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Fé Incansável

 

Água mole em pedra dura.

De grão em grão.

2013 assustou. 2016 ainda não acabou.

Quando como por osmose sempre estávamos nas partes mais altas das tabelas, ou pelo menos éramos vistos como concorrentes importantes, não me passava pela cabeça uma sequência de fugas e lutas contra queda. Ainda que ano passado tenhamos permanecido no grupo principal do campeonato nacional mais difícil e assim conseguido participar como o melhor brasileiro na Libertadores de 2016. Esses resultados não parecem representar a realidade que sentimos.

Até algum tempo atrás, já de certo ponto distante, o próprio são-paulino (qualquer um que fosse) tinha segurança e ‘convicção’ de que seríamos um dos destaques em qualquer competição. Nacional ou internacional.

Ter dúvidas sobre isso agora é algo comum. Assim como ter certeza de que o máximo que podemos numa temporada é permanecer sem títulos e fazer o possível para não cair.

Entrar num campeonato considerado o mais importante para o torcedor planejando chegar no máximo nas oitavas de final (uma das maiores provas de que a diretoria não se incomoda em ver o clube se tornar medíocre) pode, por grande parte da torcida, ser considerado ato lesivo à entidade. É manifestação de desdém que ratifica o ‘tanto faz’ instaurado naqueles que dirigem o clube há anos.

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Ver que os nomes que surgem para ocupar os cargos hoje ocupados pelos que tomam as rédeas nada mais são que continuidade do mesmo trabalho incompatível com a História Tricolor assombra o torcedor que procura se informar melhor sobre os rumos atuais e futuros. Nem podemos acreditar que a vinda de um ícone em campo possa melhorar os resultados do futebol. Se formos pensar em nomes pra técnico, então.. são mais que compreensíveis os questionamentos. Essa balbúrdia instaurada nas últimas gestões deixou marcas no torcedor ‘gato escaldado’.

Antes seguros e otimistas com o time, o símbolo maior de grande parte dos torcedores é a sonora corneta.

E é tão errado assim?

Por mais que setoristas defensores do grupo da ‘diretoria atual’ e nomes consideráveis da mídia em geral queiram apontar como grande foco dos maus resultados quesitos técnicos, estratégicos, locais em uma ‘panela’, individuais numa falha respectiva de algum jogador, é possível enxergar todas essas constatações como fruto de um horroroso trabalho administrativo total, que proporcionou politicagens da pior estirpe na alocação de nomes em cargos estratégicos e movimentos sombrios ligando Torcida Organizada, profissionais da imprensa, conselheiros famosos ou não, diretores rivais, políticos…

Assusta ver que temos como normal um sentimento de desconfiança numa partida crucial contra um time da Série C.

E, quanto mais normal algo ruim se torna, algo pior pode em breve também se tornar comum. Basta nada melhor se apresentar como possível.

Continuemos, amigo torcedor, a pensar nos problemas com o intuito de resolvê-los. Tornar ainda mais clara a necessidade de mudança total na forma como andam fazendo as coisas na gestão do clube.

Torcendo pelo melhor para o São Paulo.

Fazendo o nosso melhor como parte importante que somos.

 

Ronnie Mancuzo – Sub