SPFC e a TAÇA LIBERTADORES – A ESTRÉIA

O TORNEIO QUE APRENDEMOS A AMAR E CONQUISTAR

1972 foi a 13ª edição da LIBERTADORES, o torneio contou com 20 equipes, sendo 2 de cada país.

Conseguimos o direito de disputar o torneio através do vice-campeonato brasileiro de 1971.

E a estreia foi justamente contra o atual campeão brasileiro, o Clube Atlético Mineiro.

30/01/1972 – Mineirão:

ATLÉTICO 2 x 2 SÃO PAULO FC

O tricolor iniciou a história da libertadores jogando com:

Sérgio, Pablo Furlán, Samuel, Arlindo e Gilberto Sorriso; Teodoro e Pedro Rocha; Paulo Nani, Terto, Toninho Guerreiro e Paraná; Técnico Alfredo Ramos;

Com gols de Terto e Toninho Guerreiro saímos de campo com um bom resultado fora de casa.

Nosso grupo era o numero 3 e tinha além de Atlético Mineiro, os paraguaios do Cerro Porteño e Olímpia.

CAMPANHA NA PRIMEIRA FASE

A primeira fase foi dividida em 4 grupos de 4 times e 1 grupo com 3 times (por conta da classificação do NACIONAL-URU, campeão do ano anterior, onde ele entrou somente na segunda-fase), classificando apenas o campeão de cada chave.

Atlético Mineiro 2 x 2 São Paulo

SPFC 3 x 1 Olímpia

SPFC 4 x 0 Cerro Porteño

SPFC 0 x 0 Atlético Mineiro

Cerro Porteño 3 x 2 SPFC

Olímpia 0 x 1 SPFC

Terminamos a primeira fase como campeões com 6 jogos, 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 12 gols a favor e 6 contra.

SEMI-FINAL

Nosso grupo foi composto pelo Independiente-ARG e o Barcelona-ECU.

Enfrentamos primeiro o time do Equador, comandando por Spencer (considerado o melhor jogador equatoriano de todos os tempos por muitos) o time de Guayaquil era muito forte.

BARCELONA 0 x 0 SPFC – mesmo jogando fora de casa o SPFC dominou por inteiro a partida, mandando bolas nas traves e perdendo um caminhão de gols. O técnico Alfredo Ramos considerou esse jogo como uma das maiores injustiças que o futebol havia pregado. Toninho Guerreiro, artilheiro fez a mea-culpa e prometeu descontar no jogo da volta.

SPFC 1 x 1 BARCELONA – o jogo que nos fez perder a LIBERTADORES 1972. (li uma coluna de Alexandre Giesbrecht que ele foi cirúrgico). 21/04/1972 FERIADO e a diretoria decide abrir os portões do estádio do MORUMBI para o torcedor são paulino, entrada liberada e um público estimado em 100 mil pessoas empurraria o tricolor para a vitória.

O Barcelona havia perdido três dias atrás para o Independiente na Argentina por 1×0 com um gol irregular, e com o juiz expulsando a dupla de ataque: Perico Léon e Alberto Spencer, assim o time equatoriano veio a São Paulo praticamente desclassificado, mas com a alma ferida.

O tricolor saiu na frente com um gol de Toninho Guerreiro, e o atacante teve a chance de liquidar a fatura ao bater um pênalti e o goleiro defender. Não bastasse isso, 3 minutos depois do erro, o time equatoriano empatou a partida com um chute despretensioso do atacante paraguaio Celino Mora em que a bola desviou por completo seu percurso ao tocar o solo e encontrar o famoso “morrinho artilheiro” e tirar o arqueiro Sergio da jogada, fim de primeiro tempo SPFC 1 x 1 BARCELONA. Mesmo com toda pressão na segunda etapa, para desespero da torcida esse foi o placar final do jogo.

Seriamos obrigado a ganhar do fortíssimo Independiente no Morumbi e empatar na Argentina.

27/04/1972 – Morumbi, SPFC 1 x O INDEPENDIENTE – mais uma vez Toninho Guerreiro deixou sua marca e deu a vitória ao tricolor.

Fomos para a Argentina em busca da classificação, jogávamos por um empate.

04/05/1972 – Avellaneda, Independiente 2 x 0 SPFC – Um jogo com cara e coração da Taça Libertadores da América.

Fomos derrotados pelo maior campeão das Américas e terminamos nossa primeira participação em torneios continentais com um honroso 4º lugar

Independiente-ARG campeão

Universitário- PER vice

Peñarol-URU terceiro

SÃO PAULO-BRA quarto

Foram 10 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas, 14 gols a favor e 10 contra.

Não veio o titulo, mas mostramos nossa cara, nosso DNA de vencedores.

Obrigado a todos pela leitura, até a próxima.

Gustavo Xavier