Rogério Ceni teve de explicar pela segunda vez em uma semana o motivo da sua equipe não ter conseguido segurar um resultado de 2 a 0 a favor. Assim como aconteceu contra o Mirassol, no Morumbi, neste sábado o Tricolor sofreu com a reação do Novorizontino. O treinador fez questão de eximir qualquer jogador de culpa por falha individual dessa vez, também refutou vincular o fato de alguns titulares terem sido poupados e foi muito claro na sua avaliação. Para Rogério Ceni, o São Paulo precisa aprender a “compreender o jogo” e “saber se posicionar”.

“Isso vai muito de cada um, de como cada um reage. Isso é natural (se abalar). Quando você sofre o gol, passa o filme do jogo anterior ou da última vez que aconteceu, como foi contra o Mirassol, faz muito pouco tempo, e a gente tem que se posicionar em uma linha mais baixa, atrair o adversário. Colocamos um jogador de velocidade pelo lado (Luiz Araújo), um nove (Chavez), e o Thiago (Mendes) sabe fazer bem a criação, tanto que o segundo gol saiu dessa maneira. Não conseguimos ter a postura que precisávamos e depois não conseguimos ter a postura ideal para segurar o 2 a 1”, opinou Ceni, evitando qualquer comparação entre titulares e suplentes.

“Na verdade as mudanças se faziam necessárias, os jogadores vinham jogando jogos seguidos e eu confio em todos eles. O que muda é o entrosamento. Não é por isso que cedemos o empate. Pelo contrário. Conseguimos fazer 2 a 0, mas temos que entender que não soubemos nos posicionar. Com Cueva, Cícero e tantos outros também sofremos a mesma coisa contra o Mirassol. Temos que entender um modo melhor de enxergar quando estamos na frente”, reiterou o treinador.

O fato da chuva ter deixado o bom gramado do estádio Jorge Ismael de Biasi com muita lama também foi um agravante destacado por Rogério Ceni após o apito final nesta sexta rodada do Campeonato Paulista.

“Fomos ceder o empate já nos acréscimos. Uma jogada que nasceu em um passe errado nosso, infelizmente. Conseguiram fazer o gol de empate. A gente fica triste, tão lamentável. Muito bom o gramado aqui, pena que choveu. Ficou muito pesado, escorregadio. Talvez se tivesse um gramado melhor, a gente teria um controle maior do jogo. Como faltou contra o Mirassol e sobrou contra o Santos”, disse, batendo toda a entrevista na mesma tecla.

“Falta um pouco de maturidade, de compreensão do momento do jogo, do momento que o time atravessa no jogo. Voltamos um pouco tristes, vamos ajustar para quarta, que se der isso vai para os pênaltis. Vamos conversar e falar com todos para que possam entender o que fazer quando abrir 2 a 0 e saber como conduzir nessa maneira”, concluiu, já preocupado com a partida contra o PSTC do Paraná, pela segunda fase da Copa do Brasil.

GE