Meus amigos tricolores.

Antes de começar esse artigo, quero dizer que estou muito feliz com essa parceria e por mais que não responda, eu leio a todos os comentários. Agradeço as críticas, que nos fazem melhorar sempre. As educadas, eu leio, as mal educadas, deixo de lado, mas trabalhamos com emoção e isso é comum. Obrigado aos elogios também. E por falar em emoção que eu estou escrevendo esse artigo.

A volta do Hernanes deu um novo ânimo a todos no São Paulo. A torcida começou a acreditar ainda mais na recuperação do time, que sentiu, do lado positivo, a chegada de um grande ídolo. Hernanes levará mais pessoas ao estádio, torcida mais feliz, apoiará mais e esse será o elemento fundamental para o São Paulo sair dessa crise e manter a regra de que time grande não cai. Eu, serei sincero, tenho medo e já preparo meu coração para uma possível queda, pois o presidente está dando passos largos para isso, mas como o São Paulo é maior que qualquer dirigente, jogador ou técnico, espero que escapemos esse ano e que 2018 seja diferente, que pelo menos possamos sonhar com títulos.

A chegada do Hernanes mostra como ídolos voltam ao São Paulo. Ao esboçar mentalmente esse artigo me lembrei do grande Leonardo. Chegou em 1991 vindo como lateral do Flamengo, campeão brasileiro daquele ano, foi vendido. Voltou em 1993 como camisa 10, que comandou o São Paulo no bi-mundial. Voltou no inicio dos anos 2000, não com o mesmo brilho, mas com apoio e carinho da torcida. Lugano é outro exemplo, deixado de lado pela diretoria desde o começo do ano, seu nome é ovacionado pela torcida e ele retribuiu sendo profissional e ético. Poderia, por exemplo, ter mandando tudo para o inferno em Junho e ter ido jogar em outro lugar, mas seu amor pelo São Paulo falou mais forte. Kaká voltou em 2015, não foi o Kaká do Milan ou Real Madrid, mas só a sua presença fez com que o time jogasse mais, uma pena que não o suficiente para títulos. Luis Fabiano e Muller, assim como Leonardo, jogaram em 3 épocas diferentes no São Paulo. Muller, sempre que esteve por aqui, foi campeão, Luis Fabiano só um título na sua 3a passagem, aliás, nosso último titulo, Copa Sulamericana 2012, o que não diminui seu amor pelo São Paulo e o quanto a torcida gosta dele. Ele deixou de jogar em grandes times da Europa para voltar ao São Paulo.

Isso conta, isso motiva a torcida e o time, que sabe que há um grande ídolo em campo, que se espelha e sabe que ele vai dar o sangue pelo time, logo, ou ele faz o mesmo, ou não terá mais espaço. A volta de grandes ídolos parece resgatar o bom futebol de alguns e exaltar a raça de outros. Um time não se faz apenas com bons jogadores, nem apenas com craques, nem com jogadores de raça. Se faz com uma mescla de tudo e um bom comandante.

Hernanes, profeta, que a sua chegada ao São Paulo nos dê o elemento que faltava para sair dessa crise e sonharmos com títulos em 2018!! Bem vindo de volta, craque!

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão Estratégica de E-commerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova). Me siga facebook.com/plannerfelipe