O São Paulo enfim quebrou uma sequência de 12 clássicos sem uma vitória sequer ao derrotar o Palmeiras pelo placar de 1 a 0, em partida realizada na tarde deste domingo. A equipe de Palestra Itália, por sua vez, ficará mais um ano sem vencer o rival no Campeonato Brasileiro dentro do Morumbi, agora já são 15.

Com o resultado, o Palmeiras acaba deixando o G4 e fica no meio da tabela com seis pontos. É a segunda derrota do time fora de casa. O São Paulo pula para sexto com sete. O time da casa divide as atenções com a Copa Libertadores da América – pega o Atlético Nacional na semifinal.

Marcando com todos os jogadores atrás da linha do meio de campo, o Palmeiras apostou no contra-ataque e foi logo perdendo uma chance incrível de abrir o marcador. Zé Roberto roubou a bola no campo defensivo, foi até a linha de fundo e cruzou para Alecsandro. O atacante cabeceou à queima-roupa de Denis e parou na boa defesa do goleiro. Um milagre no Morumbi!

O Palmeiras seguiu apostando pelos lados de campo. E foi justamente aí que criou outra chance de perigo. Jean subiu pela direita e cruzou rasteiro. Gabriel Jesus se enrolou com o zagueiro do São Paulo e não chegou para empurrar. A resposta veio aos nove minutos. Alan Kardec tocou de calcanhar para Centurión. Vitor Hugo chegou na cobertura e facilitou a vida de Fernando Prass.

Na segunda tentativa, o São Paulo abriu o marcador. Kelvin avançou em velocidade, tabelou com Thiago Mendes e abriu Bruno pelo lado direito. O lateral cruzou, a bola quicou, encobrindo Thiago Martins, e foi na cabeça de Paulo Henrique Ganso, que só tirou de Fernando Prass para fazer 1 a 0. Falha defensiva do Alviverde. O número 31 do Verdão ‘dormiu’ no ponto e errou o tempo da bola.

Depois do gol, o Palmeiras parou e não conseguiu mais ameaçar o goleiro Denis. O equipe de Palestra Itália ficou nos lampejos de Dudu. O meia deu um belo chapéu em Wesley, enquanto o São Paulo jogava na inteligência de Paulo Henrique Ganso. O camisa 10 credenciou a partida e dava passes precisos. A defesa adversário, porém, conseguiu segurar a pressão.

A torcida do São Paulo reclamou muito de uma mão de Thiago Santos ao tentar marcar o gol de empate para o Palmeiras. O jogador seria expulso, pois já havia recebido o cartão amarelo. A pressão é grande em cima do Verdão.

Cuca fez logo duas substituições para a segunda etapa. Rafael Marques e Moisés entraram e colocaram velocidade na partida. O atacante não demorou para criar a primeira boa chance do Palmeiras ao arriscar da entrada da área para grande defesa de Denis. Com o jogo aberto, o São Paulo também chegou. Ganso tentou o chute, mas Fernando Prass espalmou.

Denis, que vinha salvando o São Paulo, por pouco não entregou o jogo. Moisés chutou, o goleiro defendeu para o meio da área e teve que dividir com Alecsandro para impedir que o Palmeiras marcasse. Depois foi a vez do time da casa ameaçar. Centurión tabelou com Ganso e mandou de cabeça para o milagre de Prass.

O camisa 1 do Palmeiras não demorou para fazer outra grande defesa. Thiago Mendes chutou de longe. Prass se esticou todo para pegar. Na sequência, após cobrança de escanteio, Maicon testou firme e viu o goleiro buscar novamente. O zagueiro ainda teve um gol anulado pela arbitragem logo depois.

Nos minutos finais, o Palmeiras se abriu ainda mais, tentando buscar o empate diante do São Paulo, que se segurou e poderia ter feito mais se não fosse a grande atuação de Fernando Prass. Na última tentativa do Verdão, Alecsandro cabeceou nas mãos de Denis.

O árbitro ainda não deu um penal claro em Rogério e Kelvin humilhou Zé Roberto.

Na próxima rodada, o São Paulo visita o Figueirense na quarta-feira, às 21h45, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

FI

 


 

Notas do jogo feitas pelo blogonauta Tricolor Alagoano

Denis: começou inseguro, não saiu em dois lances dentro da área. No primeiro uma cabeçada em cima dele que quase pôs para dentro e outra que o Bruno tirou muito bem. Depois, dominou a posição, saiu bem do gol, não teve medo de dividir com o Alessandro (que achei maldoso) e ainda driblou o atacante porco. Nota 8,0.

Bruno: partida irretocável, um erro de passe que poderia ter gerado algum problema, mas nada ocorreu. Salvou um lance e deu o gol pro Ganso. Nota 9,5.

Lugano: muito bem, muito seguro. Levou cartão pois era o que deveria ter sido feito. E olhe que o palmeiras montou um ataque rápido contra ele. Nota 8,5.

Maicon: MONSTRO, foi zagueiro, foi volante, foi capitão, foi cirúrgico. Nota 9,5.

Matheus: começou muito mal, avançava demais da linha defensiva e deixava a defesa exposta. Mas, dou desconto pois estava só no setor. Mas, poderíamos ter tomado dois gols em jogadas nas suas costas. Depois Paton corrigiu a marcação de wesley e Centurion e acabou o problema. Nota 7,0.

T. Mendes: começou perdido, mas melhorou muito depois que Paton reposicionou o time (após os ataques perigosos adversários). Se apresentou bem ao ataque. Nota 8,5.

Wesley: início fraco. Deixou o Mateus só, o que gerou problemas. Depois se reorganizou e dominou a posição. Teve maior preocupação defensiva que ofensiva e rendeu. Nota 7,5.

Ganso: craque e comprometido. Cansou no final e deixou de acompanhar um pouco. Mas foi bem e fez o gol. Nota 8,5.

Centurion: começou mal, depois se organizou. Buscou ser ofensivo e errou algumas jogadas. No contexto geral foi razoável. Nota 7,0.

Kelvin: Está suspenso merecidamente, não pode quebrar a coluna do adversário. Coitado do velho Zé, sei nem se aguenta andar tão cedo. Rápido, habilidoso, muito importante para o time, mas peca em objetividade. Nota 9,0.

Kardec: hoje tentou jogadas, não se escondeu, mas foi o jogador mais fraco do time. Nota 6,0.

Italo: se movimentou mais que Kardec (o que não significa muito), mas perdeu um gol que não podia. Nem deixou o Rogério bater, nem bateu bem. Nota 6,5.

Schmidt: Jogador de qualidade rara e extremamente útil, mesmo sem aparecer tanto. Dono de um passe de grande qualidade, deixou o Ytalo na cara do gol e ligou alguns contra-ataques. Dominou a marcação no setor, em um momento delicado, pois três jogadores não estavam voltando para marcar (ganso, Rogério e Ytalo). Nota 8,0.

Rogério : mais objetivo dos atacantes, menos marcador que Centurion (não que este seja grande coisa), foi fominha demais quando tinha tudo para tomar a posição do centurion. Nota 7,0