O empate contra o Defensa y Justicia foi apenas mais um capítulo do triste início de temporada de Buffarini com a camisa do São Paulo Futebol Clube. O argentino foi contratado no ano passado, após muitos pedidos feitos por Edgardo Bauza e sua comissão técnica. O Tricolor, querendo agradar seu técnico, foi atrás do jogador que já se destacara na conquista do San Lorenzo, um ano antes, pela Libertadores.

Quando estreou, Buffarini claramente sentiu a adaptação, tanto no estilo de jogo quanto nas decisões dos árbitros. Só depois de muitas derrapadas, ele se estabeleceu como titular do time e ajudou bem na reta final do campeonato, quando a equipe escapou de vez do rebaixamento. Sem ser destaque, foi bem, principalmente por sua vontade.

A vontade que ajuda, porém, também atrapalha. E muito. Buffarini é um jogador que tenta sempre matar as jogadas e acaba sendo estabanado. Em alguns momentos, tenta interromper a mesma jogadas duas vezes, erra e acaba cometendo faltas após um primeiro bote errado. Isso tem lhe causado muitos cartões, virando uma certeza para quem acompanha os jogos do Tricolor.

Este ano, Buffarini tem feito apresentações lamentáveis. Nem o culpo quando joga improvisado pela lateral esquerda, pois é uma limitação do elenco. Pelo lado direito, porém, parece meio perdido, principalmente na marcação. Sempre lembrando que ele vinha atuando como ala no San Lorenzo, mais avançado, e pode ainda estar tentando se acostumar com a função mais defensiva.

A questão é que o lateral tem realmente rendido muito pouco. A expulsão contra o Defensa y Justicia foi apenas mais capítulo para rechear seus erros. Afobado, atrapalhado e, às vezes, violento. Dizer, como fez após o jogo, que estava dando o sangue em campo não basta. É muito pouco. Não adianta chorar a cada besteira que faz, é preciso melhorar.

Buffarini precisa retomar o bom futebol que o fez ser contratado, principalmente porque nossa outra opção para a posição é o fraco Bruno. Um problema e tanto para Rogério Ceni resolver.

Por: Pedro Cuenca