O novo presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, esfriou a negociação pelo volante Hudson. Presente na cidade paraguaia de Luque para o sorteio de grupos da Copa Libertadores, o mandatário afirmou nesta quarta-feira que a situação financeira do clube pode inviabilizar a permanência do jogador em Belo Horizonte.

“Foi feita uma proposta ao São Paulo. Oferecemos alguns jogadores ou pedimos para ter um abatimento nos valores que teríamos de dar para ficarmos com o Hudson. Mas estamos preocupados com o nosso orçamento, os valores do Hudson, se forem cheios, para nós, são muito complicados”, afirmou Sá, em entrevista ao canal Sportv.

A novela envolvendo Hudson se arrasta há semanas. O meio-campista, peça importante no time de Mano Menezes na campanha do título da Copa do Brasil, tem contrato com o Tricolor até o fim de 2019 e multa rescisória de 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 5,8 milhões).

Para diminuir esse valor, os mineiros ofereceram alguns jogadores, como o zagueiro Fabrício Bruno, o lateral esquerdo Bryan e os atacantes Elber e Rafael Marques. A diretoria são-paulina, contudo, queria o também atacante Alisson, proposta descartada pelo Cruzeiro.

A última cartada da Raposa foi oferecer a sua parte – 25% – dos direitos econômicos do meia-atacante Lucca, que interessa ao técnico Dorival Júnior. Ainda assim, o São Paulo não abriu mão de receber um bom valor e as negociações esfriaram nos últimos dias. Se o cenário continuar o mesmo, Hudson deverá se reapresentar no CCT da Barra Funda, em 3 de janeiro.

“Eu acredito que, se o São Paulo nos der uma resposta adequada sobre esse abatimento nos valores, seria um reforço excepcional para o Cruzeiro. É um ótimo jogador, fez uma temporada excelente, mas estamos presos no orçamento”, reiterou Wagner Pires de Sá.

GE