E aí, pessoal, tudo certo?

Graças a operadora Net, a coluna de hoje não será postada da forma que nos habituamos em nossos encontros de quinta feira.

Já que temos o limão, façamos a limonada, relembrando a trajetória de uma promessa da base que despontou como uma promessa de goleador e acabou saindo cedo do tricolor:

LUCAS GAÚCHO

Um jogador de 24 anos pode ser considerado uma promessa? Se encher o torcedor de expectativa antes mesmo de se tornar parte do elenco principal da equipe, acredito que pode sim.

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Lucas de Souza Gonçalves, ou Lucas Gaúcho, começou sua carreira no Inter, aos 10 anos de idade, passou pela equipe do São José, também do Rio Grande do Sul, mas em 2008, aos 16 anos, por intermédio de um olheiro, veio para a equipe do tricolor.

Destaque nas categorias de base, foi em 2010 que mostrou seu talento e encheu de esperança todo torcedor que acompanhou a Copa São Paulo de Futebol Junior, onde fomos campeões e Lucas foi o artilheiro, com 9 gols.

No mesmo ano, foi integrado aos profissionais, onde não teve muitas chances com o técnico Ricardo Gomes.

Lucas Gaúcho fez apenas 5 jogos pela equipe principal do São Paulo.

Mas, com esse histórico, afinal, porque ele virou promessa?

Lucas Gaúcho, nas 5 oportunidades que teve, jogando pelo tricolor, marcou 2 gols. Aliás, dois golaços de letra!

Sim, dois golaços de letra, curiosamente, ambos vindos de assistência de Jean, o meia improvisado na lateral direita.

Lucas tinha a concorrência de Dagoberto, Fernandinho, Washington e Fernandão, era difícil conseguir espaço na equipe tricolor, apesar dos golaços que você conferiu acima.

O jogador foi emprestado para a equipe de São Bernardo e, em 9 jogos, marcou 3 gols. Em junho de 2011, sabedor de que não haveria espaço na equipe, solicitou a rescisão de seu contrato, prontamente aceita por João Paulo de Jesus Lopes, após consulta ao técnico Paulo César Carpegiani.

Lucas Gaúcho seguiu sua carreira pela Portuguesa, conquistando o título brasileiro da série B. Na Lusa, marcou apenas 1 gol em 9 jogos e foi dispensado após 8 meses de contrato.

Passou por Luverdense, Espanyol B, passou por China, Turquia e Tailândia, mas foi em 2014 que viu novamente sua carreira despontar pela equipe do Al-Shabab de Omã, onde marcou 16 gols em 25 jogos, sendo o vice artilheiro da Liga e ídolo nacional.

Segundo o jogador, em entrevista a ESPN, no início deste ano houveram muitas propostas, inclusive de equipes brasileiras, mas, entre todas as opções, o artilheiro preferiu o Zalgiris, da Lituânia.

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Depois de fazer 9 gols em 23 partidas (Uma inclusive marcou o famoso hat-trick), se transferiu para a equipe do Thespakusatsu Gunma, da segunda divisão do Japão.

Jogou lá por 6 meses e voltou, em 18/01/2017, para a equipe que fez sucesso em Omã, o Al-Shabab, onde marcou esse gol, que foi destaque pela comemoração:

https://twitter.com/NSenseFootball/status/852983954663763968

Por fim, veja um trecho da reportagem que o jogador deu ao portal Terra em 2015 sobre sua passagem pelo tricolor:

Na época, Lucas Gaúcho recebeu o rótulo de baladeiro e isso não pegou bem entre os dirigentes tricolores. O atacante fala sobre: “As pessoas falam muito. Como todo jogador novo, tive uma fase em que gostava de sair. Mas ninguém teve paciência para explicar se o que eu fazia era certo. Dentro de campo, eu dei resultado. Mas, o dentro de campo não importou muito”, lamentou o ex-são-paulino.

Pessoal, é isso, semana que vem tem mais, se Deus e a Net quiserem.

Cleiton