Um dos maiores dirigentes de toda história do futebol brasileiro.

Certamente, Tricolor, é óbvio!!!

O nome dele?

Paulo Machado de Carvalho.

Nascido em 9 de novembro de 1901, na cidade de São Paulo, Paulo Machado de Carvalho foi um cidadão muito a frente de seu tempo.

Com apenas 30 anos fundou a Rádio Record.

Anos depois adquiriu a Rádio Panamericana, hoje Jovem Pan, atualmente dirigida por seu filho, Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta.

No campo esportivo, começou como vice-presidente do São Paulo da Floresta ainda em 1934.

Posteriormente assumiu o departamento de futebol do Tricolor, de onde saiu para ser presidente entre os anos de 1946 e 1947.

Sempre foi muito vitorioso no futebol, sobretudo na década de 1940 que foi amplamente dominada pelo São Paulo com os títulos de 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949.

Em 1957, já como dirigente da CBD, Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF, recebeu um pedido do presidente da entidade, João Havelange:

– Precisamos formar uma seleção que faça o povo brasileiro esquecer a derrota de 1950. Assuma o poder da seleção e faça o que for necessário.

Pois bem, Paulo Machado de Carvalho organizou a Seleção Brasileira e foi o maior responsável por colocar o Brasil, de vez, no topo do futebol mundial.

Era o fim do “Espírito de Vira Lata” e o início de uma hegemonia que perdura até os dias atuais.

Sua visão empreendedora, profissionalismo e coração tricolor foram essenciais para as conquistas da Copa do Mundo de 1958 e 1962.

Em ambas as oportunidades chefiou a delegação com mão firme e rara perspicácia.

Um exemplo que ficou para história aconteceu justamente as vésperas da final da Copa de 1958 frente a Suécia, seleção dona da casa.

Devido ao fato de ambos os selecionados adotarem a mesma cor em suas camisas, amarela, foi necessário um sorteio.

O Brasil perdeu no sorteio, e teria que usar camisas azuis.

Eram dois problemas.

O primeiro foi facilmente resolvido, por Paulo Machado que comprou no mercado sueco camisas azuis que tiveram números e distintivos costurados por membros da delegação nacional.

O segundo era bem maior…

Paulo Machado de Carvalho temia que os jogadores brasileiros identificassem essa derrota no sorteio como um sinal de eventual revés na final frente os suecos.

Para ele, no entanto, nada era problema.

Rapidamente, passou aos jogadores que o Brasil tinha tido sorte no sorteio e por isso seria utilizada a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, o azul.

Passou para a história como o Marechal da Vitória.

Ainda em vida, emprestou seu nome ao maior estádio público da cidade de São Paulo, o Pacaembu.

O maior dirigente da história do futebol tinha que ser tricolor.

José Renato Santiago