O São Paulo deve ter dois goleiros novos para 2018: além de Jean, do Bahia, o Tricolor negocia desde a semana passada a contratação de Rodolfo, que pertence ao Atlético-PR e disputou a atual temporada no Oeste – ele foi titular absoluto no Paulista da Série A-2 e ao longo da Série B do Brasileiro.

A boa relação entre Tricolor e Furacão pode ajudar o negócio a sair do papel. Recentemente, os clubes acertaram a ida do goleiro Léo para Curitiba e do atacante Marcos Guilherme para o Morumbi. Ambos estavam cedidos a outros times – Paraná e Dínamo Zagreb, respectivamente, e tiveram seus empréstimos interrompidos para se mudarem para São Paulo e Atlético-PR.

Rodolfo é tratado desde o início da carreira como um fenômeno na posição. Porém, acumula dois problemas fora dos campos. Primeiro, em 2012, vestindo a camisa do Furacão, ele foi pego em um exame antidoping por uso de cocaína. A consequência: suspensão de um ano e meio.

Desde então, o goleiro passou a ser emprestado. Deixou boa impressão na Ferroviária e foi melhor ainda pelo Oeste. Mas, em outubro, ele voltou a ser notícia negativa quando foi preso em flagrante por crime de injúria racial após ser denunciado pelo zagueiro Messias, do América-MG. De acordo com a Polícia Civil, Rodolfo pagou fiança no valor de R$ 2 mil.

Natural de Santos, Rodolfo já passou pelo São Paulo. Ele atuou nas categorias de base do Tricolor, em Cotia, mas se mudou para o Atlético-PR onde começou a jogar na categoria sub-20.

A busca do São Paulo por dois reforços para o gol se explica: além de Denis, cujo vínculo termina em dezembro, Renan Ribeiro também vai sair do Morumbi. Seu contrato se encerra em maio e o presidente Leco aceita negociá-lo de graça no fim deste ano.

Canhoto como Jean, do Bahia, Rodolfo também é cobrador de faltas. Os dois não escondem que se inspiraram em Rogério Ceni para virarem batedores.