Sem Cueva, o São Paulo perdeu para o Palmeiras por 3 a 0, na arena do rival. A decisão pelo corte do peruano, com edema na coxa esquerda, foi tomada na manhã deste sábado. Depois da derrota, o técnico Rogério Ceni falou que será necessário contratar um jogador similar ao meia para a sequência da temporada.

– Nós precisamos, para um Campeonato Brasileiro, porque para agora já não é mais possível, de um camisa 10 com característica parecidas com as dele (Cueva). Nós temos o Lucas Fernandes, mas ele não gosta de jogar de 10, ele gosta de ser o 8. Temos o Shaylon, mas são dois meninos de 19 anos de idade… Com o passar do tempo, nós vamos procurar o jogador para que possa, na ausência do Cueva, substituí-lo – disse Ceni.

Vice-artilheiro do Tricolor na temporada, Cueva tem cinco gols, ao lado de Luiz Araújo, e só fica atrás de Gilberto (seis) no quesito.

– Acho que o time consegue andar sem o Cueva, mas eu prefiro caminhar com ele. Mas não posso colocar ele para jogar com risco de lesão – afirmou o técnico.

Acho que o time consegue andar sem o Cueva, mas eu prefiro caminhar com ele
Rogério Ceni

Na visão de Ceni, além de buscar um novo 10, o Tricolor também precisa de atletas em outros setores para aumentar as opções do elenco.

– Em algumas posições, como 10 e 6, vamos atrás de jogadores para poder revezar, não cansar tanto e não correr risco de perder um jogador e só ter outro – afirmou.

Para a atual temporada, o São Paulo contratou Wellington Nem, Sidão, Jucilei, Cícero, Lucas Pratto e Neilton.

O próximo compromisso do Tricolor é diante do ABC, quarta-feira, em Natal, pela terceira fase da Copa do Brasil. No duelo de ida, o São Paulo abriu vantagem de 3 a 1. Neste domingo, o elenco ganhará folga.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Rogério Ceni:

DERROTA NO CLÁSSICO

– Hoje finalizamos 10 bolas ao gol, e o Palmeiras, 15. Pela primeira vez, desde que sou treinador, finalizamos menos que o adversário. Palmeiras parou mais o jogo, 31 faltas contra 17, o que é importante para se recompor. Palmeiras mostra que investiu bastante, é forte em casa, com muita qualidade. Mérito total para o Palmeiras e para o trabalho do Eduardo. Não temos que reclamar de arbitragem, mas sim por erros bobos.

O QUE DEU ERRADO

– minha intuição dizia que tínhamos que segurar o primeiro tempo no 0 a 0 e explorar a velocidade dos dois jogadores de lado no segundo. Que pena que faltaram 30 segundos para o jogo ir empatado para o intervalo. Talvez aí poderíamos ter melhor sorte. Meu intuito era fazer uma marcação mais à frente no segundo tempo. No começo, pensei numa situação um pouco mais conservadora, com o Thiago Mendes, e, no segundo tempo, atacar bastante com Wellington Nem e Luiz Araújo. Mas o Palmeiras teve seus méritos, superou o São Paulo dentro de campo, mereceu a vitória.

O QUE MUDAR

– Minhas convicções continuam as mesmas. Não sou ruim a partir de hoje e não fui melhor antes. Meu sistema de jogo é sempre procurar o gol. Hoje (sábado) foi o dia que nós menos conseguimos apertar o adversário no campo de defesa deles. A gente vai continuar rodando o elenco dentro do que tem para que, num momento mais apertado da competição, já que não temos tantos bons jogadores como tem o elenco do Palmeiras, possamos ter o melhor à disposição.

FUTURO

– Quando ganhamos de 3 a 1 do Santos, eu dormi do mesmo jeito. Pouco e mal. Agora eu vou dormir mal do mesmo jeito. Para mim, o mundo não acaba por uma derrota e não sou melhor que ninguém por uma vitória. A gente precisa procurar evoluir. Esse resultado mostra que temos coisas a melhorar, mas a gente não tem que entrar no fundo do poço. Ainda somos líderes da nossa chave.

Globo Esporte