Essa pergunta poderia ser feita quando fomos eliminados pela Penapolense em 2014,

nos vários vexames em 2013, no fim da era Aidar em 2015, no 2º turno do último brasileiro,

mas faço essa pergunta agora. E a resposta é não.

Historicamente o SP foi dominado por algumas famílias com sobrenomes pomposos. E dessa forma

construímos um belo patrimônio e conquistamos títulos importantes. O tempo passou, a torcida cresceu,

mas infelizmente o modo de gerir o clube se manteve e com um agravante: os descendentes dos sobrenomes

pomposos, são absolutamente incompetentes.

O novo Estatuto embora antenado com os tempos atuais, e colocando freio no continuísmo, será

uma letra morta com o nível dos conselheiros que habitam o Morumbi, com honrosas exceções. Como pode

num universo de 240 conselheiros, existir 10 ou mais grupos políticos. A política do nosso clube virou

um microcosmo da política nacional, com grupos apoiando um determinado candidato por um cargo.

O golpe de Juvenal Juvêncio ecoa ainda hoje no clube em todas as suas esferas de atuação. Não foi preparada

uma nova geração de dirigentes, a prova disso foi uma disputa a presidência de senhores beirando os 80 anos.

E dela saiu um senhor com nome composto, sobrenome pomposo e de uma inutilidade ímpar.

Desde abril de 2002, se não me falha a memória Leco sempre teve um naco de poder. Foi diretor de futebol,

de orçamento, VP, presidente do CD e por fim presidente. Suas digitais estão em tudo de ruim que permeia

o nosso clube  desde então.

Aumentou nossa dívida em 2002, ao torrar dinheiro das vendas de França e Belletti, contratando Osvaldo de Oliveira,Régis,

e Jorginho Paulista. Foi diretor de orçamento e nunca se opôs aos muitos empréstimos bancários com juros estratosféricos

que nos atormentam até hoje. Deu suporte ao golpe do terceiro mandato de JJ e recebeu de bom grado a presidência do CD

para apoiar Aidar.

A presidência lhe caiu no colo, e estranhamente grande parte da imprensa lhe tem sido benevolente. Leco, esconde

sua inépcia para o cargo com atitudes populista. Senão vejamos: Lugano, Rogério Ceni de técnico, Pratto.

Sou favorável a essas contratações ,mas eles foram contratados pelo motivo errado, amparados em fins eleitoreiros e mídiaticos.

Enquanto sofremos vários e incontáveis vexamens, nossa dívida ao contrário do propalado vem aumentando, nossas cotas foram antecipadas, perda de força nos bastidores, falta de coragem para expulsar um ex jogador e agora comentarista, que nos humilha em nossa casa.

Pare e pense, o que Leco melhorou desde que  assumiu em 10/2015?  Seus pronunciamentos vão do nada a lugar nenhum.

Não nos deu um Norte, um plano de médio  e longo prazo, lhe falta transparência, firmeza na tomada de decisões.

No vexame de ontem a bronca vai para os jogadores, para Rogério e sua desatrosa entrevista e Leco passa incólume. Afinal, ele

deu o que a massa pediu e se o resultado não veio a culpa é de quem pediu Lugano, Rogério, Pratto. Não a toa é chamado de Lecão da Massa.

Tudo isso é uma cortina de fumaça para esconder o elenco limitado, desequilibrado. Vende-se a maior promessa desde Lucas( Neres) e mantem um jovem mediano(Araújo), contrata umjogador bichado, que não sabe chutar ganhando 500 mil(Nem) e vendeu a preço de banana que sabia chutar e fazer gol (Rogério).

Quero estar muito enganado, mas a história se repetirá como farsa. Seremos coadjuvantes na melhor das hipóteses, brigaremos

para não cair na pior. Me vejo novamente numa tarde fria e chuvosa de setembro, com mais 50 mil sofredores , com ingressos

a 10 reais para alcançar a luz no fim do túnel.

E o futuro repetirá nossa fracassada história recente e os dias amanhacerão iguais, tal qual o filme Feitiço do Tempo.

Me desculpem o pessimismo, o texto longo e os erros de português.

Muito  obrigado por nada Leco, vulgo Lecão da Massa.

Rafael de Albuquerque