A venda de David Neres para o Ajax-HOL, sacramentada nesta última segunda-feira, levantou um debate bastante interessante: por que os europeus levam tantos jogadores do mercado brasileiro que ainda nem se firmaram pela equipe principal de seus clubes formadores? O caso do agora ex-são-paulino, que disputou apenas oito partidas no time de cima, é um grande exemplo e prova do quanto o trabalho de prospecção no Velho Continente está anos luz à nossa frente.
A grande questão quando abordamos este assunto é entender que a Europa conhece a fundo nossos jovens promissores com raros detalhes técnicos, físicos, táticos e psicológicos. E isso antes mesmo de eles brilharem em uma Copa São Paulo ou subir para o time profissional.
Em vários casos a opinião pública acaba nem conhecendo estes jogadores que migram para fora do país e acabam estourando para o cenário mundial em outros mercados. Hulk (Shanghai SIPG-CHN), Filipe Luis (Atlético de Madrid-ESP) e Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE) são alguns casos mais conhecidos.
Quem acompanha in loco torneios de categorias como Sub-15 e Sub-17, por exemplo, tem uma noção ainda maior dessa realidade. Muitas vezes atuando em estádios praticamente vazios, estes garotos tem nas arquibancadas espectadores do mundo inteiro. E não precisa ser um clube europeu de primeira linha para fazer esse trabalho com excelência. Equipes medianas apostam neste tipo de ofício e muitas vezes nem necessita enviar alguém de seu próprio país para acompanhar de perto alguma promessa. Em vários casos são brasileiros contratados que fazem esse monitoramento e municiam seus empregadores de informações até se chegar ao consenso geral para uma negociação.
No caso de Neres, apesar da alta quantia (50 milhões de reais), alguns aspectos até fazem sentido. Na hora de se avaliar um valor justo por jogadores ainda Sub-20 vários os fatores que entram em questão: posição/função, qualidades naturais a serem potencializadas, limitações e o quão difíceis elas são de serem corrigidas, relação com a bola, histórico de comportamento, valores físicos, táticos…
Muitas vezes é até mais vantajoso buscar esse atleta antes mesmo de sua maturação plena, como é o caso de Neres. Com isso se reduz valores a investir e, principalmente, se trabalha a sua evolução dentro de suas necessidades, modelo de jogo e dentro da cultura do próprio clube.
Com Neres parece clara a ideia dos holandeses, que viram um grande potencial no jovem de 19 anos. Força aliada à velocidade, agilidade e refinamento técnico para o acabamento das jogadas. Tudo que se pede em um extremo (ponta/beirada) de primeiro nível no futebol mundial. Um dos centros mais ricos conceitualmente do futebol, a Holanda tem tudo para desenvolver o brasileiro e vendê-lo daqui três ou quatro temporadas por valores ainda maiores. Retorno técnico e financeiro. Tudo isso certamente foi estudado detalhadamente antes da aposta, que certamente nunca é garantida.
Esperar uma afirmação maior jogando entre os profissionais poderia custar ao Ajax concorrências de muito maior poderio daqui um ou dois anos. Gabriel Jesus, vendido ao Manchester City, é um grande exemplo neste sentido. Cabe a você arriscar antes ou perder depois. Para isso o trabalho feito nesta prospecção é decisivo na tomada de decisão destes clubes menores ou de mercados menos significativos financeiramente.
Philipe Coutinho e Marquinhos, crias das bases de Vasco e Corinthians, respectivamente, são outros exemplos de atletas que não tiveram grande destaque como profissionais por aqui e viraram nomes de muita cobiça na Europa. Aliás, é até normal na trajetória destes jovens mais promissores receber contatos de grandes equipes desde muito cedo. Empresários e familiares entram em todo esse balaio. Alguns chegam até passar por períodos de treinamentos por lá, mesmo tendo vínculo com grandes equipes brasileiras.
