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Ademir de Barros nasceu na cidade paranaense de Cambará, daí seu apelido, Paraná.

Se destacou ao fazer parte da equipe do São Bento de Sorocaba que conquistou a divisão de acesso do campeonato paulista em 1962.

Alguns anos depois, Paraná foi contratado pelo Tricolor.

Estreou no São Paulo em 7 de março de 1965 em um clássico frente ao Corinthians, 2 a 2, pelo Torneio Rio – São Paulo.

Ficou no Morumbi por quase 10 anos.

Jogou em quase 400 partidas.

O primeiro ano no São Paulo já lhe valeu convocação para a Seleção Brasileira.

Participou da Copa do Mundo de 1966.

No tricolor, foi essencial no bicampeonato paulista de 1970 e 1971.

Cabe lembrar que em 1970 amargávamos o nosso maior tabu de títulos, 13 anos.

Anos antes, em 1967, o Tricolor, já com Paraná, tinha batido na trave, com um vice-campeonato paulista.

O time era muito bom.

O orçamento, no entanto, era prioritariamente alocado para a construção do nosso estádio.

Afinal, construir estádio com recursos próprios é para poucos.

Em 9 de setembro de 1970, dia do fim do tabu, lá estava Paraná.

O São Paulo do técnico Zezé Moreira venceu o Guarani por 2 a 1, com Sérgio, Pablo Forlan, Jurandir, Roberto Dias e Gilberto Sorriso, depois Tenente; Édson e Nenê; Paulo, Terto, depois Benê, Toninho Guerreiro e Paraná.

Menos de um ano depois, em 27 de junho de 1971, mais um título.

Agora com Osvaldo Brandão, o São Paulo venceu o Palmeiras com Sérgio, Pablo Forlan, Jurandir, Arlindo e Gilberto Sorriso; Édson, Gérson e Pedro Rocha, depois Carlos Alberto; Terto, Toninho Guerreiro e Paraná.

Certamente Paraná não foi um grande craque, mas sempre foi muito eficiente.

Um operário.

Mas tinha um grande diferencial.

Sempre teve a alma tricolor.

Algo para poucos, muito poucos, mas que serve para diferenciar, os “grandes nomes” dos comuns.