Amigos tricolores.

Recentemente escrevi aqui sobre mesclar a base e a experiência. Os Menudos, por exemplo, esse modelo foi um sucesso. Fico imaginando hoje como seria. Primeiro, era preciso trazer um técnico que sabe trabalhar a base. Não sei se Dorival Jr seria, apesar do bom trabalho feito no Santos. Talvez o Jardine? Mas a base teria experientes e será que Jardine seria respeitado pelos mais velhos? Dificil falar na base do “se” mas é algo a pensarmos e refletirmos.

Se pegarmos as joias da base, campeã da Libertadores, temos Lucas Perri, Foguete, Militão, Banguelê, Shaylon, Araruna, Lucas Fernandes, Luiz Araújo e David Neres como os principais. Vale lembrar que esse time conquistou 12 titulos em 2016, ou seja, tem muita qualidade e talento ali. Ou tinha.

Neres e Araújo saíram, vendidos, Banguelê foi pegar experiência em outro time. Shaylon é eterno banco, Lucas Fernandes tem entrado bem nos jogos e só então virando titular agora, normalmente na vaga do desmotivado Cueva (que ressurgiu), uma vez que demonstra a cada dia, não mais querer jogar no São Paulo. Militão já foi titular,  voltou a ser banco e mal entrava em campo há 3 rodadas, voltando apenas agora ao time. Perri nem é cotado para o gol do São Paulo, que vive desde 2015, com a saída do M1TO sua pior crise, pois não há um titular absoluto como já tivemos desde a década de 50 com Poy, Gilmar, Waldir Peres, Zetti, Sergio Valentin e o M1TO.

O São Paulo tinha que montar um plano 2019. Contratar já um técnico com experiência com a molecada, o Jardine mesmo, o Micale, Ney Franco. Esses, ao menos nas seleções de base, fizeram a diferença. Ou manter o Dorival mas com um plano transparente: 2017 luta para não cair, 2018 forma o time, 2019 ganha títulos. Em 2018 não vender ninguém, não contratar nenhum “meia boca”. Fechar o time! Ir testando nos primeiros meses, formação, estratégia, padrão de jogo. Chegar a um padrão. Mesclar um meio com Araruna e Jucilei, Hernanes e Lucas Fernandes. Experiência, qualidade com juventude de vontade. Um ataque com David Neres, Araújo e Pratto, seria lindo, velocidade, talento e um cara frio para colocar a bola na rede. Colocar o Lugano em meio a Arboleda e Militao. Lugano orientando, dando incentivo, mostrando caminhos. Militão, aprendendo, dando sangue. Arboleda ou Aderlan para dar o equilíbrio. Ora jogava Foguete, para pegar ritmo e experiência, ora Bruno ou Buffarini (é o que tem para hoje). Ora Edimar, ora Jr Tavares, se é que esse quer jogar no time.

Mesclar. Trazer a experiência para os piores momentos aliar com a juventude e vontade. Ter no elenco quem honre a camisa do São Paulo, mostrar a importância desse time. Todos as semanas, levaria Raí, Pintado, Dinho, Doriva, Muller, Cafu, Luis Fabiano, Márcio Santos, Serginho, Leonardo, entre outros, sempre um, para que esses mostrassem o que é vestir o manto do São Paulo. Mostrar a essa “molecada” o que é vestir e ganhar títulos pelo maior time do mundo.

Em 2018 seria o ano para subir outros talentos ainda pouco conhecidos de nós, torcedores, da base, talentos que estão afim de jogar no principal. Nem sempre o craque ganha jogo, é preciso ter raça e vontade. Ninguém duvida, por exemplo, da qualidade do Cueva, mas prefiro muito mais um Aloisio Bandido, que não era craque, mas raçudo, do que um craque de toque de lado. O São Paulo é grande e precisa ser respeitado! Deixa a “molecada” entrar em campo, porque vontade ali, não faltará!

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão Estratégica de E-commerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova). Me siga facebook.com/plannerfelipe