Um caso diferente, mas que prova o quanto os europeus levam em conta muito mais o histórico do atleta e seu potencial do que seu desempenho inicial na equipe profissional é Rodrigo Caio. Também formado em Cotia, o zagueiro demorou um bom tempo para ter sua maturação e se estabelecer no time principal. Colecionou partidas ruins no início, trocou diversas vezes de posição (atuou como volante e também lateral-direito) e só de algumas temporadas para cá se firmou como o grande jogador que prometia ser. Mesmo sem ser unanimidade para treinadores e torcida, neste período de transição da base para o profissional, o são-paulino recebeu diversas sondagens e algumas propostas europeias. Valência, Atlético de Madrid, Lazio… Todos mostravam confiança que, cedo ou tarde, teriam em mãos um jogador que chegaria a um alto nível de performance.
No Brasil ainda engatinhamos neste sentido. Claro que houve uma grande evolução se olharmos para 10 anos atrás, mas ainda não chegamos ao estágio de descobrir argentinos, colombianos, equatorianos ou outros jovens de países vizinhos antes mesmo deles estourarem.
Normalmente só avançamos para estes tipos de contratações com elas já firmadas nos clubes que estão. Neste caso, pagamos mais caro ou acabamos perdendo disputas para a Europa. Em casos ainda mais problemáticos, os clubes acabam conhecendo possíveis alvos através de empresários e não por um monitoramento feito de forma detalhada, que deveria ser o mais correto.
Investir em prospecção no futebol atual é algo tão necessário que já não deveríamos mais sequer discutir o assunto no Brasil. Infelizmente não é assim que a banda toca por aqui. Ainda preferimos apostar no barato que sai caro.
ESPN
Bom dia
A matéria no final chegou X da questão. A pergunta não é por que a Europa descobre os nossos tão cedo e sim por que não fazemos o mesmo com nossos vizinhos do continente. Pelo contrário. Quando decidimos contratar um jovem de outro país da América do Sul, pagamos caro e na maior parte das vezes erramos na avaliação. Vide Cañete, Defederico, Romero e outros.
Ficou ótimo o artigo. Mas pra mim a grande questão é: canalha do jeito que é, quanto o Leco vai embolsar na venda desse talentosíssimo e promissor jogador? E mais, quanto a cúpula vai morder dessa excelente grana? E quanto sobrará para dívidas e investimento nas peças FUNDAMENTAIS que faltam?
#ForaLeco
não se pode acusar por achismo…necessita-se de provas…até agora, Leco, o incompetente, não “meteu a mão”….Aidar, Juju, sim(este último por acusação do proprio Aidar)…pelo contrário está tentando consertar o rombo deixado…respeito sua opinião, mas sem provas, não se pode acusar…não sou ingênuo e afirma não existir “vestais” entre os dirigentes de futebol, como um todo…mas temos que acreditar que o panorama está mudando e a fiscalização mais atuante…
Perfeita colocação Ernesto. Dizer que A ou B é isto ou aquilo virou moda pra massa que nem imagina as consequências legais de uma ação difamatória. Não gosto de Leco por falar demais, mas ao que saiba não responde a nenhuma ação penal relacionada à sua gestão, pra poder ofendê-lo.
No que diz respeito ao artigo ele nem de longe toca no “X” da questão: não conseguimos mais segurar ninguém por conta da imensa Lavanderia FIFA S/A que assiste passivamente dinheiros sujos russos, árabes e agora chineses inflacionarem o fut mundial. Quem o diz é nada menos que a ONU que, num Relatório Oficial sobre circulação de dinheiro ilegal e financiamento de narcotráfico e terrorismo, identificou o futebol como a atividade que mais lava dinheiro no planeta.
À sua gestão como presidente, não.
Mas e o caso da comissão do Jorginho Paulista, que ele assinou o documento sendo que não tinha autoridade para tal, e lesou o clube em 5 milhões????
Na sua gestão também? E o caso esquecido do volante Artur, das BMW, e do patrocinador do calção que não pagou?
quanto a artigo exposto, enquanto não profissionalizarmos para valer o nosso futebol, os jogadores brasileiros continuarão a serem “garimpados”, cada vez mais precocemente…concomitantemente à profissionalização, uma legislação impedindo a saída até os 23 anos seria muito benvinda…mas as “perolas” necessitam ter um respaldo financeiro aqui no país….
