As constantes falhas de Denis acabaram com a paciência de Waldir Peres. Titular do São Paulo por 11 anos  – de 1973 a 1984, com 617 jogos,  sendo  o segundo maior goleiro na história do Tricolor – pediu a saída do camisa 1.

“O Dênis já foi longe demais. Ele teve a oportunidade de jogar o ano passado inteiro e esse ano e não está correspondendo”, comentou o ex-jogador em entrevista exclusiva ao Portal da Band.

Denis admitiu que falhou nos três gols do Tricolor na derrota para o Palmeiras por 3 a 0, sábado, no Allianz Parque, pelo Paulistão.

As constantes falhas de Denis fizeram com que os comentaristas do Jogo Aberto, da Band, Héverton Guimarães, Chico Garcia e Paulo Roberto opinassem sobre o atual momento do goleiro Tricolor.

Campeão Brasileiro, em 1977 e tricampeão Paulista em 1975, 1980 e 1981, ainda acredita que o ex-goleiro do Botafogo ainda pode dar a volta por cima no clube.

“O Sidão merece mais chances, pois chegou esse ano, teve a mudança de clube e até pegar ritmo demora um pouco”, explicou.

Mas Waldir Peres acredita que a solução no gol do São Paulo está no clube mesmo. “Tem que dar oportunidade para o Renan. Não pode ter medo. O bom atleta tem que ter personalidade própria, entrar e jogar”, destacou. “Eu mesmo cheguei ao São Paulo com 21 anos e assumir a titularidade e com 22 estava na Seleção”, lembrou.

De uma coisa, o ex-camisa 1, tem certeza. “Até agora tanto o Sidão quanto o Dênis não estão dando a tranquilidade necessária pra ninguém, nem pra torcida, imprensa e para os próprios jogadores em campo. Estão tomando determinados gols considerados fáceis de defender”, atestou.

“Essa situação é bem difícil, pois se continuarem falhando acaba enterrando uma equipe que está se formando”, destacou.

Pressão
Waldir Peres não tem dúvidas que a sombra que se criou após a aposentadoria de Rogério Ceni como goleiro está interferindo diretamente nesse momento de transição.

“O Rogério foi o goleiro que mais vezes atuou e a pressão é muito grande. Quando eu saí do São Paulo, se passaram oito goleiros até definir o Gilmar Rinaldi, que foi campeão paulista em 1985. Depois chegaram o Zetti e o Ceni.. A cobrança sempre vai existir, pois a torcida está acostumada com o time disputando grandes partidas, conquistando títulos. Quem conseguir fazer isso, jogar bem vai ter a oportunidade de titular”, finalizou.

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