RECUPERAÇÃO ÉPICA?

 

O TIME É DA FÉ E A GENTE TEM MAIS É QUE ACREDITAR!

 

Novatos, laboratório:

 

Coincidentemente, e de forma surpreendente, algumas das maiores equipes da elite do nosso futebol apostaram em treinadores em início de carreira, debutando nesse Brasileirão 2017.

 

Pontos fora da curva:

 

Terminado o primeiro turno, alguns pontos fora da curva, dois deles bastante marcantes, podem ser observados, pra surpresa geral.

 

O Corinthians do Fábio Carile:

 

O primeiro deles, o Corinthians, do debutante Fábio Carile, com 82,50% de aproveitamento, campeão invicto, com 14 vitórias e 5 empates, 32 gols marcados, apenas 9 gols sofridos, com um saldo fenomenal de 23 gols.

 

Filosofia de jogo, um por todos e todos por um.

 

Iniciou a pré-temporada priorizando um esquema e sistema de jogo excessivamente defensivista, organizando e arrumando os setores de criação e ofensivo, no entanto, durante o campeonato.

 

Consciência e disciplina tática, acima de tudo, todos defendem e alguns atacam sempre de forma organizada, e apenas “na boa”, explorando os contra ataques sempre com muita velocidade.

 

Pouca posse de bola, muita marcação, velocidade, eficiência de bola parada, defensiva e ofensiva, entrega, muito espírito de time.

 

Jogam com paciência, esperando a hora certa pra atacar, sendo incisivos e eficientes, nas chances criadas ou nas falhas cometidas pelos adversários.

 

O São Paulo do Rogério Ceni:

 

E o segundo, o São Paulo, do também debutante Rogério Ceni, com 33,30% de aproveitamento, na zona do rebaixamento, com 5 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, com um dos ataques mais inoperantes e ineficazes, apenas 22 gols marcados e uma das defesas mais vazadas, com 26 gols sofridos, grande parte deles, de maneira lastimável e inexplicável.

 

Filosofia de jogo, cada um por si e Deus por todos.

 

Iniciou a pré-temporada priorizando um esquema e sistema de jogo excessivamente ofensivo, com linha de marcação sempre muito adiantada e agressiva (estilo Barcelona), ainda que sem o mesmo nível técnico, obviamente.

 

Fazia muitos gols, mas desequilibrado, tomava uma enxurrada, também, atuando com um sistema defensivo sempre muito exposto e fragilizado.

 

Sem balanceamento algum, a ordem era atacar, atacar e atacar.

 

Suscetível às críticas, à avalanche de gols sofridos e aos resultados, sucumbiu à invertida sofrida na Arena das Peppas (0x3), e a partir de então, tudo se perdeu.

 

Poderia ter mantido a proposta ofensiva e agressiva, promovendo o ajustamento do setor defensivo.

 

Pode ter faltado experiência e bagagem pra manter o propósito, e a aposta no novo, no jeito diferente de propor a peleja.

 

Coragem, quem sabe.

 

É bem verdade, e não restam dúvidas, as indispensáveis saídas de jogadores vendidos pra fazer caixa, o clube não tinha outra saída, atrapalharam muito e contribuíram demais para o desfecho alcançado.

 

Contudo, diferentemente do Corinthians do Fábio Carile, o time do SP nunca deu sinais algum, de consciência e disciplina tática.

 

Nunca existiu organização alguma, entrosamento nenhum, a posse de bola sempre foi muito alta, mas da mesma forma absolutamente ineficaz.

 

Um time sempre muito impaciente, descontrolado, falhando demasiadamente tanto na frente quanto atrás, tomando um montão de gols bobos e inexplicáveis, e da mesma forma, perdendo praticamente todas as oportunidades que criava ou que se apresentavam, em decorrência de falhas dos adversários.

 

Quem sabe, não teríamos dois pontos fora da curva, mas os dois no aspecto positivo, cada qual apostando numa filosofia de jogo, diferentes, e completamente antagônicas, no início, mas que poderiam se equivaler ao final desse primeiro turno.

 

Os dois jovens treinadores poderiam estar desfrutando de resultados favoráveis, mesmo que jogando, com estilos, diversos.

 

Por que, não?

 

Ponto fora da curva – positivo:

 

Atropelados pelo resultado invejável e não menos surpreendente do ponto fora da curva, positivo, um pelotão que não fosse a disparidade havida, se contentariam com o histórico de desempenho do campeonato ao longo dos anos. Grêmio, Santos e Palmeiras, jogaram pro gasto, com 39, 35 e 32 pontos, respectivamente.

 

Ponto fora da curva – negativo:

 

Acima do inesperado, inexplicável e não menos surpreendente ponto fora da curva, negativo, o nosso São Paulo, se situaram o glamoroso elenco do Flamengo, o desacreditado Sport do mais desacreditado ainda, Luxemburgo, o Cruzeiro e o Atlético PR, com 29, 28, 27 e 26 pontos, respectivamente, acompanhados pelo Coritiba, Fluminense e Botafogo, os três com 25 pontos cada, o Coritiba, mesmo que em estado cambaleante.

