é a sua, não sentiu o peso da camisa. Personalidade, difícil de ver em um garoto, que até o começo do ano era pouco conhecido da torcida. Entrou, tomou conta, não sentiu. Araruna e Lucas Fernandes, por exemplo, sentiram mais o peso da camisa e crise e ainda não jogaram no time titular, o que jogavam no sub-23.  Torço, de verdade, para Brenner ir na mesma linha que Eder, tenha personalidade para não sentir a pressão, ter liberdade e principalmente, paciência da nossa torcida com o garoto. Vaiar quando ele for mal, pegar no pé porque ele jogou um jogo mal de nada vai adiantar em seu amadurecimento. David Neres, pouco tempo ficou no São Paulo, nem deu tempo de ser ídolo ou criticado – e convenhamos está jogando um bolão na Holanda. Luiz Araújo ficou mais tempo, foi elogiado e criticado. Saiu do São Paulo cedo demais, mas teve tempo de sentir o amor e a fúria da torcida.

O São Paulo precisa ir com calma

Na crise de títulos que estamos, o amor e o ódio andam lado a lado, a mudança de um para o outro é muito rápida. No 1o tempo, ele faz um gol, no 2o tempo, erra um gol cara a cara com o goleiro e já será questionado. Mas futebol é paixão. E é assim mesmo! Telê Santana, Muricy, Pelé, Garrincha, Canhoteiro, Zico, Falcão, Sócrates, Pedro Rocha, Gerson, Careca, Muller, Raí, só “cara fraco” já foram vaiados. Credita-se a Telê, em 1982 e a Zico, 1986, perda de Copa do Mundo. A partir daí, já se vê como a paixão do torcedor brasileiro deixa, em muitos casos, cego!

Experiência também se passa

O que venho batendo na tecla é que Brenner é novo, mas não está sozinho. Fora de campo, ele terá exemplos como Ricardo Rocha e Raí, que ele, pela idade nem viu jogar, mas como são paulino sabe o que eles representam, mas ambos, tem a missão de deixar o “moleque” calmo e tranquilo, para entrar em campo e fazer o que sabe. Em campo, ele terá a companhia de Petros, Jucilei, Cueva e Diego Souza, que deverão – assim espero – dar o respaldo para Brenner jogar. Aconselhar, ajudar, melhorar, aquele papo de experiência mesmo, para deixar ele focado em fazer gol. Seus números mostram, que fazer gol é com ele mesmo. Há claro, ainda a figura de Dorival Jr, nisso tudo para não apenas posicionar e pensar em jogadas para que a bola sobre para ele, mas para dar a tranquilidade. Ele precisa ouvir do time “moleque, vai lá e mete gol. O resto, a gente cuida”.

Base promissora

Sem a menor dúvida, há tempos temos uma base promissora. Não vencemos a Copa São Paulo, mas em 2016, Jardine nos deu muito mais que isso! Somos Campeões da Libertadores Sub-20. No final do ano, o time se sagrou campeão da Copa RS Sub-20 com uma virada linda em cima do Palmeiras, por 4X3, no final do jogo! Precisamos usar mais a base e depender menos de jogadores que custam milhões para dar carrinho!

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão Estratégica de E-commerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br – facebook.com/plannerfelipe e @plannerfelipe