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El Método Bauza

Muito bom o livro que conta a história de Bauza. Afim de entender mais o treinador, engoli o livro e passei a observá-lo com mais cuidado, menos pitaco e mais confiança. Acho que todo sãopaulino deveria fazê-lo. O autor do livro deixa claro que Bauza é um cara fora de série por seu estilo e suas maiores qualidades estão conectadas à sua forma de ver e agir no futebol. Para Ariel Ruya, o modo calmo e sem pressa que enxerga o futebol mesmo diante da pressão externa e das cobranças mais intensas, estressa quem está de fora mas não mexe com os nervos de Patón. Poucas vezes ele se mostra tenso ou nervoso e nestas vezes não é pela forma que é pressionado por resultados e sim por não sentir dedicação, comprometimento e retorno de seu grupo e dos demais que fazem parte de seu ambiente de trabalho.

A Mística

Uma das coisas mais legais é a forma como todos veem a união de Patón e São Paulo. O encontro de dois campeões, de dois protagonistas com mística.

Equilíbrio

Apesar de chamado de defensivo ou de retranqueiro, Bauza prefere ser chamado de equilibrado. Quer passar ao time que existe o momento do ataque e o momento da defesa. Consegue armar o time para ser muito agressivo e vertical e em outros jogos, ser completamente evasivo na forma de atuar procurando controlar o tempo e deixando o adversário errar sem se expor. E assim, foi o único que conseguiu chegar à 4 semifinais com 4 times diferentes. Tem 2 taças e com o Tricolor pode chegar à sua terceira.

Fórmula do Sucesso

Para Patón, o início do sucesso é a ordem. Quando uma equipe tem a ordem e possui um equilíbrio (ponto destacado acima), a chance de se ter sucesso é muito mais factível. Por isto, Bauza não gosta de mudar o time e nem seu estilo de jogo. Não veremos muitas surpresas, mudanças nunca testadas ou vistas. Ele não acredita em sorte, acredita em treino, prática, estímulo, repetição e calma. Gosta de troca de passes, paciência, trabalho e tempo.

Reforços e Homogeneidade 

O maior esforço de Bauza nesta janela junto com o São Paulo é transformar um elenco desequilibrado em homogêneo. Essa foi a declaração dele na 6a feira a um setorista equatoriano que ligara para ele para saber de um suposto interesse do Tricolor em novos goleiros. Bauza negou.

Sobre essa homogeneidade, acho que todos concordam que o plantel não tem equilíbrio, não conseguimos manter o ritmo com a saída de algumas peças e não há tantas opções assim. Muitos meninos, muitas opções que Bauza achou no elenco e recuperou mas ainda falta algo para levantar um caneco continental. E na manutenção de Maicon, a tentativa de permanecer com Calleri, a chegada de Ytalo e dos outros 3 reforços sonhados que fica o futuro do Tricolor em aguardo dependendo da janela que fizermos.

Estilo Permanente 

O 4-2-3-1 que varia para um 4-4-1-1 com o recuo dos meias atacantes abertos, Michel Bastos e Kelvin, para a linha dos volantes, deixando Ganso, o maestro, com a missão de municiar, criar e controlar o meio ofensivo do Tricolor.

Bauza tanto na LDU quanto no San Lorenzo, sempre usa seus dois laterais com grande projeção ofensiva e é algo que o São Paulo ainda não conseguiu por falta de material humano. No San Lorenzo, Buffarini, meia de origem, fazia uma parceria muito interessante pelo lado direito com Villalba, ao passo que Emmanuel fazia com Piatti. No São Paulo, o time compactou e aproximou mas Bruno e Mena ainda não atingiram essa ofensividade e agressividade pelos flancos que adora Bauza. Mas, uma similaridade é que Mena fica mais preso como também ficava Emmanuel. Os times possuem muitas semelhanças hoje se comparados com o time de 2014 argentino e o Tricolor de agora.