Não acho que a questão seja a de eles terem bons olheiros que saibam identificar detalhes que nos passam desapercebidos. Eles também erram! Existem jogadores que saíram daqui desconhecidos que estouraram na Europa? Sim. Mas também existem aqueles que saíram na mesma situação, que não deram certo e que por isso nós nunca ouvimos falar.
Quando se trata de nomes conhecidos é mais fácil exemplificar. Na época que o Robinho estava no Real Madrid por exemplo, o empresário dele também ofereceu o Neymar ao Real e eles recusaram. Um caso inverso é o de Lucas Piazon que era um cara que todo mundo dizia ser diferenciado, o empresário forçou o SP a vendê-lo para o Chelsea e até hoje o mlk não teve grande destaque.
A questão é que o Euro é uma moeda forte e a Champions é o sonho de todo jogador ao atuar por um clube. Eles não precisam apostar todas as suas fichas em um único jogador, podem levar vários por 3, 4, 5 milhões de euros (que é o que costumam pagar) e basta que 1 deles faça um bom campeonato que eles terão um retorno de até 20x mais. Quem acompanha as transferências europeias sabe do que eu estou falando. No mundo empresarial temos uma prática parecida. Lá em Silicon Valley por exemplo, empresários chamados de “anjos” patrocinam várias startups com a esperança de que pelo menos 1 dos negócios dê certo,pois desse modo ele cobre o investimento feito nas outras e ainda gera lucro.
mal se inicia o paulistinha e o “famigerado apito amigo”, tem início…lamentável….
Pênalti inexistente dá a vitória ao time, ônibus entalado, gramado encharcado. Apenas sete mil pessoas, nem a metade do acanhado estádio de Sorocaba. Esta a estreia do Corinthians no inútil Campeonato Paulista…
FACEBOOK
TWITTER
GOOGLE +
ALTO CONTRASTE-A+A
Tags: Corinthians, Corinthians derrota São Bento, Jô, ônibus entalado, pênalti inexistente Corinthians
Comente
Pênalti inexistente dá a vitória ao time, ônibus entalado, gramado encharcado. Apenas sete mil pessoas, nem a metade do acanhado estádio de Sorocaba. Esta a estreia do Corinthians no inútil Campeonato Paulista…
“Foi falta ou você se jogou? “Os dois um pouquinho, tem que ser sincero (e ri).”
Só Jô teve motivos para sorrir na estreia do Corinthians no Campeonato Paulista, hoje, em Sorocaba. Esperto, conseguiu enganar o árbitro Raphael Clauss, em uma dividida com Pitty. Marlone é o cobrador oficial de penalidades, definido por Fábio Carille, mas Jô não iria desperdiçar a oportunidade. E cobrou o pênalti que cavou. Bateu e fez o único gol de um jogo pavoroso.
bom dia!
o jucilei se pronunciou. acho que agora tem mesmo boas chances.
so o vi jogar de segundo volante.
alguem ja viu ele jogar de primeiro?
acho que, para dar mais consistencia defensiva, o r caio fica com essa vaga em primeira instancia, deixando de ser zagueiro. se nao puder jogar, o j schimidt herda a vaga.
Lá no timinho ele jogava ao lado do Elias (2º volante), não?
nao me lembro direito.
acho que jogava com o paulinho.
Jucilei mais fixo e Elias mais livre para atacar. Quando o Elias saiu, ficou a dupla Jucilei e Paulinho, inicialmente alternando subidas e, posteriormente, com Jucilei mais fixo.
Quando negociado, Ralf assumiu a posição dele.
o abilio diniz ja postou ate foto com o pimenta em seu blog.
as chances do pimenta aumentam muito com isso.
e tambem acho que uma das metas será a profissionalizacao do futebol, como o diniz deseja.
quando foi presidente, o pimenta tambem investiu.
um dos primeiros investimentos foi, nada menos, do que a compra do muller, junto ao futebol italiano.
torço para que vença.
foi uma gestão vencedora, que deixou saudades.
