Uma característica em comum une e explica o interesse do São Paulo em ter jogadores como Diego Souza, Gabriel e Reinaldo no elenco em 2018: a intimidade com o gol.

A comissão técnica da equipe busca mais atletas que tenham facilidade em empurrar a bola para as redes. Mais definição. A meta é dividir a responsabilidade de decidir jogos entre mais gente. O artilheiro do 2017 tricolor foi Lucas Pratto, com 14 gols, número considerado baixo.

O argentino nunca se destacou por um enorme número de gols, mas, ainda assim, esperava-se mais. O poder ofensivo no Brasileirão melhorou graças às chegadas de Hernanes e Marcos Guilherme, que estrearam no fim do primeiro turno e marcaram nove e seis vezes, respectivamente.

Ainda assim, é pouco, na visão de Dorival Júnior.

Os números de Gabigol na Europa são muito ruins: dois gols em 15 jogos, somando as passagens por Internazionale e Benfica. Mas Dorival Júnior se escora no desempenho do atacante sob seu comando, no Santos: 56 gols em 154 jogos. A diretoria espera que o clube italiano tope um novo empréstimo depois de uma fracassada tentativa em Portugal.

Diego Souza, por sua vez, marcou 11 gols no último Brasileirão, mais do que qualquer são-paulino, e foi artilheiro da edição anterior, com 14. Os números, aliados ao porte físico, fizeram que Tite o convocasse para a seleção brasileira como centroavante, reserva de Gabriel Jesus.

Até mesmo o lateral-esquerdo Reinaldo entra nesse pacote. Ele fez nove gols emprestado à Chapecoense em 2017. Os laterais do São Paulo não fizeram nenhum. Bruno e Buffarini, pela direita, Júnior Tavares e Edimar, pela esquerda, zeraram. Só Militão, que atuou improvisado na lateral direita, marcou de cabeça, especialidade do zagueiro de origem.

No planejamento de elenco para 2018, Raí, o comandante do futebol, que fez 128 gols pelo São Paulo, terá de levar em conta esse aspecto que ele sabia fazer tão bem.

GE