Nesta segunda-feira, às 20h, o São Paulo enfrenta o Grêmio na sua luta para sair da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. E, como vem sendo comum em 2017, o Morumbi novamente estará com bom público (até a tarde de domingo 20 mil entradas já haviam sido vendidas).

Além da paixão pelo clube, o preço camarada dos ingressos contribui para o bom público da equipe. Contra o vice-líder Grêmio, as entradas na arquibancada custam entre R$ 20 e R$ 30. E quem tem direito à meia entrada paga apenas R$ 10 ou R$ 15.

A política de aumento de preços dos ingressos da diretoria são-paulina vai na contramão de outros grandes do país. Em 2006, quando foi campeão brasileiro, o São Paulo cobrava, em média, R$ 12,1 por um ingresso no Morumbi. Se apenas o IGP-M, um dos índices oficiais de inflação do país fosse aplicado, o tíquete médio do clube deveria ser hoje de R$ 23,2.

Neste Brasileiro o São Paulo tem um ingresso médio de apenas R$ 24,9, o sexto mais barato dos 20 clubes que disputam a competição. Ou seja: praticamente a variação da infação.

Em 2006, Corinthians, Flamengo e Palmeiras tinham preços de ingressos muito próximos aos praticados pelo São Paulo. O time do Parque São Jorge cobrava R$ 13,1, os palmeirenses pagavam R$ 15 e os flamenguistas apenas R$ 11,5. Pelo IGP-MG, esses valores seriam hoje, respectivamente, de R$ 24,5, R$ 28 e R$ 21,6.

Mas esses clubes cobram hoje um preço médio muito acima da variação da inflação do país. O Palmeiras tem um tíquete médio de R$ 60,9, o Flamengo R$ 58 e o Corinthians R$ 53. Os três são os mais careiros do Brasileiro.

Com sua política de preços, o São Paulo que luta para não cair tem público até maior do que quando ganhava o Brasileiro. São, em média, 21.801 pagantes no Morumbi por jogo. Em 2008, ano do último título da equipe, a média foi de 21.341.

ESPN