25 de fevereiro de 1987, uma conquista inesquecível.

Para nós são paulinos, com certeza existem títulos mais importantes, aliás, muito mais valiosos.

No entanto, creio que jamais tenha ocorrido um tão emocionante.

Nunca um título esteve tão longe e em poucos minutos veio de uma forma inacreditável e tão espetacular.

Após sofrer um gol, contra, logo no segundo minuto de partida, o tricolor foi a frente e empatou ainda no primeiro tempo com Bernardo.

Assim acabou o tempo regulamentar, 1 a 1.

Na prorrogação, o São Paulo logo virou, com Pita.

Mas o Guarani virou para 3 a 2.

Até o último minuto da prorrogação o tricolor correu atrás.

No ultimo minuto, dizem, que o goleiro tricolor Gilmar pediu para o zagueiro Wagner: “Manda a bola para o Careca, que ele resolve”.

Bola lançada e desviada pela zaga bugrina, sobrou limpa para Careca.

Um chute certeiro, sem qualquer chance para o goleiro bugrino Sérgio Néri.

Era o gol do empate em 3 gols.

Na disputa por pênaltis, Careca perdeu sua cobrança.

Mas ainda assim, chegamos a ultima cobrança com vantagem.

Coube ao zagueiro Wagner Basílio marcar o gol do título.

Um título inesquecível.

Eis a ficha técnica:

Guarani 3×3 São Paulo (na disputa por pênaltis, São Paulo 4×3)

Data: 25 de fevereiro de 1987

Local: Estádio Brinco de Ouro da Princesa

Público: 37.370

Árbitro: José de Assis Aragão

Gols: Nelsinho (contra) aos 2’, Ricardo Rocha (contra) aos 9’ do Primeiro Tempo. Prorrogação: Pita a 1’, Marco Antônio Boiadeiro aos 7’ do Primeiro Tempo; João Paulo aos 5’ e Careca aos 14’ do Segundo Tempo.

Guarani: Sérgio Néri, Marco Antônio, Ricardo Rocha, Valdir Carioca e Zé Mário; Tite depois Vagner, Tosin e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau depois Chiquinho Carioca, Evair e João Paulo. Técnico: Carlos Gainete

São Paulo: Gilmar, Fonseca, Wagner, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas depois Manu e Pita; Muller, Careca e Sidnei depois Rômulo. Técnico: Pepe

José Renato