Essa semana, alguns fatos me fizeram refletir sobre o limite de torcer para uma instituição, uma camisa, um escudo.

Se deixamos levar pela emoção, qual sentimento que buscamos em um clube de futebol?  Orgulho, Honra e Entretenimento.  Esses são os meus.  Certamente para outros pode ser diferente.  E não tem certo ou errado!

O São Paulo sempre me trouxe orgulho, honra (nunca nos orgulhamos de um título importante com erro de arbitragem) e um futebol ofensivo.

E era assim que via o São Paulo.  Não importava resultados imediatos, pois sabíamos que o time estava sendo ajustado para ATACAR, para propor o jogo, ser o PROTAGONISTA do espetáculo.

O São-paulino nunca foi sofredor.  Isso é característica e cultura, de outro time que por esse motivo atrai torcedores assim.

Quando pedimos raça, é porque a situação é crítica!  Pois nossa filosofia de jogo, se perdeu!

Aliás, nossos valores e cultura se perderam!

O São Paulo sempre teve um grupo formado por jogadores solidários.  Careca, Muller, Renato, Raí, Ronaldão, Leonardo, Cerezzo, Lugano, Rogerio Ceni, Lucas eram jogadores de time!

E isso se faz com uma política de salários sem grandes diferenças!  A distancia do piso e do teto, não podem ser grandes.

Pois, espírito coletivo é criado com semelhanças e não com diferenças.

E além disso, é preciso ser responsável pela evolução e capacitação dos jogadores!

Não adianta culpar um jogador da base de não estourar logo nos primeiros 10 jogos!  Raí que nem era da base, demorou quanto tempo para virar o jogador decisivo do mundial de 92?

E é isso que temos que resgatar nesse momento.

É preciso de uma comissão fixa grande, para que possamos cuidar de cada jogador isoladamente.

Tem jogadores que precisam perder peso, tem outros que precisam ganhar massa muscular.  O tratamento, os exercícios, a alimentação tem que ser diferente!

Além disso, precisamos de alguém que converse com o MUNDO DO FUTEBOL.  Com Federações, Confederações, imprensa (não só setoristas e Blogueiros), sindicatos e outros clubes (não só para negociar, mas também para falar sobre o futebol).

O São Paulo não pode continuar vivendo dentro de seu próprio mundo, competindo dentro do Conselho Deliberativo!

Nossa posição é de PROTAGONISMO do futebol sulamericano!  Temos que nos orgulhar de chegar na semi-final da Libertadores, mas, sem perder para Audax, Juventude e São Bernardo.

Se temos 2 competições para disputar simultaneamente, e nosso escudo, uniforme, e tradição vai entrar em campo, precisamos de um elenco para nos representar bem nas duas competições.

E é fundamental que presidente, diretores, conselheiros, jogadores e torcida, respeitem a tradição de uma das camisas mais bonitas do mundo, com o escudo mais bonito do mundo.

Pois os 11 que vestem a camisa do São Paulo, não representam só alguns, representam milhões!  São esses 11, que precisam nos orgulhar, honrar e entreter.

Marco Aurélio Cunha, foi um dos primeiros profissionais do futebol.  Começou como médico (dentro de campo), foi trabalhar no Japão (onde muitos brasileiros aprendem a valorizar mutio o orgulho e a honra), e foi um dos responsáveis pelo surgimento do Estado de Santa Catarina, no cenário nacional.

Um dos estados menos populosos do Brasil, que já chegou a ter 20% dos times da Série A.  Mesmo os 10% desse ano, já é um feito e tanto!

Enfim, dizem que você só aprende e entende mesmo sua cultura e valores, quando aprende e vive em outra cultura!  E MAC, teve essa vivência, e sabe o que tornava o São Paulo “diferente”.

Quem no São Paulo, teve o prazer de trabalhar, ser respeitado e amigo de Careca, Muller, Silas, Pita, Raí, Ronaldão, Lugano e Rogério Ceni!

MAC tem laços com a história vitoriosa do São Paulo!

Ernani Takahashi

Twitter:  @airnani