Os clubes de futebol Brasileiros mais tradicionais são na sua maioria Sociedades esportivas, clubes sem fins lucrativos que incluem entre seus sócios pessoas das mais diversas, incluindo torcedores de agremiações rivais e pessoas mais interessadas em vagas de estacionamento e quantidade de piscinas.
A estrutura de poder nesses clubes é arcaica e visa manter o poder concentrado em velhos cardeais, prejudicando a administração do clube de futebol através da política praticada para manter esse status quo.
Recentemente tive contato com um americano que era torcedor do Green Bay Packers, time da NFL daquele país.
Nas nossas conversas ele me contou como o GBP era o único time da NFL que tinha como dono os próprios torcedores, o que me deixou curioso sobre como isso funcionaria de fato.
Pesquisei sobre a estrutura e história do time um dos mais antigos existentes na NFL.
O GBP é uma sociedade anônima sem fins lucrativos, suas cotas não geram lucro nem se valorizam, não podendo ser vendida entre torcedores, apenas passada entre entes e familiares mas sem a troca de dinheiro envolvida.
Nenhum torcedor pode ter mais do que 4% das ações para que ninguém se torne dono do time e os acionistas decidem quem fará parte da diretoria, que é composta de 45 pessoas, em assembléia, e o CEO é eleito dentro desses 45, sendo somente o CEO remunerado.
O CEO eleito assina contratos com fornecedores e contrata jogadores. Contratos mais vultosos são submetidos a avaliação da diretoria.
Para se certificar de de que o time nunca seria vendido com lucro em vista a carta Magna do GBP diz que qualquer dinheiro que sobre da venda do time após a quitação de todos os débitos deverá ser doado a uma instituição de caridade
Os acionistas não recebem ingressos ou uniformes, eles só tem direito comprar mercadorias exclusivas, e a votar na assembleia anual, além de receber um certificado de que é um dos donos do time.
Agora imaginemos que o SPFC resolvesse adotar esse sistema, juridicamente não sei quais seriam os passos necessários, mas não acho que seria difícil pois os clubes já são mais ou menos assim, apenas oferecem toda um estrutura de lazer em troca da compra de um título, e por isso exigem mensalidades, coisa que eles não fazem por lá.
Financeiramente seria fácil o SPFC levantar de 1bi pra cima com a venda de ações, por exemplo 2mi de ações a 500 reais já seria 1bi, com uma base de 18mi de torcedores esse número é mais do que factível.
Com 1 ou 2 bilhões o SPFC poderia manter jogadores da base, contratar estrelas, reformar o estádio ou até construir um novo se NÓS quiséssemos, pois seríamos donos do time.
E sempre que for necessário podemos emitir novas ações para arrecadar dinheiro como fez o GBP quanto reformou o estádio, ou contratou jogadores importantes.
Enfim, queria expor esse meu sonho, de que um dia nosso amado clube possa se tornar uma empresa nossa, dos torcedores, que nós possamos ditar os rumos do time e acabar com esse feudalismo imoral que é a administração do SPFC.
Obrigado pelo espaço.
Zinga de Oliveira
Belo texto, com boas informações e comparações. Mas no SPFC, é pura utopia. Os donos do SPFC são essa meia dúzia de gárgulas que não largam o osso e parece que se utilizam do clube para sobreviver.
já pensei isso , se cada torcedor doar 5 , 10 reais daria para trazer jogares bons , o clube só bancaria os salários
Pinotti coloca no bolso essa grana.
Acho que o que há de mais próximo nisso no Brasil, são as cooperativas. Mas nem elas estão livres de serem geridas por aproveitadores, onde o presidente eleito é o que melhor faz conchavos com os que têm direito a voto. Uma pesquisa rápida no Google trará vários exemplos de empresas de cooperados que vai a falência por roubo ou má gestão.
Ainda acho que o melhor caminho para obrigar os presidentes de clubes agirem corretamente é a criação de uma lei de responsabilidade para que eles sejam judicialmente responsáveis por seus atos. A resistência da bancada da bola a isso no congresso é grande. Mas não é impossível. É bom o eleitor que gosta de futebol pensar nisso quando for votar para deputado federal e senador. Hoje a Internet facilita uma pressão.
seria interessante isso, mas duvido que a velharada do SPFC aceitasse uma coisa dessas, eles jamais irão permitir isso pois perderiam suas benesses e o controle do clube, e é exatamente isso o objetivo maior deles
Deus me livre encher o bolso da quadrilha.