 

O imponderável nesse sentido é tão maior e inesperado, ainda, considerando que mesmo os times acostumados com a zona de rebaixamento, também acabaram o primeiro turno, um pouco acima, grudados na nossa vexatória pontuação.

 

Vasco com 24, Bahia e o também pomposo Atlético MG com 23, e a Ponte Preta e Chapecoense com 22 pontos.

 

Zona da degola – a bola pune!

 

O glorioso SPFC com miseráveis, 19 pontos.

 

Abaixo da gente, pasmem, somente o Vitória com a mesma pontuação, o Avaí com 17 e o Atlético GO segurando a lanterninha, com sofríveis 12 pontos.

 

Nossos resultados, rodada a rodada? Seria triste se não fosse cômico!

 

01ª – Cruzeiro (f) 0x1 (vários gols perdidos e aquela famosa pixotada do Maicon)

02ª – Avaí (c) 2×0 (uma dificuldade e uma sofrência danada, mas ganhamos)

03ª – Palmeiras (c) 2×0 (ofensividade extrema x retranca absoluta. 3 zagueiros)

04ª – Ponte Preta (f) 0x1 (vários gols perdidos e pixotadas grotescas)

05ª – Vitória (c) 2×0 (um resultado não tão confortável, contra um time fraco)

06ª – Corinthians (f) 2×3 (confrontos dos dois pontos fora da curva) (falhas)

07ª – Sport (f) 0x0 (um jogo “ganhável” empatado pelo medo de perder)

08ª – Atlético MG (c) 1×2 (1 caminhão de gols perdidos e 2 falhas clamorosas)

09ª – Atlético PR (f) 0x1 (1 falha clamorosa e 1 caminhão de gols perdidos)

10ª – Fluminense (c) 1×1 (avenida pela direita, falhas goleiro, gol bobo de falta)

11ª – Flamengo (f) 0x2 (já no desespero, falhas e mais falhas defensivas)

12ª – Santos (f) 2×3 (muita gente nova, Pintado, e um baile do Copete)

13ª – Atlético GO (c) 2×2 (chuva de gols perdidos, desatenção geral e ++ falhas)

14ª – Chapecoense (f) 0x2 (Osório montou o time pra ganhar. Falha Renan e JT)

15ª – Vasco (c) 1×0 (jogamos bem ofensivamente, mas sufoco na defesa)

16ª – Grêmio (c) 1×1 (a galera empurrou e empatou o jogo pro time)

17ª – Botafogo (f) 4×3 (jogamos nada até os 37 ST. Virada Épica)

18ª – Coritiba (c) 1×2 (+++ falhas, ofensivas e defensivas. Juizinho. Um horror!)

19ª – Bahia (f) 1×2 (+++ falhas, ofensivas e defensivas. Juizinho. ++ horror!)

 

Por que acreditar numa Recuperação Épica?

 

  1. A torcida está com o time, apoiando e empurrando o tempo todo;
  2. Mesmo que muito modificado, nosso elenco e time é superior que muitos outros;
  3. Perdemos para nós mesmos, em muitas das 10 derrotas sofridas;
  4. Estamos a apenas uma vitória, da Chapecoense e da Ponte Preta, e temos os confrontos direto com os dois, ainda;
  5. O mesmo em relação ao Atlético MG e Bahia, estando a quatro pontos, deles;
  6. Idem, e a cinco pontos do Vasco;
  7. A mesma coisa, e a seis pontos, do Botafogo, Fluminense e Coritiba;
  8. Sem considerar e levar em conta, as pontuações do Atlético PR, do Cruzeiro e do próprio Sport, inclusive;
  9. São 12 times, perfeitamente na nossa alça de mira, que podem sim, ainda ser alcançados;
  10. Tem todo um turno ainda pela frente, são 19 partidas, onde tudo poderá ainda acontecer, e a tabela será dura para o SP, mas também será para os demais;
  11. Jogaremos, 10 dessas decisões, em casa;
  12. Teremos pela frente, confrontos diretos, com todos esses doze, concorrentes;
  13. Esses concorrentes terão confrontos diretos, entre eles mesmos;
  14. Farão jogos duríssimos, dentro de casa, contra times com necessidade de ganhar, seja pra escapar, seja para se classificar;
  15. Tivéssemos vencido, e tivemos tudo pra vencer, pelo menos três desses concorrentes diretos, circunstancialmente à nosso frente, em jogos perdidos, estaríamos disputando a vaga para a Libertadores;

 

Xô, degola!

 

Vamos escapar dessa e sair dessa sinuca de bico, e tão logo isso esteja resolvido, o nosso Conselho de Administração precisa e deveria ser convocado para um conversinha de pé de ouvido.

 

Conversinha ao pé do ouvido!

 

Colocá-los todos sentadinho no centro do gramado do Morumbi, perfilados junto ao Leco, e ouvir o que eles teria pra nos falar, sobre o SPFC para 2018!

 

SOMOS O TIME DA FÉ!

 Por: Carlos Takei