Ótimo texto, e mostra muito bem porque o futebol brasileiro que é um dos maiores produtores da matéria-prima do futebol, o craque, não consegue manufaturar nossa riqueza e vendemos para que seja beneficiada no primeiro mundo. Me parece que a deficiência não se restringe a apenas aos empresários do futebol, cartolas, mas sim a nossa frágil condição de pouco se investir em conhecimento e tecnologia, já que temos um solo e clima dos melhores que podem existir.
Talvez um dia possamos acordar para isso!!
Parabéns ao autor do texto!
Engraçado que lendo o título eu imaginaria uma discussão sobre leis impedindo jovens jogadores indo embora ou algo nesse sentido pra preservar a qualidade do campeonato local e vender o produto mais caro pro mundo.
Mas ai voce le o resto e percebe que na verdade é so um questionamento do pq nao fazemos a mesma coisa com paises com menos tradicao e mais pobres. Ou seja, se fazem isso com a gente, vamos fazer com os outros e ai vamos polarizar ainda mais campeonatos no mundo em poucas ligas fortes e com poucos times com chance de titulo, como ja acontece.
Mas pensar em algo diferente precisaria de uma revolução no futebol do continente. Venda de jogadores é a salvação do ano da maioria dos times.
perfeito seu comentário brother…em cima afirmei que Leco, apesar de incompetente e não ser do ramo, não teve nada, pelo menos a nível criminal, algo que o desabonasse quanto as “participações” nas vendas dos atletas….mas lendo o texto de articulista da ESPN , fico com uma “pulgão atrás da orelha”…enquanto REALMENTE NÃO PROFISSIONALIZARMOS o departamento de futebol, as dúvidas permanecerão como no artigo abaixo….
Bertolucci voltou. E com força. Sua empresa se chama EuroExport, ou seja, só busca exportar jogadores para a Europa. No Tricolor, voltou agenciado atletas como Lucão, Auro, David Neres, Luiz Araújo e Lyanco. Ops, os últimos nomes te soam familiar? É porque eles estão na equipe principal e todos sendo negociados ao mesmo tempo.
Sim, Bertolucci foi quem tratou da negociação de David Neres para o Ajax. E assim, em um passe de mágica, o São Paulo se livrou de uma das suas maiores promessas da base por R$ 50 milhões. Luiz Araújo e Lyanco ainda podem sair nesta temporada, dando lucros para o Tricolor (e o empresário, claro), mas causando um rombo técnico no elenco. E tudo isso acontece porque o clube deixou que Bertolucci voltasse a andar livremente pelos corredores do Morumbi e de Cotia.
Mas em uma época estranha, com o clube fazendo negócios suspeitos, presidente sendo retirado do poder, crise política e eleições a caminho, não me espantaria se Giuliano Bertolucci fosse uma peça bem importante desse quebra-cabeça complicado de decifrar chamado São Paulo Futebol Clube.
Uma parte da torcida entrando em rede social e chamando o Hernanes de mercenario…outra parte defendendo o jogador.
Mas ai fui ver o significado ao pe da letra de mercenario:
“que age ou trabalha apenas por interesse financeiro, por dinheiro ou algo que represente vantagens materiais”
Acho que isso se aplica a quase todos, incluindo os torcedores que tem o seu proprio trabalho no dia a dia e so faz isso pra pagar as contas. Alias, a maioria trocaria o proprio emprego por outro que pagasse mais, independente do lado sentimental.
Mas auto-critica é dificil.
Eu não tenho dúvida de que ele está certo.
Se fosse algo próximo, SP oferecendo 900 mil e China 1 milhão, 1.100, até dava para falar que a diferença não justificava uma mudança radical de vida. Mas, os valores são absurdos, tem que ir mesmo, fazer seu pé de meia e, depois, volta para encerrar carreira aqui.
Inclusive, desconfio que volta já em 2018, pois seu perfil não é a preferência deles. Vai rescindir no fim do ano, embolsar tudo e voltar ao tricolor com 32. Rss
Todo cara que vai pra china ganha uma megasena acumulada ou mega da virada.
O cara vai pra china e fica so um ano e arrebenta de ganhar dinheiro.
