O São Paulo que luta contra o rebaixamento leva mais público ao Morumbi do que aquele que buscava um inédito tri nacional na década passada.
Hoje, quando entrar em campo contra a Ponte Preta, às 19h, a equipe de Dorival Júnior vai olhar para a arquibancada do seu estádio e ver novamente uma multidão à espera.
Com 22 rodadas já disputadas, o penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro tem média de 31.380 de pagantes, a terceira maior do torneio.
Em 2008, ano em que chegou ao tricampeonato com o técnico Muricy Ramalho, a ponto de se intitular “soberano”, a média foi de 21.333 pessoas em jogos em casa. Desde que o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, em 2003, a maior presença de público foi registrada em 2007, na sua melhor campanha no torneio, com 28.662 torcedores.
Recuperando todas as edições do campeonato desde 1971, a média da atual temporada da equipe tricolor é a terceira maior da história. Só perde para as campanhas do título de 1977, com média de 32.031, e do vice em 1981, quando levou por jogo 41.179 pessoas.
No Brasileiro-2017, o São Paulo está atrás apenas dos rivais Corinthians e Palmeiras, respectivamente o líder e o quarto colocado. A média do campeonato é de 15.919.
O preço médio cobrado pelos arquirrivais paulistas supera em 100% os do Morumbi, que é de R$ 26. Com estádios novos, eles cobram R$ 55 na Arena Corinthians e R$ 60 no Allianz Parque.
O ingresso vendido pelo São Paulo não é só mais barato que o dos rivais. Parece uma pechincha até mesmo em comparação com os preços praticados pelo clube na ocasião de seu último título nacional, há nove anos.
Em valores ajustados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), o preço médio dos bilhetes negociados em 2008 valeria R$ 31,70 hoje.
O baixo preço do ingresso não é o único fator que atrai os são-paulinos ao estádio. Pesa também um momento de trégua das organizadas à atual gestão.
Acumulando dez rodadas na zona de rebaixamento, o time igualou sua pior marca no Brasileiro, estabelecida em 2013. Nas arquibancadas, as críticas cessaram.
O último protesto em massa registrado no Morumbi contra a diretoria aconteceu depois do empate com o Fluminense, em 25 de junho, quando o time ainda era dirigido por Rogério Ceni.
Folha