Há 8 meses do final do mandato, Leco enxerga hoje um caminho espinhoso internamente em que nem chegam a consenso de treinador e onde ele não tem força diante de aliados que precisa para manter a governabilidade.

Com o time fracassando, com pouca moral no Conselho, se houver o “Não” na Assembléia, Leco (segundo fontes internas) cogita até mesmo a renúncia e faz mesmo sentido. Como um interventor seria escolhido para definir próximos passos e uma eleição seria o caminho mais óbvio, nem faria diferença ele “ser” presidente. Já sem muita força interna, ficaria como um mero enfeite.

Mas não é só ele que tem medo. Os outros da era JJ que culminou na destruição do São Paulo de sucesso também estão com as barbas de molho.

A lista levantada pela oposição em matéria da ESPN também dá medo na turma de hoje no poder. Veja:

O terceiro mandato de Juvenalcomissões para o Tombense, do empresário Eduardo Uram, ligado ao escritório de um conselheiro; uso de serviço de posto de gasolina vinculado a outro conselheiro; comissão prometida a uma empresa pela contratação de Jorginho Paulista assinada por Leco; manutenção de Ataíde na diretoria, mesmo após expulsão do conselho; o caso Iago Maidana e os honorários do advogado José Roberto Cortez, ocorridos na gestão Aidar; suposta contratação de Gustavo Vieira com contrato superior ao que tinha antes no mesmo cargo; cobranças de honorários a advogado por serviços alheios prestados ao clube, como respostas à imprensa; e suposta comissão a diretor no contrato assinado com a Penalty.

O clima é péssimo, o grupo está rachado e Jardine tentará assumir o instável time. No campo, a coisa fervilha e nenhum gestor tem cabeça ou pulso de reverter.

Apesar de não admitirem, todos sabem que uma nova eleição antecipada seria catastrófica para a atual gestão ainda mais sem a máquina do poder para ganhar corpo já que o clube estaria nas mãos de um interventor.

Tudo poderia acontecer.

OBS: Os atos não seriam retroativos e não há possibilidade de contratos serem invalidados, clube perder títulos e patrocínios etc. Quem perderia seriam os cardeais no poder apenas.

Ao final, que vença o São Paulo FC e não algumas pessoas como anda sendo há algum tempo…

Alexandre Zanquetta