Tanto o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, quanto o diretor-executivo de futebol do clube, Vinícius Pinotti, já afirmaram que, somente quando o time se salvar matematicamente do rebaixamento no Brasileiro, é que vão iniciar o planejamento para a temporada 2018. Será?

ESPN.com.br fez um levantamento de questões que já iniciaram um encaminhamento e foram admitidas publicamente pelos cartolas, assim como questionamentos que a diretoria deve ter em relação ao próximo ano – ficando ou não na elite nacional. Confira:

  • Novo goleiro?

O São Paulo tem quatro goleiros no elenco: Sidão, Renan Ribeiro, Denis e Lucas Perri.

O titular e que tem começado a se firmar na posição é Sidão. Ele tem contrato até o final de 2018 e a situação dele não preocupa. Não é o caso de Denis e Renan Ribeiro. O primeiro ficará até o final do ano e já é certo que não renovará.  O vínculo do segundo é até 28 de maio de 2018 e neste instante tudo indica que ele sairá.

Sobrariam no elenco Sidão e Lucas Perri, 19, que tem contrato até 30 de julho de 2019. Pela inexperiência e juventude do quarto arqueiro, o São Paulo já tem se movimentado em busca de um novo goleiro. A bola da vez é Walter, reserva do Corinthians.

O jogador de 29 anos já teria, inclusive, acertado salários com o São Paulo. Mas a transferência não é nada simples. Walter ainda tem contrato de mais dois anos com o Corinthians (até 31 de dezembro de 2019) e a multa rescisória é de cerca de R$ 15 milhões.

  • Jucilei fica ou sai?

O volante chegou por empréstimo até o final desta temporada e o Shandong Luneng, da China, já disse que não negociará um novo acordo por empréstimo. A saída seria contratá-lo, mas, apesar de não ser oficial, o valor de mercado dele está estipulado em cerca de R$ 15 milhões, segundo o site “Transfermarkt”.

Em entrevista ao blog Chuteira FC, da Carta Capital, Leco chegou a descartar uma negociação pela permanência de Jucilei.  “Gostaria muito de ficar com ele, mas é muito difícil. Não é fácil negociar com os chineses”, disse Leco.

Hoje, Jucilei é reserva no time de Dorival Júnior. Começou as duas últimas partidas no banco de reservas, tendo entrado alguns minutos no clássico contra o Corinthians. Na ocasião, muitos torcedores entenderam que ele deixou o time mais lento.

  • Gilberto

A situação dele é até pior. Ele não entra no campo desde 27 de agosto, quando jogou 62 minutos na derrota por 4 a 2 para o Palmeiras, no Allianz Parque.

Nos últimos quatro jogos nem sequer foi para o banco de reservas, sinal claro de que o clube tricolor já não conta mais com ele.

Um motiva que ajuda a explicar é a situação contratual dele. O vínculo encerrará em 31 de dezembro deste ano e o estafe do jogador não entrou em um acordo pela renovação. Assim, ele foi descartado – embora oficialmente a diretoria jamais tenha admitido que seja este o motivo.

Mas Gilberto faz falta ao ataque do São Paulo e é normal ver torcedores do São Paulo cobrando Dorival Júnior para escalá-lo. Assim, é natural que o clube tenha de buscar um substituto para ele. A dúvida é quem?

  • Hernanes até junho

A presença de Hernanes tem sido fundamental na recuperação, ainda que lenta, do São Paulo no Brasileiro.  Com ele, o time tricolor fez 15 pontos em 30 possíveis. Sem ele, foram 16 em 48. Não é a toa que a equipe conseguiu deixar a zona de rebaixamento na última rodada.

O próprio Hernanes já admitiu mais de uma vez que livrar o São Paulo do rebaixamento: “É uma missão, uma questão de honra, de dignidade”.

Mas a presença do meia tem prazo de validade. O contrato de empréstimo do Hebei China Fortune com o São Paulo vai até 30 de junho de 2018. Depois, para continuar com ele, a diretoria são-paulino terá de comprá-lo e Leco já disse que a situação financeira não é das melhores.

  • Rodrigo Caio fica ou sai?

A novela não é nova. Toda janela de transferência surge algum clube interessado no zagueiro, que opta por continuar no São Paulo.

Em julho/agosto deste ano,  foi a vez do Zenit, da Rússia, chegou com muita força. Ofereceu 18 milhões de euros (R$ 66,7 milhões, em cotação atual). A diretoria tricolor deixou a decisão nas mãos do defensor, que optou por não sair.

” A única coisa que posso dizer é que não vou para o Zenit. Estou focado aqui. E no momento não tenho mais nada concreto”, disse Rodrigo Caio na época.

Dentro do clube, a informação que circula é que a diretoria quer negociá-lo principalmente por causa da necessidade financeira. Será que ele sai?

  • E o Lugano?

O assunto aparentemente está resolvido. Mas pode ter alteração dependendo da reação das arquibancadas.

Lugano tinha contrato até o fim do primeiro semestre, mas teve o vínculo ampliado até o final deste ano e ainda recebeu como proposta um jogo de despedida no Morumbi. Aceitou renovar, mas rejeitou o jogo festivo porque não pretende pendurar as chuteiras.

Ele não vem jogando. A última atuação foi em 2 de julho contra o Flamengo. Foram apenas dez jogos em 2017. Mas há quem defende a permanência dele por ver nele um líder dentro do grupo, um jogador que faz a ponte entre a diretoria e os atletas e também pelo peso que tem com a torcida.

  • E os que não deram certo?

Será que continuam? Será que deixarão o clube?

A lista não é pequena: Thomaz, Marcinho, Maicosuel (que nem jogou), Wellington Nem, Morato, Denilson e Jonathan Gómez.

A resposta para alguns casos é quase simples: Marcinho, Morato, Wellington Nem  e Denilson tem contrato até o final deste ano. Mas e os outros?

Maicosuel é o que tem o vínculo mais longo: 31 de maio de 2020. Depois vem Thomaz: 31 de março de 2020. Por fim, Jonathan Gómez: 28 de junho de 2019.