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Renato, o “Bola Cheia”

Antes de tudo, um grande injustiçado.

Seu nome… Carlos Renato Frederico, ou simplesmente Renato.

Nascido em Morungaba, no interior de São Paulo, Renato começou jogando em Itatiba.

Começou a ganhar destaque no futebol nacional em 1978 no Guarani de Campinas.

Foi um dos grandes lideres da equipe bugrina que conquistou o inédito título nacional daquele ano.

Chegou ao São Paulo em 1980.

Logo se tornou um dos maiores jogadores da “Máquina Tricolor”, como ficou conhecido aquele time.

Foi bicampeão paulista em 1980 e 1981.

Renato jogava demais.

Era um jogador completo.

Foi nome presente durante quase todas as convocações de Telê Santana para a Copa do Mundo de 1982.

Sofreu com a concorrência.

Na sua posição, havia Zico.

Teve poucas chances.

Se as tivesse tido, algo poderia ter sido diferente?

Nunca saberemos.

Mas uma coisa todos que acompanharam sua carreira podem garantir: Ele não fugia de dividida alguma.

Quanto a injustiça, ela partiu justamente de um dos grandes jogadores daquele tempo, Sócrates.

Convidado pela Revista Placar, o Doutor passou a escrever colunas sobre o ambiente do selecionado naquela Copa.

Pois bem, em um destes textos, Sócrates revelou que durante uma brincadeira entre os jogadores, Renato teria errado todos os chutes.

Segundo o que foi escrito pelo Doutor, devido a este fato, os jogadores daquela seleção passaram a chamá-lo de “Pé Murcho”.

Desde então Renato passou a ser conhecido por Renato Pé Murcho.

Uma injustiça gigantesca.

Mas também foi uma decepção.

Ainda mais se verificarmos que a divulgação deste apelido partiu justamente de um colega de trabalho.

Renato sempre se manteve calado a respeito, possivelmente, ele bem sabe por quê.