Obviamente não há sistemas perfeitos e blindados às falcatruas. Mas um esquema empresarial como esse levaria o futebol brasileiro a um nível insuperável pois pararíamos de perder jogadores pro exterior.
Mas por enquanto só nos resta lotar o Morumbi domingo e gritar em uníssono…”FORA LECO>>>>>>>”
Seríamos pioneiros no mundo futebol se fizessemos isso, porém, existem outros interesses para que isso não ocorra e não só no Brasil.
Isso eu venho falando lá atrás quando em um post mostrei por A+B que com a ajuda do torcedor como ” Sócio” o São Paulo teria condições tranquilas de equalizar as dívidas e ainda fazer uma nova casa.Só que infelizmente temos um bando de acéfalos que comandam o clube sendo assim desprezam o seu principal e mais importante parceiro…o “Torcedor”.Só por cima o São Paulo tem mais de 25 milhões de torcedores”não acreditem na mídia”,desses 25MI poderíamos capitalizar tranquilamente uns 500mil dando direito a voto,se cada torcedor se vincular com o clube pagando 2000mil divididos em 10 parcelas teríamos um montante de 1bi…dinheiro suficiente para pagar as contas,fazer um estádio novo,contratações etc…O problema é que o torcedor não acredita mais daí complica o meio campo,a própria diretoria joga contra o time.A ideia abordada no texto é interessante,eu seria uma das pessoas que ajudariam o time mas só se for administrado por pessoas sérias como o Mito Lugano…
Não é viável. Mas é algo que pode ser adaptado.
Exemplo:
Poderíamos estabelecer cotas sociais e que os conselheiros eleitos deverão possuir, no mínimo, xx cotas.
Poderia ser de uma maneira progressiva usando a sua idéia que é ótima como base.
Acho que foi a melhor coisa que li aqui em tempos.
É utópico, mas muito legal. Acho que jamais conseguiríamos isso
Idéia interessantíssima e maravilhosa, mas absolutamente inviável na atual realidade.
Como fazer isso??
Os abutres do Conselho jamais aceitariam!!
Mas, se fosse possível, além de sermos os pioneiros no mundo do futebol, seria uma revolução sem igual.
E, pelo funcionamento, seríamos por exemplo o clube mais rico da América do Sul.
Lindo, maravilhoso… Mas se acontecer um dia, será para nossos tataranetos vivenciarem essa realidade…
Na verdade, não seríamos rss
Pois seria um investimento único na aquisição das ações. E não pagamentos anuais.
Prezados irmãos são paulinos. Porque eu luto pela mudança na forma de escolha da administração do São Paulo Futebol Clube? Porque acho que deve encerrar o período de ditadura lá existente onde 160 senhores cuja média de idade é oitenta anos se tornaram donos do clube e somente a eles compete a escolha do presidente. Pessoalmente, nada tenho contra essas pessoas, pois, nem as conheço.
Minha única preocupação é com o futuro do nosso querido clube. A continuar nesse diapasão com essa letargia lá instalada a partir de 2003 quando foi aumentado o número de vitalícios para 160 competindo a eles colocarem lá Juvêncios, Aidares, Lecos e outros que por aí virão relato a situação atual do nosso outrora temido e respeitado clube
1)Dívida estimada, embora ainda não tenha saído o balanço de 2017: R$ 400.000.000,00
2)Folha de pagamento mensal R$ 9.500.000,00. Segunda ou terceira maior do Brasil.
3)12 anos sem um mísero título de campeão paulista
4)Todos os anos flertando com a zona de rebaixamento.
5)Salários da cúpula. R$ 27.500,00 mensais
6) O estádio do Morumbi é belo. Mas precisa urgentemente de um bom estacionamento. Essa cúpula acha-se gente importante e não se preocupa no bom acomodamento da massa. Há poucos dias fui a um jogo do clube contra o “Curintia” quando empatamos de 1 a 1 e paguei R$ 40,00 para deixar o carro na rua.
Meu pleito. Eleições livres e diretas para presidente com votos dos sócios torcedores. Os verdadeiros donos do clube que pagam para torcer.
Encerrando quero informar que sou apenas um sócio torcedor que aderiu ao projeto em 1999. Por ter sido cancelado o cartão por meu próprio interesse onde era debitado o valor mensal o débito mensal foi extinto. Não teve um funcionário do setor para me ligar e procurar saber o porquê da anomalia.
Abs. Messias José Rodrigues.