Há redução no número de gols sofridos apesar de não ser grande o número de gols marcados. Bauza ressente de um volante como Ortigoza também que ajuda o meia armador e comanda a saída de bola. Hudson hoje tenta fazer esse papel mas não pode fazer o ofensivo e o defensivo sozinho e Thiago Mendes apesar da melhora ainda não está no nível esperado (ontem arrebentou no jogo!). João Schmidt talvez encontre essa liga. Wesley não tem regularidade boa na função. Isso impacta na recuperação rápida da bola, manutenção dela no pé e do controle do jogo sem sofrer sustos.

A linha de meias, tem Ganso como a figura que pensa, organiza e cadencia o time. Em casa, um padrão rápido e impetuoso. Fora, um time mais unido, sem pressa e com inteligência. Pelos flancos, Patón Bauza,  quer muita ação, intensidade e luta. Velocidade e desequilíbrio nos últimos metros, além de retornarem incansavelmente para marcar os laterais rivais. Isto, ainda precisamos melhorar muito…

E no comando de ataque, um cara diferente. Calleri faz a diferença na raça, no pivô, na luta e nos gols. Que atacante!

“Morrer com as Botas”

Esse é o estilo definido e como tacharam Patón. Uma forma de dizer que um treinador não trai seus gostos e seus achismos mesmo em tempos de adversidade. Que mesmo diante de um time melhor ou pior, que atua de um jeito ou de outro, o treinador morre com a bandeira na mão de que nada existe para fazê-lo mudar de pensamento. Não há lesões, desfalques, nada que o faça mudar. É o rótulo que adquiriu na Argentina.

É legal ver no livro que a realidade se alinha. Uma frase de Bauza:  Se quase todos irem para a frente, abrindo mão da defesa executando riscos inúteis pelo emocional, sem senso de lógica, não importa se uma vez ou várias, pode definir o jogo. Há times que atacam muito mas se expõem num três contra três, sete ou oito vezes durante o jogo. Isso para um time bem armado, no futebol de hoje, é uma vantagem enorme que se oferece ao rival. E quero ser o rival que aproveita”

Outra frase legal:

“A coisa mais importante no futebol é transmitir uma ideia que vai ter o jogador. E alcançar resultados. Para o planejamento aponta sempre para tentar ganhar”, ele se inscreve.

Esse é Patón!

E o resultado: 

“Trabalhamos todos os dias! Trabalhamos para que a equipe funcione e não importa quem vai entrar. Quem entrar, tem a obrigação de correr e lutar muito, senão sai. Começamos sem 5 atletas considerados titulares. Os que entraram, tinham que se matar em campo, senão saíam. É com esse espírito que estamos jogando todos os jogos”.

E assim:

  • Derrubamos um tabu de clássicos;
  • Derrubamos um brasileiro na Libertadores e chegamos às semis;
  • Temos um time valente, raçudo e que orgulha;
  • Não há mais apatia, má vontade e desonra.

Quartarollo

Se na semana passada tive que falar do Trajano e a forma como expôs Bauza, agora é a vez de Quartarollo…

Além de dizer que o Morumbi não estava cheio pela Parada Gay em pleno ar na Joven Pan, olha o que ele escreveu no Blog dele:

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Quase 100.000 Sócios Torcedores! 

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Ewandro

Cada dia que passa fica mais em evidência a asneira absurda que Ataíde fez ao ceder de graça e com multa ridícula o atacante Ewandro ao Atlético PR. O pior? Quando perguntado, ele nem sabia do que se passava, o valor e o que fizera. A cada dia Ewandro se destaca mais e com 20 anos, míseros 1 milhão de euros o levará em definitivo ao time paranaense. Lamentável, Ataíde. Quando vemos as coisas melhorando no São Paulo, não é coincidência após sua saída.

Reforços

Esta semana é aguardado o anúncio da permanência de Maicon.

Sobre os novos reforços, não está fácil mas a direção está otimista. Não há necessidade de tanta pressa pela janela ainda estar fechada no momento mas Bauza já quer os atletas integrando o grupo e treinando.

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Alexandre Zanquetta

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