Ronnie Mancuzo - Sub

Retomadas

 

Tivemos um ano que deu sequência ao que de pior se registra na história de um clube.

A ameaça de rebaixamento, até a reta final do campeonato nacional, misturada às incontáveis infelicidades proporcionadas pelos piores tipos de pessoas que infestam nossa diretoria foi o sinal de alerta gritantemente aceso que não pode ser esquecido para os dias que virão. E serão dias muito mais complexos.

 

O que poderia ser chamado de simples não será feito.

Teremos como técnico alguém que interfere como ninguém mais nos tratos dos bastidores. Alguém que é colocado por muitos acima até do próprio São Paulo Futebol Clube. Claro, quem isso faz não é torcedor são-paulino. Indo até além, quem isso faz de forma alguma respeita o que o Tricolor Paulista é, nem sua História.

Por mais que estejamos ainda passando por uma das turbulências mais desgastantes que uma entidade de tamanha importância possa passar, já que Leco permanecerá como presidente e só isso já basta para que seja ao menos percebido um impacto degradante em nosso cotidiano, a ‘contratação’ de um técnico inexperiente já seria no mínimo uma aposta arriscada. Com este técnico sendo quem é, dificilmente não teremos um leque de pormenores sendo levantados seja em campo o resultado que for enquanto ele comandar a equipe.

Isso nem de longe seria a rotina de qualquer outro técnico.

A minha mais sincera opinião é a de que o clube já perde ao, antes de higienizar sua área de gestão, arriscar colocar o maior ícone de sua história mais recente no cargo mais delicado do futebol, vide a tamanha rotatividade existente na posição. A bagunça oriunda das mãos daqueles que porcamente seguram as rédeas das decisões deveria ser controlada de imediato. Extinta. E ainda daqui, de longe, envolto por minha mais completa ignorância com relação ao cotidiano do clube, mas enxergando claramente que tantos fracassos e vexames recentes nada mais são que frutos de um cruel e covarde trabalho realizado na direção, fico na torcida por algum tipo de intervenção comandada por aqueles que realmente prezam pela saúde do São Paulo Futebol Clube e que também sejam dotados da capacidade máxima necessária para seguirem gerindo nossos próximos passos da melhor maneira possível.

Infelizmente, não vejo (ainda) em Rogério essa propriedade.

Porque ainda vejo nele sombras de um recente bloco sólido de desestabilidade, também composto por Milton Cruz, Ataíde, Juvenal, Leco, Adalberto, Aidar e até mesmo por MAC, entre outros. Como simples torcedor passional, sofri absurdos com os últimos anos que me trouxeram receio incomum se comparado com as grandes fases que tivemos e até mesmo com as épocas de intervalos vazios pontuais. Não é só a dúvida sobre que time entra em campo na próxima partida, se é aquele que goleou o Corinthians e que buscou resultados heroicos nas últimas Libertadores, ou se é aquele que sequer um chute a gol tem dado em decisões de extrema importância. A dúvida maior fica a cargo de que tipo de trabalho farão nos setores estratégicos do clube, na manutenção de peças (jogadores), na política de contratação, enfim, no futebol como um todo, que é o coração do clube e a raiz de nossa existência.

O torcedor são-paulino é vítima de uma violenta falta de razão nos atos de seus diretores. Suas respectivas posturas levam ao questionamento que lhes tira qualquer sentimento de amor ao clube. São constantes manifestações de orgulho, ganância, megalomania, egoísmo, insensatez, tudo regado a ironia, cinismo, hipocrisia, deboche, negligência.

E Rogério, se não já parte desse universo infeliz, agora chega (ainda que pareça que nunca partiu) e isso encontrará como seu mais difícil rival.

Sendo ele quem é para muitos, conseguirá obter sucesso e até mesmo minar todo tipo de podridão enraizada nos setores de administração Tricolores.

E claro, minha torcida é para que assim seja. Porque isso parece ser o melhor a acontecer para o São Paulo Futebol Clube.

E dúvida alguma supera minha torcida por dias absolutamente melhores para nós são-paulinos.

Se for pra Rogério Ceni ser o marco inicial de nossa retomada às posições máximas do futebol mundial, que assim seja.

Que assim seja.

 

Ronnie Mancuzo – Sub

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Falar de Rogério Ceni é falar de goleiro.

E, após sua recente saída, neste pequeno intervalo, grande foco foi dado à posição em nosso time. As reclamações em alguns momentos ultrapassaram o limite do comum, porém foram claras várias das ruins participações de quem o substituiu.

Como alternativa, Sidão surgiu em notícias soltadas ao vento, talvez com boa probabilidade de realização. Nada ratificado.

No vídeo de hoje, feito pelo canal Niown HD, alguns lances do arqueiro que tem feito um grande trabalho no Botafogo.

É uma boa?

Porto Alegre, 26 de junho de 2016 - CAMPEONATO BRASILEIRO - SERIE A - INTERNACIONAL X BOTAFOGO - Sidão, jogador do Botafogo, comemora o gol durante a partida válida pela décima primeira rodada da série A do Campeonato Brasileiro 2016 no estádio Beira Rio. Foto: Pedro H. Tesch/Eleven
Porto Alegre, 26 de junho de 2016 – CAMPEONATO BRASILEIRO – SERIE A – INTERNACIONAL X BOTAFOGO – Sidão, jogador do Botafogo, comemora o gol durante a partida válida pela décima primeira rodada da série A do Campeonato Brasileiro 2016 no estádio Beira Rio. Foto: Pedro H. Tesch/Eleven