Depois de um ano ele volta. Mais rico.
Ano que vem eh ano de libertadores levando-se em conta que classifiquemos, ano que vem a gente pode dar um passo mais ousado.
Mas o problema do mercenário é justamente esse, trabalha “apenas” por dinheiro, deixando outros valores de lado.
Mas você tem toda a razão, quem recusaria uma oferta de emprego ganhando 10 vezes mais, que poderia dar segurança sabe-se lá quantas gerações. A questão é você ir lá e honrar isso. Ai já não é todo mundo não.
Bom dia….
O texto levanta um aspecto relevante, mas, entendo ser a questão muito mais complexa. E envolve diversos fatores: poderio financeiro, perfil de clubes etc.
O poderio financeiro é incomparável. Os campeonatos são vendidos para o mundo inteiro, o montante envolvido em patrocínio e direito de TV desequilibra a relação. Permite que os clubes tenham saúde financeira e recursos suficientes para investir em talentos.
Quem recebe menos, precisa ser mais seletivo e “comprar antes”, quando o valor é menor (é o risco maior). Quem recebe mais, compra depois, jogador que considera pronto.
As cifras são milionárias, pois quem já ganha bem não vai se desfazer de seus talentos por pouco.
A China veio para desequilibrar essa balança e fazer com que os clubes europeus não tenham capacidade de competir.
Sobre o perfil de clubes, Existem clubes formadores (exemplo do Barcelona, que desenvolve seus atletas desde a base e, quando vai contratar são talentos consolidados), compradores (exemplo do real Madrid, que pagam caro por jogadores prontos) e “investidores’ (exemplo dos times holandeses e portugueses, que adquirem talentos e os desenvolve para render em campo e em valorização – muitos possuem times B e assumem riscos de eventual insucesso no desenvolvimento).
Os caras investir no Neres o que não investiram em mais ninguém, ou seja um investimento muito bem calculado. Se fosse um chinês não teria tanto valor, mas um holandês sabe muito bem o que está fazendo. Um ano nas mãos do Rogério e do Beale, esse garoto duplicaria de valor, no mínimo. Tenho certeza, e não sou vidente.
Em termos,
Eles estão pagando mais pois o risco é menor, o Neres está quase pronto.
Até acho que, ser o Rogério implantar o que pensa, o jogador valorizaria. O que não sei é se pagariam essa valorização.
E, o substituto do Neres foi contratado antes, w Nem.
Rogério já disse que pelo exigência que seu esquema terá dos pontas, precisa de 2 para cada lado, mas ambos seriam os titulares, porque são os dois melhores. Então não é exatamente um substituto. E se o moleque mostrar os seu valor, porque não pagariam? Não o Ajax, é claro, mas o PSG, o United. Mas beleza, venderam porque estavam desesperados, mas não me enganem que é assim mesmo, porque podemos fazer melhor.
Esse artigo saiu alguns dias atrás na ESPN, alguns colegas já até comentaram a respeito, mas legal a publicação aqui, a discussão vale a pena.
A questão final, é que seja onde for, investir em prospecção é identificar quem realmente tem potencial. O São Paulo cresceu muito nisso nos últimos anos, prospeção e desenvolvimento. Mas é preciso parar de pensar pequeno e ir além, saber esperar e plantar pra colher na hora certa. Sempre vai ser uma aposta, mas há apostas e apostas. Ou acham que o Ajax está jogando dinheiro fora ao fazer de Neres seu maior investimento na história? É um tiro certo, não tem tenham dúvidas.
O Neres e alguns novatos ganharam quase tudo ano passado nos campeonatos sub-20 nacionais e internacionais.
Chegou a selecao sub-20 jogaqndo mais que a maioria la, mostrando futebol diferenciado.
Se eles nao contratam agora teriam que pagar mais caro.
Times grandes em fase de baixa na Europa sao times investidores, compram barato, valorizam e depois vendem.
Quem acompanhou libertadores e outros candidatos sub-20, ele na selecao e na estreia do tricolor onde virou o jogo, com time jogando fora no primeiro jogo e com apenas 20 minutos.
