Hélio Silva foi um símbolo para torcida e o clube tricolor paulista.

Tempos em que não havia problema algum um representante de torcida uniformizada ter relações próximas com dirigentes e jogadores.
Afinal, Hélio Silva era presidente da TUSP, Torcida Uniformizada do São Paulo, que era continuidade do Grêmio Tricolor, a primeira torcida uniformizada do Brasil.
E o Grêmio Tricolor foi formado por nada mais nada menos que Manoel Raymundo Paes de Almeida, um dos maiores expoentes nas gestões dos verdadeiros cardeais. Fez parte da comissão pró estádio para construção do Morumbi.

Percebe-se que na época não havia rejeição, pelo contrário, poderia ser um fator de elo muito importante para o clube.

Hélio ficou marcado por sempre estar presente nas passagens comemorativas do São Paulo. Posso citar quando o Tricolor arrebatou a virada histórica sobre o Botafogo carioca e passou para final do campeonato brasileiro de 1981. Na ocasião, Éverton fez um golaço sem pulo e decretou o placar de 3 x 2. Ao final da partida, Hélio Silva colocou o jogador sobre os ombros e a foto ficou eternizada.

Uma outra aparição, porém em um momento triste, foi quando o lateral esquerdo e zagueiro Bezerra tivera de abandonar o futebol precocemente por conta de cisticercose cerebral (achaca-se na época que poderia comprometê-lo) e na saída de campo, quem estava lá? Hélio Silva o acompanhando na saída do gramado, no jogo despedida em 26 de Janeiro de 1980.

Diga-se de passagem, um momento de muita emoção, e eu criança estava lá!
Estava também em uma viagem pro Rio de Janeiro em 1984 juntamente com meu pai, quando pudemos conhecê-lo melhor durante a viagem. Fluminense e São Paulo, 1984. Aliás, Hélio Silva, que era lutador de luta livre, e por isso também conhecido por seu porte físico atlético, usou seu atributo para salvar uma colega são paulina que estava morrendo afogada na praia do Leme.

Em épocas que eram permitidos bandeirões, batuques, rolo de papel, rojões, pode-se dizer que Hélio Silva foi ícone, um nato organizador e animador nas arquibancadas, um interlocutor, promoter, um “hostess” nos corredores internos do Morumbi, e enfim um apaixonado pelo tricolor paulista!
Descanse em paz Hélio Silva!

Hélio, que tivera duas esposas, deixa também netos e filhos dos dois casamentos; Erick, Taís, Karina e Priscila.

Em memória, filha Isabela, do Hélio Silva e Sra. Fátima!

À família os meus sentimentos!

Para aqueles que puderem comparecer à missa de 7o. dia e abraçarem a família, será realizada hoje, sexta-feira, 09/06/17, 20:00, na Igreja São Judas, Av. Jabaquara, 2682

Paulo Henrique Delicio Lago
Historiador do São Paulo F.C.