Se engana quem pensa que os sucessivos resultados frustrantes do São Paulo fazem com que Dorival Jr comece a perder o sono pensando em uma possível demissão. Confiante de que tirará o clube da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, evitando assim um vexame histórico e inédito na história tricolor, o técnico garantiu comprometimento e revelou um pouco sobre sua rotina desde que foi contratado.

Após o empate em 2 a 2 com a Ponte Preta no último sábado, no Morumbi, algumas vaias puderam ser ouvidas das arquibancadas, embora a maioria da torcida tenha apoiado incessantemente a equipe. Por isso, uma possível destituição de Dorival Jr do cargo, mesmo que pequena, entrou em pauta.

“Estou trabalhando, fui contratado pelo São Paulo para desenvolver um trabalho. Não me preocupo se agrado a um ou a outro. Se as pessoas não conseguem analisar o momento do clube, tudo o que está se passando, a mim não me importa. Estou preocupado em fazer o melhor pelo São Paulo, querendo, naturalmente, que os resultados aconteçam muito mais que esses pseudo-torcedores”, pontuou Dorival Jr, se referindo aos autores das vaias.

“Vou fazer o máximo, fui contratado para me entregar de corpo e alma, como tenho feito. Chego sete de manhã e saio daqui [CT] nove da noite. Vou continuar fazendo isso enquanto tiver a confiança de todos que dirigem o São Paulo. Eles percebem, estão acompanhando o dia a dia, aquilo que vem sendo desenvolvido”, completou.

Em relação à atual gestão do São Paulo, aliás, Dorival Jr não poupou elogios. Enquanto mídia e torcida creem que Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e seus subordinados sejam fundamentais para que o clube se encontra na situação atual, o treinador tricolor fez questão de reconhecer o empenho da alta cúpula tricolor.

“A diretoria tem que ser participativa, dinâmica, resolver os problemas rapidamente, e isso tem acontecido. Às vezes ouço algumas notícias e fico chateado, porque vejo a integração que está existindo, o interesse de todos em resolver os problemas. O clube está vivendo uma situação, tem uma série de fatores que desencadearam essa condição, mas não está existindo omissão”, disse o treinador.

“As pessoas estão preocupadas, querendo proporcionar todas as possibilidades aos atletas e à comissão. Não vejo situação nenhuma que coloque em xeque a diretoria do São Paulo. Essa insegurança não existe. Uma diretoria aberta a receber conselhos importantes se faz necessária. Nós temos consciência que os resultados poderiam ser melhores, mas, de repente, demorando desse jeito, que as vitórias tenham um sabor ainda melhor”, concluiu.

GE