Nao precisava estar muito atento, bastava ter algum olheiro acompanhando, coisa que o Miltom Cruz fazia no inicio. Quando tricolor estava interessado em algum jogador ele viajava e acompanhava jogador ao vivo. Nos ultimos tempos era somente com DVD.
Esse olheiro holandes estava no campo. Eh la que olheiro tem que estar. Analisa os numeros para selecionar quem deve ser olhado de perto.
Nosso trabalho de prospeção é bom, o problema é que esperamos o jogador ter o mínimo de maturação pra colher o que plantamos.
*não esperamos.
Me pergunto: o que anda fazendo o nosso departamento de Scout? Parece uma cabeça de bacalhau.
Nenhuma indicação de jogador sul americano jovem e barato.
Só o Colman.
Não é possível que não consigam indicar ninguém!!!
Na base o trabalho é bom, no profissional entendo que um problema é que dependem da boa vontade de quem manda e aí nem sempre tem a visão pra dar o aval. Mas creio que com o Rogério e o Beale deve melhorar.
Icaro Martins = falou e disse concordo 100% fora também que aqui os empresários tem muito poder e forçam os jogadores a irem rápido para a Europa para ganharem comissão e % de salários.
Esse texto é muito bom. Sobre ter olheiros na América do Sul, já levantamos essa questão aqui muitas vezes, é difícil realmente entender por que não colocamos isso em prática. Talvez nossos dirigentes achem que já temos material humano o suficiente aqui no Brasil.
O Neres sairia fatalmente mais cedo ou mais tarde, não temos condições de competir com os salários da Europa. A questão é que a saída foi muito precoce, não tivemos a capacidade de mantê-lo nem por um ano no time principal. Muita gente disse que a proposta era muita boa pra recusar mas a verdade é que vendemos porque estamos na pindaíba. Se estivéssemos numa situação mais decente em termos de finanças, poderíamos ter apostado no jogador e o segurado por mais um ou dois anos. Provavelmente faríamos mais dinheiro do que vamos fazer nesse negócio, e o teríamos visto jogar.
Ja vendeu, acabou, bola pra frente.
A questão agora é ter transparecencia de verdade e cobrar o profissionalismo do novo estatuto, colocar no cargo gente da area e que deve ser cobrada por resultados, e nao o amigo que apoiouna politica. O passado recente mostrou que mesmo vendendo Lucas por 117 milhoes, nossa divida 4 anos depois era de mais de 200 milhoes e o pior, zero titulo.
Quem roubou, nao devolveu e td morreu debaixo do tapete.
Falta um planejamento de verdade mostrando que nossa dependência por esse tipo de venda vai ser cada vez menor em X anos baseado em Y estimativas.
Pedaço de uma matéria falando sobre o que o futebol poderia aprender com a NFL
¨Ok, então vamos parar de bla-bla-bla e vamos ao que a NFL ensina para nós.
Os clubes têm donos, e não presidentes
Ok, essa é uma ideia mais complicada aqui no Brasil. Nossa experiência com Corinthians e MSI não foi interessante, mas também porque o Corinthians foi vendido para pessoas que, desde o começo, se sabia que não eram da melhor índole. Só que, se formos analisar nosso retrospecto de cartolagem, tem coisa pior. Muito pior.
Para ficar em um exemplo, se o Santos tivesse dono, o Neymar nunca sairia por 17 milhões de euros. Porque até um cego sabia que ele valia muito mais e que não vender ele no auge do mercado era como ter valiosas ações da Vale mas só decidir vender quando a barragem de Mariana foi pro saco.
Um dono de clube só quer o melhor para esse clube porque se não seu investimento vai para o buraco. O presidente do clube também pode querer o melhor pro clube, mas se ele faz burrada, contrata mal, paga altos salários e deixa o clube endividado, seu mandato termina e ele vai para casa viver a vida dele sem problemas. O palmeirense lembra bem da gestão Luis Gonzaga Belluzzo, que endividou o clube, não ganhou nada e depois de mais uma gestão ruim (Arnaldo Tirone) o clube foi rebaixado.
