Durante a semana, o São Paulo apresentou Arboleda e Gómez, novos contratados. Estava lá e prestei bastante atenção quando um colega perguntou a Vinícius Pinotti, diretror de futebol, se ele estava preocupado com a situação do São Paulo no campeonato.

A resposta veio de maneira direta, sem titubeio. Voz firme, sem nenhuma mudança. Rosto confiante, ems consonância com a voz. ”Nenhuma preocupação. Nenhuma”. A empresa de Pinotti, no ramo de beleza feminina, é muito sólida. Mesmo assim, eu o imaginei respondendo a alguma pergunta desse tipo dos diretores. Levaria confiança, sem dúvida.

Futebol é diferente de empresa. Futebol envolve paixão. E os ”acionistas” entendem de futebol tanto quanto os Pais da Pátria, tanto quanto os Cardeais, tanto quanto os dirigentes, remunerados ou não. E a torcida está desesperada. Depois da derrota contra o Flamengo, o time já está na zona de rebaixamento.

Pode-se fazer uma segunda análise, sobre a proximidade com os outros em situação ruim, mas ficar contando número de gols sofridos e marcados, é uma ofensa ao São Paulo, por sua história. É coisa para Pinotti fazer. Como ouvir Avaí e Ponte e torcer os dedos pela Ponte.

Pinotti precisa se reunir com Leco e Ceni urgentemente, caso ache que Ceni mereça continuar. Aliás, colocar multa de R$ 5 milhões para um treinador inexperiente, é coisa que ninguém faria em sua empresa. Leco fez. Bem, na necessária conversa com Leco e Ceni, é preciso montar uma estratégia de guerra.

O treinador perdeu seu auxiliar. Precisa de ajuda.

Um clube grande não pode ficar montando elenco durante o campeonato. E um terço dele já está indo embora. E Pinotti, você precisa se preocupar e muito. Quando um time precisa mudar e o treinador precisa se limitar a Denílson, Wellington Nen (entrará em forma) e um garoto como Shaylon para mudar o jogo, é porque a situação é muito difícil.

Chama o Leco para conversar. E fique muito preocupado, Pinotti. Futebol não é sabonete, não.

Menon