ESTE TEXTO É UM MEGAFONE ESCRITO POR UM TORCEDOR E EXPRESSA A OPINIÃO DO MESMO COM RELAÇÃO À FASE DO SÃO PAULO FC. FAÇA COMO ELE! EXPRESSE SUA OPINIÃO PARA MILHARES DE SÃO PAULINOS! 

Torcedores, nesse artigo procurei apenas citar fatores “campo”, e não questões que envolvam diretoria e afins. Grande abraço!

Chega 2016 e junto dele a gana de todo o são-paulino em ter um time competitivo para o ano. Um time com garra e com vontade de vencer. Um time que lute e, mesmo quando falte a técnica, fique a raça. Uma equipe que nos traga orgulho e nostalgia quanto às glórias do passado. Pois bem, o que observamos neste “início” de ano é um time parecidíssimo com o das últimas temporadas. Ou seja: sem garra, brio e muito pouco lutador.

A equipe tricolor, treinada pelo argentino Edgardo Bauza, ainda não engrenou. Seria a falta de talento? Seria o técnico? Elenco? Diretoria? Digo que todos esses fatores estabelecidos e em conjuntura contribuem para o péssimo futebol apresentando até agora.

Acho incrível uma equipe que conta com PH Ganso, Michel Bastos, Alan Kardec, Centurión, Tiago Mendes, entre outros, possam caracterizar um time sem talentos. E cito esses jogares independente do momento que passam atualmente. Cito pelo futebol que possam render, o que já demonstraram em outros clubes e até mesmo no São Paulo. Há talento, sim. O que impede esses talentos (com exceção de Ganso) de voltarem a brilhar? É o que pautarei em seguida.

Respeito quem está “fechado” com Bauza. Eu consigo enxergar pontos positivos no mesmo, sua mentalidade, suas visões de jogo, suas conquistas. Todavia, sou a favor de sua saída. Explico o porquê: Patón é daqueles caras teimosos e que de tanto insistir querem ouvir aplausos da insistência posteriormente. Não dá para ser assim. É incrível como assistir uma partida tricolor neste ano se tornou um misto de raiva e descontentamento.

O argentino, desde que chegou, está convicto de sua formação, seu esquema de jogo, dos jogares que pode contar e do que o time pode render.

Sou totalmente contra em relação à demissões precipitadas. Porém, é notável que a equipe não progrediu neste ano, não encontramos evolução no time, não enxergamos variações táticas no jogo. Aquelas alterações que podem mudar a partida, fazer o time jogar diferente.

Bauza insiste em um esquema de jogo pífio, onde depende dos pontas para fazer chuveirinho na área adversária. O São Paulo é mais que isso! E muito.

Não tomamos muitos gols quanto 2015, a zaga está mais compacta. Mas não fazemos mais de um gol na partida desde o dia 24 de fevereiro, pela 6ª rodada do campeonato paulista. Se essa “compactação” colocada por Patón nos fizesse render em campo, a história era diferente. Perdemos jogos “ganhos”, empatamos contra equipes franquíssimas e vencemos partidas jogando muito mal. Será que bancar o treinador e possivelmente nos desclassificarmos de uma libertadores é válido para deixá-lo trabalhar? Ele não teve as peças que pediu. Tite não teve. Dorival quando chegou ao Santos também não teve. Osorio quando chegou aqui em meio à turbulência que vivíamos fez o time jogar sem as peças que queria. Patón, faça esse time jogar bola, mude formação, esquema de jogo. Teste jogares (como já vem fazendo) com mais frequência. Ouse nas substituições. Faça o São Paulo ser um time que queira vencer e não uma equipe que entra para não perder. Afinal, você não ganhou por duas vezes o maior torneio continental à toa.

Outra questão a ser levantada é a postura do time dentro de campo. Parece que não nos abatemos com as derrotas (com exceção de Lugano, que sempre demonstra descontentamento). Não é que precisemos ficar de cara fechada quando vem uma derrota, mas dentro de campo haja aquela vontade de sair vencedor. Dos três pênaltis perdidos que tivemos ano, a frieza com que os jogadores do time tiveram com o companheiro que desperdiçou a cobrança foi extremamente apática e indiferente.

Um time como o nosso não pode aceitar as derrotas, não pode abaixar a cabeça para cada gol tomado. Ser superior na partida nem sempre é sinal de que uma boa partida. Foi assim na maioria dos jogos. Assistir as partidas atualmente é ficar na tensão tanto quando está jogando bem quanto jogando mal. É uma incógnita o resultado final, temos o resultado na mão e daí “pronto”, tomamos o gol. Urgentemente precisamos saber cadenciar quando estamos vencendo e procurar com bom futebol o resultado quando estamos perdendo, e não um amontoado de jogadores que após os 30 minutos de jogo fazem chuveirinho como se não houvesse amanhã. É preciso organização e companheirismo perante os resultados e o desenrolar do jogo. Não é à toa que Lugano é tão aclamado pela torcida são-paulina. Vide sua comemoração no gol feito por Calleri na partida contra o Botafogo (1×0). É aquela vibração que necessitamos.

Esperamos que 2016 o futebol seja reencontrado e os fatores prejudiciais que interferem no rendimento, pelo menos dentro de campo, o time, juntamente com dedo de Edgardo – se conseguir fazer o time jogar -, saiba que a gana de vencer é um ato coletivo.

Rodrigo Costa

Torcedor tricolor da cidade de Araçatuba – SP.