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E aí, pessoal, tudo certo?

A prosa de hoje dificilmente seria outra senão o assunto que toma conta do noticiário e de nossos corações, a maior tragédia da história do futebol.

Mas a nossa coluna procura não ser mais do mesmo, não ficar explorando a tragédia. Não há mais o que ser falado sobre dor e tristeza.

Todos nos solidarizamos com a Chapecoense, time alegre, uma equipe que muitos jogadores que não deram certo em outros clubes, vimos ser destaque na equipe. E, obviamente, queríamos muitos deles no nosso tricolor.

Sonhamos com muitos jogadores de lá. Danilo era unânime, todo torcedor queria ele no tricolor, Dener era uma aposta com muita chance de dar certo. Quem nunca escalou Bruno Rangel, Neto, Danilo, Tiaguinho no seu cartola?

A Chapecoense era a nova Lusa. Time carisma que todos torcíamos pelo sucesso, como um segundo time, menos quando jogavam contra nós. Na arena Condá era duro de jogar, o Palmeiras que o diga… A Chape é grande e vai se reerguer.

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Além de tudo isso, ontem à tarde fomos surpreendidos com uma entrevista do Sr. Fernando Carvalho, presidente do Internacional, que gostaria de colocar em discussão aqui na nossa coluna. Antes de qualquer coisa, veja o vídeo:

É certo que o Inter está em uma situação complicada, constrangedora para fugir do rebaixamento, mas é certo comparar com uma tragédia sem precedentes? Foi essa a intenção do dirigente ou ele foi mal interpretado?

Há 2 semanas atrás, estava o mesmo Internacional revoltado com o canto da torcida do Corinthians que fez alusão à queda da equipe com o acidente do atleta Fernandão, que já vestiu nosso manto sagrado.

Como diz o titulo da nossa coluna, o que dizer quando nada deve ser dito? Com a palavra o presidente do Inter.

Intencional ou não, mal interpretado ou não, talvez não fosse a hora dessa declaração, afinal, como diz aquele velho ditado… “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.”

Fernando Carvalho vendo o rumo que tomou sua declaração, logo se manifestou:

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Isto posto, é hora de discutir isso em nossa velha e boa enquete:

E vamos falar de São Paulo…

Para esgotar esse assunto da tragédia, gostaria de abordar a postura do São Paulo:

Segundo o site do globoesporte.com, o tricolor deverá usar um uniforme preto com detalhes verdes e realizar um posterior leilão com renda revertida às famílias das vítimas.

Leia a notícia aqui

E você, se fosse o diretor de marketing do São Paulo, o que faria?

Por fim, de minha parte, sigo o velho conselho de minha sabia avó que deve estar vendo o jogo da Chapecoense lá do céu:

“Na vida, a gente nunca perde, ou ganhamos ou aprendemos”

A tragédia nos ensinou a sermos mais humanos, ver que a vida pode se esvair em um instante e que o futebol não pode estar acima de qualquer sentimento de humanidade que ainda esta humanidade teima em não ter.

Para a trilha sonora dessa nossa prosa, vai aqui um clássico, de Sérgio Britto, na voz do grupo Titãs, Epitáfio: