Leco:

“Este é um momento que divido em dois sentimentos. Um de alegria e felicidade por estar recepcionando e apresentando uma figura conhecida de todos, em quem reconheco, e essa foi uma razão nossa de fazer a sua contratação, qualidades de caráter, experiência e competência para dar ao São Paulo o que faz parte da nossa expectativa. O segundo sentimento é de tristeza porque o São Paulo, infelizmente, se encontra em situação provisória de desconforto no Brasileiro. Não é o lugar do São Paulo, não faz parte da nossa grandeza e tradição, mas é uma situação concreta que estamos vivendo, que não é a primeira vez. Imaginamos que vamos sair da zona de rebaixamento pela qualidade do Dorival. Ele não está aqui para tirar o São Paulo da perspectiva de rebaixamento, por sua reconhecida capacidade e historia no futebol. Nossa alegria é maior do que qualquer coisa por tê-lo conosco”

Diretor Vinicius Pinotti:

“O presidente falou tudo. Dou as boas-vindas ao Dorival. Que sejamos muito felizes aqui, a casa tricolor é sua, Dorival”

Dorival fala por que aceitou o desafio no São Paulo:

“É uma satisfação e um prazer ter a confiança do presidente e da diretoria do São Paulo em mim. Procurarei fazer o meu melhor. Confio no trabalho e no elenco, não tenho duvidas de que estou chegando com a intenção de encaminhar o que, momentaneamente, nãos e apresenta adequadamente nas condições que todo são-paulino gostaria. É uma responsabilidade grande, mas venho porque confio no meu trabalho e em quem me contratou para desenvolver meu trabalho com muita intensidade e carinho, dentro de tudo que passamos em 10, 12 anos de carreira. Que possamos estar fortalecidos e preparados para uma condição que não é fácil. Vivenciar Brasileiro, com cada ano uma grande equipe em momento de dificuldade, precisamos de capacidade e sensibilidade para sentir o momento da equipe e o São Paulo se recuperar na competição e na história do São Paulo, que tem um peso muito grande, um dos mais conceituados do mundo. O São Paulo precisa de uma visão aquém da desse momento”

Fez exigências, Dorival?

“Não foi feita nenhuma exigência. É um bom elenco. Dentro do possível, como em todo o Brasil, o elenco pode ser melhorado, naturalmente. Mas precisamos acreditar no que temos, cessar conversas de entradas e saídas porque isso quebra e muito a confiança do elenco. Mas vamos observar com carinho especial o que temos em casa. O Rogério fazia um trabalho elogiável nesse sentido, buscando o que o São Paulo tem de melhor, sua estrutura e produção de grandes jogadores. De repente, nossos problemas podem ser resolvidos aqui dentro mesmo com o aparecimento de um novo garoto ou um atleta que venha reforçar e melhorar a equipe”

Pinotti sobre Rodrigo Caio:

“Nunca houve nenhum tipo de negociação. Foi sinalizado que haveria o pagamento da multa. O São Paulo nunca teve a intenção de negociá-lo. Mas todo contrato tem multa e fica nas mãos do jogador, mas nunca sentamos à mesa para negociá-lo. Não tem novidades”

Dorival fala de Rodrigo Caio e Cueva:

“Houve atraso no voo, cheguei em cima e não conversei sobre Rodrigo Caio. Mas é obrigação minha motivar qualquer jogador. E estar no São Paulo não é um motivador negativo. estando aqui dentro, é profissional e tem obrigação de se sentir motivado, a instituição precisa ser preservada e respeitada”

Dorival sobre trabalho de melhora:

“Teremos um mês, ou 45 dias, totalmente preenchido, com jogos de quarta e domingo, o que passa a ser complicador para todos nós. Nas equipes em que tivemos período de trabalho, como no Santos, com três semanas abertas, foi importante para melhora e crescimento da equipe. Esperamos passar por esse momento de maneira positiva, com a possibilidade de ter correções rápidas para ter respostas nos jogos seguintes, esperando pelo momento na frente com preparação um pouco melhor e mais consolidada. Nesse instante, saindo de uma partida para outra, dificilmente teremos esse período, mas temos que intensificar de alguma forma, com trabalhos que se encaixem em um ou dois dias, com trabalhos e rápidos e pontuais como corretivos para o que observamos”

Por que o São Paulo está em penúltimo, Dorival?

“Sem viver o dia a dia, não dá para avaliar. Mas nem tudo foi ruim. Fiz comparativo agora e, da equipe que fez bela apresentação contra o Santos, ficaram apenas três jogadores. Em cima de tudo isso, o São Paulo conseguiu cosias muito boas, aparecimento de bons valores, jogadores saindo como é do futebol brasileiro e temos de entender, trabalhando para minimizar. É fundamental analisar daqui para a frente e responsabilizar por tudo que acontece até o final desse compromisso, se Deus quiser”

Dorival fala de sua estratégia:

“Pensar em agilizar uma situação nesse momento é inoportuno. Temos que buscar o emergencial, mas tentando conscientizar e mostrar no campo o que observamos e, acima de tudo, resgatar a confiança de cada jogador para ter atuações mais consistentes e bons resultados”

Já conversou com Ceni, Dorival?

“Ainda não conversei, mas tenho respeito e carinho muito grande. História do Rogério se confunde com a entidade, é um profissional exemplar. O período que ficou aqui, com história, quero, sim, falar com ele. dentro dos próximos dias, pela pessoa e profissional que é, vou procurá-lo”

Carille falou em sacanagem com demissões de técnicos. Foi seu caso no Santos, Dorival?

