1992, vivíamos um dos nossos auges.

Tinhamos acabado de conquistar a nossa primeira Taça Libertadores.

Já faz bem mais de 20 anos.

Antonio Carlos, até então, zagueiro titular tinha acabado de ser contratado pelo futebol espanhol.

Era o começo de sua decadência profissional em alviverdes e alvinegro de menor expressão.

O tricolor precisava se reforçar para o Mundial.

Naqueles tempos conquistá-lo demandava enfrentar forças como o Barcelona e Milan.

Após se destacar no alvinegro carioca, onde foi vice campeão brasileiro, Válber fora contratado.

Válber Roel de Oliveira, carioca, nascido em 31 de maio de 1967.

Na verdade, no último campeonato nacional, jogara como meio campista e lateral esquerdo.

O Mestre Telê, no entanto, identificou que ele poderia se dar melhor na zaga.

E lá foi Válber.

Foi uma questão de tempo.

Passou a ser titular absoluto.

Uma habilidade descomunal.

Um defensor que desmarcava o adversário, sem dar carrinho.

Acho que sequer sabia o que era isso.

E, para mim, um irresponsável dentro da área rs rs.

Diblava atacante dentro da sua área defensiva.

Trazia a bola para o meio dela e saia jogando.

Não dava chutão.

Algo inacreditável, que jamais vi sequer quando tivemos a maior dupla de zaga de todos os tempos do futebol mundial, Oscar e Dario Pereyra.

Este jogador genial, tinha sua fraqueza, “seu fora de campo”.

Eram frequentes seus sumiços após um grande jogo.

Juntamente com Muller, passou a fazer parte dos maiores pesadelos do Mestre Telê.

Quando não era um, era outro.

Ou até mesmo os dois…

Parece que combinavam.

Isso acabou por abreviar sua carreira em alto nível.

No tricolor foram 160 partidas, com 81 vitórias.

Marcou 5 gols, o primeiro deles em 13 de outubro de 1992, em goleada frente os alvinegros santistas, por 4 a 1: https://www.youtube.com/watch?v=Bu2JV456WyA

José Renato Santiago