A maior goleada em uma final de Libertadores é Tricolor

Dia 19 de maio de 1993, pela segunda vez consecutiva o São Paulo decidia uma final de Taça Libertadores.

A classificação nas Semifinais tinha sido dura, após um empate sem gols frente o Cerro Porteño.

O adversário era a equipe chilena do Universidad Catolica que tinha eliminado nas Semifinais o América de Cali.

Confesso que esperava mais uma partida épica, mas bem bem difícil, assim como tinha sido no ano anterior.

Logo de cara, no entanto, Palhinha chutou uma bola na trave, quase.

Será que estava enganado.

Foi quando o nosso zagueiro, Gilmar, com a bola dominada resolveu recuar a bola para Zetti, sem ver que ele estava fora do gol, quase ao seu lado.

Eu estava atrás do gol defendido pelo goleiro chileno, e juntamente com milhares de torcedores gritamos como louco para Zetti.

Deu resultado (até parece que fomos nós rs rs).

Zetti voltou como um felino e desviou a bola para a linha de fundo.

Para todos: Falta.

Zetti ficou jogado no chão, esperando.

Todos ficamos esperando.

O juiz, no entanto, marcou escanteio.

O tricolor sentiu.

Mas tínhamos Zetti, que logo em seguida operou mais um milagre.

Mais alguns minutos, novamente os chilenos no ataque e quase sofremos o gol.

O jogo estava muito complicado.

Já aos 30 minutos, o magistral Válber achou Palhinha na frente, que chutou na trave, na volta, a bola bateu no zagueiro Lopez, goooooooooooooooollllllllllllll.

A porteira estava aberta.

Mais 10 minutos, após passe de Pintado, Vitor marcou o segundo.

Aliás, Vitor estava jogando tanta bola naquela época que motivou o Mestre Telê a deslocar Cafu para o meio campo.

Devo confessar que acabar com 2 a 0 o primeiro tempo para mim era o suficiente.

Bastaria agora segurar a vantagem.

Me enganei, ainda bem.

Quem tinha Mestre Telê em campo deveria saber, partiríamos para cima.

Mal o segundo tempo começo, Gilmar, pareceu querer se redimir da falha no primeiro tempo, entrou na área cortou zagueiro e deslocou o goleiro, 3 a 0.

Era muita alegria, ainda mais para um jogo que tinha se mostrado tão difícil.

Mais 5 minutos e Raí marcou o quarto gol, de peito.

Foi de arrepiar.

Mais 5 minutos e Muller marcou um dos gols mais inteligente de todos os tempos, 5 a 0.

Ainda faltavam 25 minutos e vencíamos por 5 a 0.

Pois bem… o que Zetti fez então????

A maior sequencia de defesas da história da Taça Libertadores.

Foram 4, todos em chute a queima roupa e de dentro da área (e em um final de Taça Libertadores)

Até o arbitro ficou com pena dos chilenos e resolveu marcar uma penalidade, inexistente, 5 a 1.

A maior goleada em uma final de Taça Libertadores.

Uma semana depois, em Santiago, o título seria confirmado.

Ah tricolor!!!!

Como bem sabemos, até mesmo ser bicampeão, consecutivo, da Taça Libertadores, é para poucos.

Para quem quiser lembrar, veja o link: http://www.youtube.com/watch?v=0eGaGETLQDg

José Renato Santiago