A última rodada do 1º turno do Brasileirão deste ano manchou a história do São Paulo.

Ainda, o torcedor sente a esperança, pensa que haverá reviravolta como em 2016 e que como um dos poucos times brasileiros que nunca jogaram a segunda divisão do torneio, a maré virará.

Mas, os resultados sacramentam o descenso da equipe que, a esta altura, já não depende de si para continuar na elite. Mesmo que os outros caminhem mal, o São Paulo não faz sua parte e de nada adianta.

O final destas 19 rodadas simbolizam o que desde que assumiu a gestão Leco promove: derrotas, sofrimento, falta de planejamento, falta de profissionais competentes atuando no clube, falta de continuidade e populismo.

A soberba, a empáfia, a incompetência, a confraria com a máquina institucional que vai conduzindo um a um para dentro do sistema para se perpetuar e conseguir governar, transformaram o São Paulo no fracasso que hoje é dentro e fora dos campos.

Um time que não tem respeito dos adversários, que é zombado dentro de sua casa por um programa corintiano apoiado pelo presidente, um presidente que não sabe como comandar, que é detestado por seus pares e aliados mas que faz o jogo e mantém as peças bem posicionadas. Um diretor amador, inexperiente que prometeu gestão e inovação e ao brincar de management com o clube, transformou o plantel em um absoluto mar de desequilíbrio e falta de encaixe.

Venderam mais de R$ 200 milhões, sumiram com o melhor da base e o que contrataram não rende. Trouxeram notícias midiáticas ao invés de trazerem um elenco.

A boa estratégia de aproximar a mídia mais contundente e a torcida mais barulhenta, os permite o conforto de seguir destroçando o clube impunemente. O torcedor que sofre e realmente se sente abandonado, desesperado e desolado, fica tangente diante das cortinas de fumaça, promessas e ilusões criadas. Bem planejadas, as matérias manipulam o torcedor, jogam contra juiz, contra a sorte, contra a oposição, contra o Ceni, contra um e outro jogador, contra tudo, menos contra os próprios erros, mazelas, incompetências e despreparo.

Como disse Leco: “Não tenho qualquer responsabilidade nos resultados” logo que caiu Ceni.

“Caminho certo”

“Sabemos fazer”

“Rumo ao futuro de vanguarda”

“Novo estatuto com profissionalização”

Como disse Pinotti: “Trabalhamos bem, o trabalho é bem feito e fazemos gestão”.

“Ficaremos entre os 5 primeiros”

“Não haverá desmanche”

“Tenho o plantel na mão”

“Não há problema no grupo, temos controle”

Declarações como estas, atitudes esdrúxulas e comportamento de quem está passando por uma mera má sorte, é o que espera o torcedor.

A fórmula do Inter foi seguida à risca: alterações na diretoria e comissão técnica no meio da temporada trouxeram instabilidade ao time, prova disso é a mudança de técnico, profissionais da comissão, jogadores e filosofia para a disputa de uma mesma competição.

Mudanças no plantel

Desde que o São Paulo caiu na semifinal da Libertadores de 2016, por motivos de incompetência similares, diversas mudanças ocorreram na equipe. Bauza deixou o Tricolor para a chegada de Ricardo Gomes. Jogadores de grande porte saíam e outros de qualidade risível chegavam. Para repor Ganso, veio Jean Carlos. Para repor Calleri, veio gente como Robson. As referências se foram, o grau de futebol caiu e o São Paulo sofreu até o fim. Comemorou ficar na Série A enquanto viu rivais levantarem taças e se classificarem para Libertadores.

2017 é igual.

Saíram grandes nomes da base e com a cara do clube, um elenco referência para nomes midiáticos que se destacam mais pelas palavras em entrevistas do que pelo futebol em campo. Dos substitutos que vieram, alguns já não viviam boa fase e outros não passaram de apostas para substituir jogadores experientes. E as vendas prosseguiram, as reposições foram fracas.

Troca no comando

Com uma campanha irregular e futebol pouco convincente, o time acabou sempre embaixo e caindo na tabela. Ceni saiu e veio Dorival. E internamente já se fala que se perder do Cruzeiro, não fica. E mais um virá, no desespero.

A irregularidade do time persiste mais e mais, com um fator a mais: desmotivação. Esse cenário ocasionará no desespero e completamente na roleta russa, tentar algo que mude o cenário, ficarem tentando o famoso “Fato Novo” tão praticado por esta diretoria. Só que a Série B está aí, nunca esteve tão perto.

Resumo: Como dito há 2 semanas, o Titanic está afundando e a gestão toca violino cada vez mais intensamente. Só que nada resolve, nada muda, nada sem competência gerará resultados.

Hoje, é isso: a incompetência teve sua consequência.

Em 19 rodadas, temos que como torcedores, esperar por um milagre porque com Leco, Pinotti e esses gestores, o São Paulo caminha para seu fim.

Enquanto isso, remunerações altas e cargos não faltam, tudo em dia. BMW, viagens, almoços, vantagens, benesses, status…um pleno deleite!

Afinal, o que é o São Paulo FC diante do bem estar destes todos que hoje lá estão gozando do “Novo Estatuto” e da “Profissionalização”?

O São Paulo FC está ruindo, irmão torcedor. Se é que já não ruiu, faltando apenas vermos os destroços no chão.

Junto com o clube, meu coração está despedaçado. Mas nós sempre estaremos aqui.

Mas, esses gestores, não posso mais.

Incompetência, tem consequência.

E eles precisam sair do nosso amado Tricolor.

Alexandre Zanquetta

alexandrezanquetta@uol.com.br

blogdosaopaulo.com.br\facebook

twitter.com\blogdspaulo