Ronnie Mancuzo - Sub

E a saudade, como é que fica?

Os dias não passam. Ficar essa eternidade toda sem jogo do Tricolor é um castigo.

Mesmo com jogos da Seleção, que radicalmente parece ter mudado de postura.

Convenhamos… Tite é bom. É diferenciado. Talvez no trato com os jogadores, nas escolhas para formação do time, taticamente saiba de alguns atalhos e pontos que não são tão conhecidos e acabam surpreendendo os adversários.

Quando no Corinthians, um time que até estádio ganhou do governo (e que, hoje, tudo aquilo que eu constantemente postava nas colunas, atacando o partido do ex-presidente fanático torcedor, e indo para um caminho político que distorcia da intenção do Blog, tem se revelado), o caixa ‘cheio’ garantia seus pedidos, até mesmo sua permanência no clube. Sobrava dinheiro… era muito mais tranquilo para ter peças solicitadas e estrutura, além de ficar bem satisfeito com seus próprios retornos financeiros em salários… enfim. Era trabalho mais fácil.

Se bem que, na Seleção, outros no seu lugar não tiveram a mesma característica que tem sido apontada no atual time da CBF. É forte, sim.

Só que o São Paulo Futebol Clube é maior que a Seleção. Muito maior.

Desculpem-me os que pensam o contrário. Mas nem de longe a emoção de acompanhar nosso Tricolor é alcançada. Nem mesmo contra a Argentina de Bauza.. .. fraco Bauza.. .. ou não.. .. querem de volta? Melhor que Ricardo? Então, que volte o Osorio?

Muito, mas muito mais emocionante para mim é acompanhar uma segunda partida do São Paulo pelo Campeonato Paulista contra o Linense do que ver uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Alemanha, numa eventual revanche futura.

E isso não é por conta da goleada sobre o time do govern.. que já foi do gov.. ora, deixa pra lá isso… time que ainda é da Globo, vai.. bom, essa goleada trouxe um ânimo gigantesco, tenho que confessar. No sábado, tive que sair de casa na hora do jogo. Pensei que eu não iria acompanhar a partida. Bom, até pensei que não queria ver. Mas vi. Melhor, ouvi. Fui atrás. Cheguei correndo em casa. No final do primeiro tempo. Aqui em Jataí, interior do Goiás, as coisas são mais difíceis. Não tenho a opção financeira de assinar canais fechados. Fico pelo rádio, como nos antigos tempos da emoção transmitida pelos sinais das AMs.

Cheguei e, enquanto sintonizava no jogo, fui vendo as mensagens no celular. Estávamos ganhando!

Animou mais! E os gols foram acontecendo mais e mais!

Que sensação maravilhosa!!!

Só que agora não está sendo fácil ficar sem.

Em breve, em alguns dias, também teremos o início da pausa maior. Final de ano. Aquele tempo interminável só de especulações, intervalo gigante só com notícias de formação de elenco, de troca ou não de técnico, de saídas e vindas, de patrocínio ou não.

Falando em patrocínio, sobre a marca Poty, temos que enxergar como bom acontecimento. Ora, são tempos sombrios no mundo capitalista. Temos que abraçar a vinda de dinheiro. Não é impossibilitando investimentos que teremos melhoria de trabalho daqueles que há anos estão sangrando o clube. Se trabalham mal com muito, não é forçando a trabalhar com menos que vão melhorar suas atitudes. São de imediata necessidade a saída de todos esses que deixaram em frangalhos a gestão são-paulina e que uma nova forma de trabalho seja redigida, assegurando que pessoas realmente dignas assumam as rédeas, com capacidade, profissionalismo, discernimento, seriedade, competência. Até para uma otimização no uso da verba do clube isso é mais que imprescindível. A saída dos ruins.

Sobre Rogério como técnico, espero que isso não aconteça tão já. Acredito que um trabalho digno de sua relevância para o São Paulo de hoje mereça estar consolidado sobre muito mais tempo de estudos e capacitação.

Já sobre os nossos jovens jogadores, vejo uma grande necessidade de continuidade. São garotos que demonstram uma vontade mais que bem-vinda. Uma integração que consolidará aquilo que não temos visto nos últimos elencos montados. Personalidade. Identificação. Parece até que um respeito maior pelo clube. Que outros ‘medalhões’ demonstraram não possuir ao permitirem o surgimento de intrigas de várias naturezas.

E, mesmo com tantas interrogações, com tantos tristes acontecimentos recentes, com tantos trabalhos ruins e covardes proporcionados por muitos que administram o clube, a saudade incomoda. Parece que tem um alfinete cutucando o coração, fazendo sentir falta.

São Paulo, não precisa golear no próximo jogo, não. Basta vencer o Grêmio.

Aliás, por que não joga logo amanhã, pelamordedeus?!?!

Que saudade que esse time faz a gente sentir.

 

Ronnie Mancuzo – Sub


Para nos despedirmos do Morumbi em 2016, temos um vídeo com os gols do São Paulo em sua casa.

Preparado pelo canal Mídia Gols, os 10 gols mais bonitos estão logo abaixo.

Será que dá pra matar um pouquinho a saudade?