Um dos destaques da campanha vice-campeã do Paulistão 2016, Ytalo deixou o Audax rumo ao São Paulo após o término da competição. Em pouco mais de nove meses no elenco tricolor, o jogador não teve uma grande passagem pela equipe. Lesionado, o atleta atuou em poucas partidas e ficou cerca de seis meses sem jogar. O vínculo com o time da capital chegou ao fim em dezembro do ano passado, mas, a pedido do técnico Rogério Ceni, Ytalo teve seu contrato renovado até o fim do Paulista e foi emprestado ao ex-clube. Em conversa com a Gazeta Esportiva , o experiente jogador revelou que conversou com o atual comandante tricolor e espera sinal do São Paulo para um possível retorno.
“Eu estava na academia, fazendo bicicleta, e ele (Rogério Ceni) veio falar comigo. Meu contrato ia até dezembro e teve um pedido dele para renovar, estendendo até o final de maio. Agradeço a ele por isso, porque ele vai estar me observando jogar. Não sei se iria ter oportunidades de jogar com ele como técnico, então essa foi a melhor escolha. O Rogério é muito inteligente, está sabendo lidar com a situação, e tem tudo para dar certo no São Paulo”, disse.
O empréstimo de Ytalo faz parte de um acordo que o São Paulo firmou junto ao Audax, referente a compra do goleiro Sidão. Ficou acertado que o Tricolor emprestaria ao clube de Osasco dois atletas, e o atacante foi o primeiro escolhido pela diretoria são-paulina. O segundo jogador ainda não foi cedido ao Audax, mas deve sair das categorias de base do time.
Aos 29 anos, Ytalo reconhece que não teve muito espaço para mostrar o seu futebol no São Paulo. Em 12 jogos com a camisa tricolor, o atacante marcou apenas um gol e na única oportunidade que teve como centroavante, no clássico contra o Corinthians, acabou se lesionando e tendo que passar por uma cirurgia no joelho. Na época, o comandante são-paulino era o argentino Edgardo Bauza, que optou por testar o jogador em diversas posições.
“Eu cheguei e o Bauza passou a me colocar em várias posições. Joguei de meia, joguei mais aberto, e o dia que eu joguei de centroavante acabei me machucando. O jeito dele de jogar me atrapalhou no começo, pois tinha que me adaptar ao ritmo daquela tática”, avaliou.
Recuperado da lesão, no próximo domingo, Ytalo poderá estrear contra o time que detém seus direitos federativos. São Paulo e Audax se enfrentam na Arena Barueri, às 17h (de Brasília). “É uma volta por cima, na verdade, pois a recuperação para a minha cirurgia era de sete a oito meses, e eu vou voltar em seis. Será uma situação diferente (enfrentar o São Paulo), mas hoje visto a camisa do Audax e vou tentar fazer meu trabalho da melhor maneira possível”, destacou.
Atual técnico do clube de Osasco, Fernando Diniz também espera pelo retorno do atacante, e enxerga vantagens para o coletivo principalmente por sua experiência. “A gente tem uma relação muito profunda. É um jogador muito especial com uma representatividade muito grande. Um ser humano acima da média, que precisava de um lugar confortável para voltar a um bom desempenho. Está vindo de duas cirurgias no joelho e corremos para deixar ele em condições para talvez estrear contra o São Paulo”, afirmou.
Para poder retornar ao São Paulo, o jogador, que teve passagem pelo futebol português – atuou pelo Marítimo em 2007 e 2008 -, precisará repetir o bom desempenho que teve no vice-campeonato do Audax, onde marcou seis gols e ajudou o time a fazer a melhor campanha de sua história. Pesa a favor de Ytalo o fato de o sistema ofensivo Tricolor não estar vivendo grande fase. Muito criticado no último ano, o ataque da equipe não marcou gol em nenhum dos dois jogos disputados na Copa Flórida.
“Quando estávamos com o Bauza e saímos da Libetadores, o time como um todo deu uma caída. Depois, quando eu já estava machucado, a equipe acabou encaixando. Mas os atacantes de lá são bons, tem que trabalhar forte para dar conta do recado, apenas”, finalizou Ytalo.
GE
Boa sorte.
Boa sorte… mas, ao menos que arrebente e seja O DESTAQUE da competição, não vejo sentido em seu retorno.
Coitado do Ytalo, caiu numa fogueira de ter que substituir o Ganso numa semi de libertadores, jogando fora de posição. Acho que fez o que podia. Mas nos ajudou marcando um gol importante contra o cruzeiro no mineirão. Sorte pra ele no paulista.
Daniel, Ytalo, Robson e Jean Carlos foram jogadores que se destacaram em times pequenos (tudo bem, Daniel veio do Botafogo, mas em um momento abaixo) e não conseguiram “ganhar posição” no São Paulo.
Vários fatores podem ser considerados (teimosia do Bauza, escalação equivocada, momento ruim, falta de ritmo, desentrosamento etc), mas, no fim das contas, não convenceram os treinadores que mereciam uma vaga.
Não sei como avaliar esse jogador. O Bauza o colocou de meia – e fez o mesmo com o Rogério – assim fica difícil. Quantos minutos jogou como centroavante no São Paulo? Foi muito bem no paulistão passado e vale ser observado na posição original.
Que tenha sorte, menos amanhã contra o SPFC.
Ytalo não teve chances. É bom centro avante.
Não. Obrigado.