Aliás, muitos presidentes nem salário recebem, mesmo com um trabalho estressante e complicado. Ou seja, o dono do cargo tem que basicamente ser uma pessoa iluminada e ultrasolidária, já que ele só se ferra lidando com torcedor, agentes, conselheiros e não ganha nada além de um parabéns caso não tenha feito uma gigantesca burrada. Ou seja, tudo incentiva eles a procurarem mamatas.
“Ah, mas se o dono for um idiota que só quer saber de dinheiro e f/*$ o clube?” Melhor ainda para boicotar. Se você para de comprar ingressos e produtos oficiais e fica claro que o boicote não irá parar, o dono terá que vender. Por diversas vezes na NFL donos que não contavam com apoio da base de torcedores foram obrigados a vender. Agora, e se o presidente é ruim e tem um boicote nos produtos e nos ingressos? Quem se ferra é o clube, o presidente continua na mesma, sem perder um centavo.
Nos últimos anos houve um avanço no Brasil na gestão profissional de clubes de futebol, com o Flamengo e o Palmeiras de Paulo Nobre aparecendo na liderança. Mas é pouco e eles ainda estão na mão de conselhos e de articulações políticas. Há como melhorar mais: venda para empresários ou então abertura de ações para torcedores, como o Green Bay Packers faz. E de preferência que esses donos tenham visão, profissionalizem o clube, tratem bem o consumidor/torcedor e promovam o futebol brasileiro. É claro que não é perfeito esse modelo. Mas é melhor que o modelo que temos hoje.¨
Acredito que poderiamos fazer esse monitoramento pra descobrir grandes talentos em paises vizinhos, mas principalmente em nossa base e nas bases de outros times brasileros tambem, pois acho que tem muitos talentos se perdendo no futebol brasileiro por falta de oportunidade, de quem reconheça e invista em seu potencial. E principalmente dar mais atençao aos talentos descobertos e cuidar da sua transiçao com o profissional.
Uuhh terror!
Jucilei é tricolor!!
🎼
😎
A enrolada negociação com o Shandong Luneng por Jucilei evolui depois que o São Paulo ofereceu cerca de R$ 1 milhão pelo empréstimo. E porque não colocar dinheiro e trazer logo o Rogério que está no sporte? Será tão útil quanto Jucilei, que é uma ótima contratação.
Fonte do 1 milhão : nicola
O futebol brasileiro formava jogador na várzea. Os clubes do interior garimpavam esses valores, lapidavam e os grandes compravam os melhores. Isso não existe mais. Nem a várzea como tal. Na América do sul a situação é igual. Os melhores já estão na mão de empresários. Apesar do mercado brasileiro ser mais forte que o dos vizinhos, tem mercados mais fortes que o nosso. E os empresários mandam. Como romper esse modelo? Atualmente é difícil porque esbarra com as liberdades. Esse principio abriu o mercado europeu e acabou com a lei do passe no brasil. Mas, quel seria o modelo de futebol que queremos? Nao faz muito tempo, apostavam numa espanholização do nosso futebol.
Compramos Buffarini e Cueva por valores muito abaixo do que se fossem brasileiros.
A melhoria significativa da economia nacional, a respeitabilidade e alcance dos torneios (venda para vários centros e interesse de grandes patrocinadores) poderiam melhorar a arrecadação, mas ainda ficaríamos distantes dos Europeus e ano luz dos chineses.
Se olharmos bem, se tirar a Caixa Econômica, qual clube terá patrocínio forte?
Palmeiras com a relação suspeita com a Crefisa?
Flamengo, com patrocínios ‘inesperados” de empresas que receberam empréstimos altos do BNDES (com dirigente do clube decidindo sobre os referidos empréstimos)?
Percebam, portanto, que só o São Paulo não depende de recursos de bancos públicos, empresas financiadas pelo BNDES ou de uma relação “suspeita” com a Crefisa.
O que isso significa? Que as empresas não investem em futebol, que nosso produto não é interessante para patrocínio. Que nosso campeonato não tem valor relevante (quem tem patrocínio é a globo, as empresas pagam para aparecer na tela dela). Por isso, todos dependem das verbas de televisão e negociação de atletas.
