Já fomos melhores.
Já demos muito mais alegrias do que tristezas.
Já fizemos a moeda cair em pé, já promovemos a “Tarde das garrafadas”, já batemos em adversário “superior” numa tarde épica de Mineirão, já revertemos 11 pontos de distancia e levantamos a taça, já tivemos o maior número de partidas de invencibilidade, já colocamos o maior número de jogadores em seleções brasileiras, já tivemos o maior estádio particular do Planeta, já acumulamos mais recordes que qualquer outra equipe, já fomos o “Mais Querido”.
Já, já e já.
Quantos “já” vivemos a base de alegria, orgulho e lágrimas nos olhos.
Nossa camisa (sim, aquela que entorta o varal!) sempre foi das mais respeitadas, pois não existiu estádio nesse país que não tenha sucumbido a força da tradição e glória Tricolor.
O branco com as listras preta e vermelha paralelas no peito que vestiram Leônidas, Sastre, José Poy, Zizinho, Roberto Dias, Gerson, Pedro Rocha, Serginho, Oscar, Dario Pereyra, Careca, Raí, Cerezzo, Ceni hoje pouco assustam aqueles que tremiam a nossa presença.
Desbotada, perdeu a luminosidade, deixou de refletir, não faz mais sombra.
Vestida por Cíceros, Wesleys, Lucões, Maicons, Michéis da vida, apagou. Seu símbolo virou “pedaço de pizza” a boca dos fanfarrões, sua casa se tornou “ultrapassada” aos olhos parciais da mídia vendida, seus dirigentes, sempre de vanguarda e destacados historicamente pela qualidade e iniciativa, viraram os senhores mimados que temos hoje, mais parecidos com crianças malcriadas a se debater no chão quando lhe é negada uma bala. Ego inflado, se tornaram hábeis em usurpar do poder que lhes foi “concedido”, esfolando a Instituição que dizem amar.
Nosso São Paulo Futebol Clube foi pilhado, maltratado, escalpelado, mutilado.
Não nos decepcionem ainda mais, Srs.
Diante da incompetência da gestão, redobrem a atenção em não tomar gols.
Da ineficiência tática, tripliquem a cobertura aos colegas de time.
Das limitações técnicas, quadrupliquem o suor na camisa.
Não se esqueçam que defendem as cores de quem “és forte, és grande e que dentre os grandes, és o primeiro”.
Do contrário apenas nos restará retirar as últimas palavras do grito de guerra vindo da arquibancada cada vez mais lotada por aqueles que realmente o amam e cantada ao limite da explosão do coração…
“Sou hexa brasileiro, não alugo estádio, tenho libertadores,…………..”

Roney Altieri