“É muito difícil abordar assunto como esse, peço desculpas por não aprofundar. Sempre respeitei muito o presidente do Santos, a entidade e seus profissionais, sempre pautei minha profissão em cima desse respeito. O que aconteceu, fica para trás. O momento agora é São Paulo Futebol Clube. Agradeço a preocupação do Fábio, mas minha preocupação é fazer o melhor pelo São Paulo como fiz em todos os clubes. Preciso estar preparado o máximo possível apara retribuir confiança que depositaram”

Relação com filho e auxiliar Lucas Silvestre:

“Relação profissional. Anterior à formação, trabalhou comigo por quatro anos fazendo levantamento de adversários e de atletas, ele se preparou para esse momento. Assim como qualquer outra figura da comissão, tem total liberdade de fazer colocação. É uma relação bem aberta e próxima com qualquer outro, porém, naturalmente, a última posição recai sobre o treinador. Procuro ouvir muito para diminuir erros.”

Conhece o São Paulo, Dorival?

“Assistimos aos últimos quatro ou cinco jogos do São Paulo. Não tivemos ninguém na Vila Belmiro, mas São Paulo trará observações e vimos pela televisão. Vamos intensificar o que preparamos nesta semana”

São Paulo briga para não cair, Dorival?

“O São Paulo tem alguns degraus e, em razão da classificação, sai em condição diferente. É um campeonato de recuperação, e já vi isso acontecer, como já vi times assim se agravarem. São Paulo tem bom grupo, diretoria atenta e trabalhando com intensidade, buscando situações pontuais para dar condições que já são muito boas. Isso é fator para recuperação se iniciar o mais rápido possível”

Dorival lembra outras experiências na zona de rebaixamento:

“Tivemos problemas pontuais em outras equipes. No Vasco, chegamos à oitava colocação e começamos a perder muitos jogadores e compromissos da diretoria não foram respeitados. No Fluminense, pediram nove pontos em cinco jogos, e conseguimos dez pontos. E, com problema da Portuguesa, Fluminense saiu daquela situação. Todos sabem como aconteceu, mas aquilo dá experiência muito grande para tiver um novo momento. Como Atlético-MG, que em 2-010 estava há 24 rodadas no Z-4 e, na penúltima rodada, estávamos livres. É tudo para fazer fluir. Que eu possa ter capacidade para fazer o grupo se recuperar. Confio no trabalho e, junto com diretoria e jogadores, degrau a degrau, vamos melhorar. O campeonato do São Paulo é de recuperação e, ´para isso, será muito mais exigido do que vemos de cada um de nós. O São Paulo não pode continuar como está”

Dorival fala de trabalho com as categorias de base:

“Está exigindo aproximação grande, o treinador precisa estar em Cotia. Que tenhamos condição de observar mais, essa integração vai continuar e será mantida. Dentro do possível, vamos observar a base. NO Santos, era um trabalho mais fácil porque recebíamos as equipes em treinamentos, em horários diferentes, mas sempre observávamos e isso era importante se definíamos uma contratação ou se aproveitávamos um garoto. O São Paulo também proporciona isso e já há uma integração muito grande com a base”

Dorival fala do San-São e da perspectiva:

“Pelo segundo tempo, sim. Pelo primeiro tempo, não. O São Paulo ainda pode fazer outro tipo de campeonato. Depende de recuperação rápida e mudança comportamental. A participação precisa ser maior, jogadores sabem disso. Estamos conversando a partir do momento que observamos. Não vejo problema. Vou privilegiar o que temos, mas diretoria estará atenta ao mercado, ainda que todos saibam que, para momento como esse, é difícil ter condições de tirar algum jogador porque a grande maioria dos bons já atuou por sues clubes. Faltam datas no mercado externo e, na correria, não se faz nada. É o momento de estancar condição de saídas e entradas e recuperar confiança de modo geral para a produção do grupo melhorar. Vamos intensificar esse trabalho”

O diretor Vinicius Pinotti avisa que não falará sobre Matheus Jesus e Aderlan.

Está de olho em algum garoto de Cotia, Dorival?

“Vi alguns jogos, mas tudo acontecerá naturalmente. Se fizer algum alerta, o próprio jogador deixa de agir naturalmente. Vamos focar em readquirir confiança do grupo e buscar o que é necessário. fatalmente, algum garoto vai aparecer e, dentro de possibilidade ou necessidade, ele pode ter condição de se apresentar”

Fechará treinos, Dorival?

“Prefiro conhecer o clube e fazer deliberações internas dentro de uma possibilidade ou não”

Leco sobre interesse em Paulo Autuori na gestão do futebol:

“Trata-se de nome de inegável conceito, ainda mais no São Paulo. Paulo Autuori foi campeão mundial no São Paulo, tem respeito muito grande. Não foi cogitado, mas é sempre um nome bem-vindo por uma instituição que tem desejo de grandeza, como é o São Paulo. Não houve cogitação de contratação do Paulo Autuori. Mas, para comandar a comissão técnica, é outro assunto. Não posso responder com riqueza de detalhes. Só que é um nome qualificado para isso, será objeto de análise. Não houve absolutamente nada, mas não significa que não possa haver”

O diretor Vinicius Pinotti reforça que o zagueiro Lucão, que chegou a ser pedido por Dorival Júnior no Santos no início do ano, não faz parte dos planos por opção do próprio jogador.

Dorival se esquiva sobre Lucão e diz que houve atraso no voo que o trouxe a São Paulo nesta segunda:

“Tivemos reunião em Florianópolis. Como ainda era possibilidade, não esmiuçamos detalhes de assuntos abordados. Essa reunião ficaria para agora, antes da apresentação, mas não houve possibilidade, por isso transfiro à diretoria. Lucão procurou diretoria, foi em consenso com o próprio atleta”

Fim da apresentação de Dorival Júnior como técnico do São Paulo

O técnico comandará seu primeiro treino às 15h30 desta segunda-feira, no CT da Barra Funda.

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