Megafone do torcedor redigido pelo blogonauta Gabriel Casaqui. Envie o seu!

Saudações tricolores,

Esqueçam o Juventude, assim como sempre esquecemos os Bragantinos, Pontes Pretas, Avaís e Coritibas da vida. Independente do que aconteça na partida de volta pela Copa do Brasil o SPFC já saiu perdedor e somente 2017 pode nos curar.

21ª rodada. 27 pontos. 13 pontos atrás do líder. 10 pontos atrás do 4º colocado. 4 pontos na frente da zona do rebaixamento. 22 gols marcados, 22 gols sofridos. 11º lugar. Uma campanha longe de ser mediana. É medíocre mesmo. No entanto, cada torcedor tricolor é um pouco responsável por essa fase da equipe, mas nem de longe se equipara aos erros da diretoria no planejamento e condução desta temporada.

Nossa parcela de culpa foi criar a ilusão de que o time que caiu na Libertadores era composto por guerreiros de fibra e qualidade, somente por avalizar o desempenho de jogadores claramente MEDIANOS (alguns nem isso conseguem ser) que estranhamente tiveram ali um rendimento, digamos, BOM (quiçá, ÓTIMO, mas não sou tão entusiasta).

O SPFC nunca teve nem esboço de elenco essa temporada. Prova disso foram as reposições de Ganso e Kelvin no primeiro semestre. Vejam, quando WESLEY torna-se uma espécie de DÉCIMO SEGUNDO JOGADOR é óbvio que alguma coisa não anda como deveria.

No entanto, a carência de jogadores minimamente diferenciados e competentes nos fez supervalorizar aqueles sujeitos que, possuídos por alguma entidade SOBERANA presente em nosso manto, conseguiu levar o São Paulo até as semifinais da Libertadores. Merecem aplausos, consideração. E ponto.

E aí entra a responsabilidade da diretoria que negligenciou cuidados com o elenco desde 2015. O time sempre foi meia-boca. Da derrota para o São Bernardo à eliminação para o Audax. Do César Vallejo ao Atlético Nacional. Essa equipe precisa desesperadamente de um fato novo (novo, não Lugano).

O desgaste que iniciou na renovação do Maicon expõe o evidente: Denis, Bruno, Mena, Carlinhos, Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Wesley. Nenhum desses jogadores aqui é bom. Nenhum é ruim. Eles foram agraciados com a maldição de serem medianos. Mas, já diria um professor que tive no colegial, “mediano, para mim, é sinônimo de medíocre. Nunca se contentem com isso.”

As chegadas de Buffarini, Cueva, Chávez e Gilberto ainda são nebulosas. Enquanto nosso lateral mal completou 3 jogos e parte da torcida já pede seu linchamento na Praça Roberto Gomes Pedrosa, Cueva e Chávez alternam regulares atuações que, se não se encontram NA MÉDIA, pelo menos vem acompanhadas de gols. Gilberto até aqui não mostrou a que veio. Ah, e tem o zagueiro Douglas que nem estreou ainda e está a salvo somente por tal acaso.

Seria ufanismo imaginar um SPFC galáctico. Evidente que todo time grande que se preze até tem seus medianos, porém, precisam ser efetivos, sob pena de morrerem de fome não serem aproveitados. Ou que estejam acompanhados de gente que faz a diferença. E no Tricolor não há nada nem perto disso.

Pedir a cabeça de metade do elenco seria chover no molhado, mas o momento pede que seja realizado um grande REALITY SHOW para definir as dispensas.

Considerando que assumimos uma briga inglória para terminar o IMPEACHMÃO-16 na metade de cima da tabela, que seja dando cancha para nossos garotos. Lyanco, Matheus Reis, João Schmidt (o mais promissor), Artur, Luiz Araújo, Pedro, enfim. E, quando do pagamento da segunda parcela do 13º, já se ter definido quais ficarão, quais serão emprestados e, sobretudo, QUEM VIRÁ para trazer a tão requisitada JERARQUIA ao São Paulo.

Sempre a cornetar,

Gabriel Casaqui