Antonio João da Fonseca nasceu na cidade paulista de Taguaí em 11 de abril de 1966.

Estreou no Tricolor em 1º de agosto de 1984 na vitória por 2 a 0 frente o Marília.

Naquele dia, jogou como lateral direito.

Substituía o titular Paulo Roberto que estava machucado.

Teve ao seu lado simplesmente a maior dupla de zaga de todos os tempos, Dario Pereyra e Oscar.

Seu forte era a marcação.

De vez enquanto atacava.

Muito de vez enquanto.

Talvez por isso, com a saída de Paulo Roberto, o Tricolor foi buscar Zé Teodoro para assumir a camisa 2.

Fonseca se manteve como reserva.

Também quebrava o galho em várias outras posições.

Jogou nas duas laterais, como zagueiro e até mesmo meio campista.

Tinha muito obediência tática.

Um curinga.

Daqueles bem generalistas em quase todas as posições.

Seguia rigorosamente as orientações de seu técnico.

Não tinha muita habilidade técnica.

E também não era dos mais velozes.

Mas estas limitações não impediram que ele fosse muito importante para a conquista de importantes conquistas do Mais Querido.

Ainda que poucas vezes tivesse sido titular da equipe, não há como negar, tinha estrela.

Foi titular na final do Brasileiro de 1986, frente o Guarani.

O titular, Zé Teodoro, tinha se machucado na primeira partida.

Pois é, na foto do título, lá está ele, Fonseca.

Durante o jogo, fez algo que dele esperávamos.

Falhou…

Levou um vareio de bola do ponta esquerda bugrino, João Paulo.

Quando teve a chance de parar uma de suas corridas, sequer falta conseguiu fazer.

O título quase tomou o caminho errado, o do adversário.

Nada que Careca não resolvesse lá na frente.

Já na disputa de pênaltis, isto se inverteu.

Enquanto Careca errou sua cobrança, Fonseca quase furou a rede com um chutaço.

Para a sorte do goleiro Sérgio Nery, a bola foi direta ao gol.

Senão teria sido ele.

Jamais foi um grande jogador.

Tinha um problema que, na minha cabeça, foi essencial para a sua carreira.

Seu nome.

Fonseca não é nome de craque.

Sequer de jogador de futebol.

Jamais foi.

Jamais será.

Fosse qual fosse, os Fonsecas sempre serão Fonsecas.

E ele foi, ao longo das 122 partidas que disputou com as nossas cores, período em que marcou 3 gols.

José Renato