Nos últimos jogos tricolores tem sido uma constante as falhas pelas laterais e a falta de pegada 100 por cento no meio de campo, a bola não chega com qualidade ao ataque e quando chega perdermos gols.

Além do evidente problema de não termos um “chutador” – aqui todos são responsáveis, não é Leco?

O espaço aparece diante da área do adversário, o grito da torcida é um só: “chuta!” e o nosso jogador passa a bola, delega responsabilidade a outros.

Tenho até me lembrado de um personagem do Jô Soares, que dizia: “bota ponta Telê”. O nosso personagem seria “bota um chutador treinador”.

O que se passa?

Falta de iniciativa, inteligência, confiança, coragem? Sei que não é falta de raça. A verdade é que as vendas prejudicaram o trabalho técnico e também as contratações; algumas equivocadas – alguns jogadores não podem vestir o manto – e a demora em tomar decisões, como afastar jogadores do time principal, quando toda a torcida percebe que está fora de forma ou mal preparado tecnicamente.

Não acertar um cruzamento, faltar fundamentos básicos para jogar bola é inadmissível para um jogador de time gigante. Aliás, aqui vai um recado para alguns torcedores: parem de dizer que vamos para a série B.

Há piores, vamos ter fé e sermos guerreiros pela grandeza do tricolor.

Vamos gritar o tempo todo, não o grito de outra torcida “eu acredito”, mas o nosso grito.

Temos identidade. “Aqui é São Paulo”, “Eu sou São Paulo, Eu sou Gigante, Aconteça o que acontecer”.

Por: Maria Denise Nery Santiago