Aquele menino nascido em 3 de agosto de 1952 na cidade paulista de Paraíbuna, queria ser jogador de futebol.

Seu nome, Mario Gomes Amado, está longe de ser aquele pelo qual foi conhecido.

Passou para a história tricolor como Marião.

Um jogador de peso.

Mais de 100 kg.

Lento e com clara dificuldade para bolas altas.

Um dos poucos jogadores de nossa história que não tinha muita qualidade técnica

Possua algo, no entanto, que sempre fez parte do nosso DNA, impunha respeito.

Estreou com as nossa cores em 14 de dezembro de 1978.

No Morumbi, no empate em 2 gols frente a Ferroviária de Araraquara.

No meio do campeonato paulista conquistado pelos alvinegros da Federação Paulista de Futebol.

Jamais foi titular absoluto.

Mas estava sempre jogando.

Era um outro São Paulo.

Tempos de Waldir Peres, Muricy, Dario Pereyra (ainda no meio campo), Serginho, Zé Sérgio,e tantos outros.

Foi peça fundamental em prol da construção da Máquina Tricolor, que seria bicampeã paulista em 1980 e 1981.

Fez dupla de zaga com o grande Dario Pereyra, quando ele foi deslocado do meio de campo por decisão do técnico Carlos Alberto Silva.

O uruguaio ganhou status de Xerife, após associar, em seu jogo, o respeito que Marião tinha frente seus adversários.

Foi quando, em 1980, chegou Oscar, titular da seleção brasileira, que logo se tornou titular.

Com a camisa do mais querido, Marião jogou 51 partidas oficiais.

Venceu 17 delas.

E marcou 2 gols.

Foi para o andar de cima em 24 de agosto de 2011.

José Renato Santiago