Um dos mais versáteis jogadores da história, seu nome: Antonio Sastre.

Fez história no futebol portenho jogando pelo Independiente e na seleção de seu país.

Jogador de extrema e rara habilidade passou a ser conhecido como curinga.

Atuava em várias posições da equipe, sempre com muita eficiência.

Um jogador moderno, muito a frente de seu tempo.

Como atacante, seu grande diferencial era a precisão de seu passe.

Mas também finalizava como poucos.

Chegou ao tricolor em 1943, já com 32 anos de idade, e, portanto considerado um veterano para a época, quase um “bonde em fim de carreira”.

Na época muitos chegaram a apelidá-lo de “DeSastre”.

Não demorou muito para que as críticas se calassem.

No São Paulo atuou no ataque e até hoje é o jogador que mais marcou gols em uma única partida, seis ao todo, na vitória por 9 a 0 frente a Portuguesa Santista em 14 de agosto de 1943.

Logo naquele seu primeiro ano conquistou seu primeiro título paulista em partida épica frente ao Palmeiras em 3 de outubro.

Logo no início da partida, Sastre se machucou e ficou praticamente sem condições de jogo.

Como naquele tempo não eram permitidas substituições, isto significaria que jogaríamos com um jogador a menos.

O empate era o suficiente.

Sastre brigou com o médico tricolor e não saiu de campo, apesar de estar contundido.

Ele foi um monstro naquele dia, o melhor em campo, e um dos maiores responsáveis pelo 0 a 0 que valeu o título.

“O Maestro” como passou a se conhecido ainda liderou a equipe no bicampeonato paulista de 1945 e 1946.

No ano seguinte regressou de volta para Argentina onde ainda defendeu o Gimnasia y Esgrima La Plata.

Sastre foi convocado para o andar de cima em 27 de novembro de 1987.

José Renato Santiago