Não culpo a venda, o valor era muito grande para alguem q nao tinha nem 10 jogos no profissional, pra mim foi bem vendido, a questão é oq será feito com esse dinheiro, ja tivemos vendas maiores que essas e ai vemos o estado financeiro do clube, nao digo q nao possa ter dividas, todos tem e dificilmente havera um clube com seu quadro financeiro totalmente sanado, porem tem q ser algo administravel, é preciso controlar seus gastos e ajustar com seus ganhos, o problema é que os constantes emprestimos e juros atrapalham o clube, e isso é algo q veem de muito tempo atras, e so foi piorando a cada gestao.
Então qual o rumo correto do dinheiro? Primeiro ajudar a garantir a folha salarial do ano, claro q o spfc recebe montantes de outras areas do clube, ingressos, vendas de produtos, patrocinios, e etc…, porem é preciso garantir q nao faltará dinheiro para pagar os atletas e comissao tecnica, pq isso é o primeiro e derradeiro sinal de crise num clube e isso deve ser evitado a todo custo, entao é preciso deixar uma parte desse dinheiro para caso aconteça essa emergencia, outra parte deve ir pras dividas, o clube precisa começar a fechar no azul sem precisar de mais emprestimos, é preciso saber reduzi-las, o valor total não é algo tão monstruoso, é completamente sanavel em 3 a 5 anos, o problema esta nos juros, ele é a faca no peito q sangra os cofres, por fim uma pequena parte de 5 a 10% investida no futebol, em atletas para equipe, claro q o maor objetivo de um clube é disputar titulos e vence-los, porem para isso ele precisa estar devidamente organizado para isso.
A grande revolta ao meu ver na venda de Neres é justamente em nao sabermos para qual fim será destinado esses valores, isso pq o clube é muito obscuro, falta transparencia, e depois de um presidente ladrão, da pra desconfiar de tudo e todos.
Sobre a discusão, os europeus sempre gostaram de buscar os mais novos aqui, pq eles podem molda-los desde cedo aos seus padrões e desenvolve-los para o tipo de futebol que é jogado por la, apenas alguns poucos conseguem sair daqui e fazer estreias arrasadoras e uma grande primeira temporada, Neres terá um campeonato sem tantas dificuldades, em um dos clubes mais fortes do país, vai disputar champions league frequentemente, a chance de se destacar e sair do futebol holandes em 2 ou 3 anos é mto grande, e nisso aqueles 20% serão mutio importantes, pq o proximo comprador será um clube de alto escalão.
Sendo assim, enqunto os clubes estiverem quebrados ou com situação financeira delicada, a perda de jovens jogadores ainda ocorrerá, oq precisa ser mudado é o extra campo, alem de nossas leis q facilitam a saida desses jovens, Qto ao depto de olheiros para paises sulamericanos ele é realmente defasado na maioria dos clubes, uma das raras excessoes sao o Atletico Mg q vem adquirindo bons jogadores gringos desconhecidos vide Cazares e Otero, os demais acertam e erram na mesma proporção, ja erramos mto, do ano passado pra ca temos mais acertado q errado, porem ainda é preciso profissionais mais capacitados para explorar a america do sul e encontrar os jovens de potencial, sim pq trazer um Pratto ou Abila ou alguem do atletico nacional depois q se destacam na libertadores é mais facil, quero ver descobrir um nova Borja…
logo logo a Crefisa deve estar na Lavajato…kkk….a W.Torres já está…com o “fundo suspeito”…kkk…que ótimo…por enquanto estamos fora…kkk…o problema e com a venda do Lucas, JuJu “absorveu” a grana…o SPFC no tempo dele parecia autarquia ou Companhia Pública, com “sinecuras, apadrinhamentos”, carros para os diretores, postos de gasolina para abastecer…a dívida cresceu assustadaroramente…e Leco está minimizando essa conta, pois nem a oposição o critica por isso…agora vamos acompanhar e cobrar essa grana do Neres…
Cícero não