Diego Lugano pode continuar no São Paulo em 2018, mas não como jogador. O uruguaio recebeu nos últimos dias uma proposta da diretoria para se tornar funcionário do clube a partir de 1º de janeiro. Ele assumiria a função de coordenador de futebol, com a missão de se tornar um elo entre elenco, comissão técnica e diretoria.

A pessoas próximas, Lugano revelou satisfação com o convite. Ele, hoje, está mais propenso a aceitar o cargo, abrindo mão de prolongar a carreira por mais uma temporada. Mas a resposta ainda não foi dada porque o zagueiro, de 37 anos, se planejava para jogar em 2018, ainda que fosse em outro time.

Pesam a favor de sua permanência no Morumbi a excelente relação com os jogadores, a identificação com o torcedor tricolor e a perspectiva de uma profissão depois de pendurar as chuteiras. A família de Lugano também gostaria de seguir morando em São Paulo.

O presidente Leco e o diretor-executivo de futebol, Vinícius Pinotti, estão convencidos de que o uruguaio tem todos os pré-requisitos para se sair bem. Com um detalhe: ele já praticou várias das suas novas atribuições ao longo deste ano.

Foi Lugano quem liderou a discussão com a diretoria para a mudança na divisão dos bichos – o prêmio por vitória passou a contemplar todos os funcionários do CT da Barra Funda.

O zagueiro também cobrou melhorias na estrutura do centro de treinamento. Em um primeiro momento, a reivindicação lhe causou a imagem de um sindicalista. Mas, com o passar do tempo, a diretoria entendeu que, de fato, o CT precisa de algumas reformas, para não ficar desatualizado em relação ao de concorrentes nacionais.

Esse perfil de líder não se restringiu às coisas do São Paulo. No mês passado, Lugano foi liberado de um dia de treino para viajar até o Uruguai, onde comandou um movimento de jogadores que exigia melhores condições de trabalho e salários em dia, sob o risco de uma grave geral de atletas. O zagueiro Godín, do Atlético de Madrid, e o atacante Suárez, do Barcelona, eram os outros cabeças do grupo.

Nicola