Este texto foi escrito por um torcedor tricolor no espaço Megafone Tricolor que o Blog do São Paulo abre a seus blogonautas. Faça como ele!

“Se tudo tivesse dado certo, Centurión não estaria nem no banco de reservas”, palavras do próprio Edgardo Bauza em entrevista coletiva ontem, após a vitória de seu time por 4 a 0 nas oitavas da Libertadores. Se tudo tivesse dado certo, Calleri não teria sido expulso na Bolívia e seria o titular. E mesmo que tudo não tivesse dado certo com Calleri, Allan Kardec era a opção mais lógica, mas uma indisposição estomacal o tirou também da partida mais importante do ano. O treinador escalou Centurión como falso 9. Ousado, já que há um bom tempo o argentino vinha jogando como falso, mas nunca como 9. O resultado foram dois gols, um deles o mais bonito da noite.

Se tudo tivesse dado certo, João Schmidt não teria se lesionado, ou já teria se recuperado, e Thiago Mendes, o autor do terceiro gol, não seria titular. Se tudo tivesse dado certo, pelo menos de acordo com o desejo da torcida há algumas semanas atrás, Michel Bastos teria sido negociado com o Internacional e não abriria o placar ontem, numa noite de ressurgimento para o camisa 7. Teria sido um erro, mas foi um erro que não deu certo.

Aliás, se tudo tivesse dado certo, o São Paulo nem enfrentaria o Toluca ontem, já que se tivesse feito mais um gol e vencido o Strongest na Bolívia semana passada, pegaria o Rosário Central, o mesmo que na quarta-feira venceu o Grêmio em Porto Alegre. Talvez, se tudo tivesse dado certo, o time do São Paulo não teria jogado ontem com raça tamanha que há muito não se via em terras tricolores paulistanas, já que a raça serve pra isso: compensar tudo que não deu certo.

Se tudo tivesse dado certo, não seria como foi. Lindo. Inesquecível. Então, que tudo continue não dando certo.

Por: André Lux