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Assim era chamado o São Paulo do começo dos anos de 1980.

Após a conquista do brasileiro de 1977, já em 1978, novos ares surgiram no Morumbi.

O ano de 1979 foi vergonhoso para o futebol paulista.

O título do estadual daquele ano, que estava nas mãos do atual bicampeão da Série B tinha sido forçosamente levado para o alvinegro paulistano, também campeão da Série B.

Coube ao Tricolor dar um passo a frente.

A contratação de Carlos Alberto Silva tinha sido uma grande novidade.

E ele fez acontecer.

Deu fim a um estranho rodizio entre os goleiros Waldir Peres e Toinho.

O calvo goleiro passou a ser titular absoluto e logo foi para a seleção.

Na lateral direita, o gente boa, Getúlio foi efetivado, e também se tornou selecionável.

Na esquerda, a contratação de um dos maiores laterais de todos os tempos, Marinho Chagas.

A dupla de zaga foi a maior de toda a história do futebol mundial, Oscar e Dario Pereyra.

Oscar foi contratado junto ao New York Cosmos.

Dario Pereyra foi deslocado do meio de campo para se tornar um fenômeno, o verdadeiro.

O meio campo era formado por Eriberto, Almir e Renato.

Um ano depois viria Everton, aquele do gol sem pulo.

Os dois primeiros, verdadeiros monstros no desarme.

O começo de um conceito que fez e faz diferença até hoje na armação de qualquer equipe de futebol.

O futebol mundial também deve isso ao São Paulo.

Já Renato é um caso a parte.

Descoberto pelo mesmo Carlos Alberto Silva, ele foi contratado junto ao Guarani.

Era um atleta completo e jogava demais.

Foi injustamente apelidado de Pé Murcho durante a Copa do Mundo de 1982.

Por conta de uma brincadeira de mal gosto de um saudoso meio campista alvinegro, que contratado pela revista Placar, durante aquela competição, resolveu publicar artigo com apelidos que ele deu a todos os atletas que fizeram parte daquele selecionado.

Não há como negar que esta atitude fez diferença em sua carreira.

Mas voltemos a Máquina.

O ataque era magistral.

O ponta direita foi resgatado de um futuro incerto, e alvinegro, para o sucesso, Paulo César.

Na ponta esquerda, Zé Sérgio, escolhido o maior jogador em atividade no Brasil em 1980, e maior jogador de sua família. Restou a Rivelino, seu primo, a segunda colocação.

O centroavante era Ele.

O maior artilheiro de nossa história, Serginho.

Autor de todos os gols daquela década rs rs.

Este time fez história.

Conquistou dois campeonatos paulistas.

E só não conquistou o tetracampeonato por conta da histórica proximidade de certo adversário com a arbitragem.

E não é choro de perdedor.

Quem tiver tempo, reveja aquelas finais e saberá do que estamos falando.

Afinal haveria algo mais democrático do que dar a maioria da população uma conquista?

Haveria sim… a Máquina Tricolor.